CAPÍTULO 29

25 3 0
                                    

Juliana..

Assim que passamos por um monte de carro ouço pneus derrapando e fui ver se não era Debora ou Ana, mas não, eles já estavam atrás. Chegamos ao condomínio e Felipe me mandou descer, não consegui falar nada, apenas sai do carro como Felipe me pediu e fui de encontro com seu pai, que me abraçou forte.

Percebo que tio Carlos está entrando no carro com mais alguns seguranças e ele me da um sorriso, tentando me confortar.

Teodoro me leva para dentro do condomínio e assim entramos em um dos carros seguindo rapidamente até a frente de sua casa, onde já estava Ana, Matheus, Debora chorando desesperada nos braços de Victor.

Desci do carro e fui de encontro a todos, Debora me abraçou e chorou igual criança, tia Lourdes tentava nos acalmar falando que isso era normal, que sempre acontecia. Pra mim isso nunca seria normal! Entramos na casa e fomos todos para sala, Marta já nos esperava com chá calmante para todos. Eu não queria nada, queria apenas meu Felipe!


Felipe..

Eu sabia que essa merda ia acontecer, sabia que nada acabaria assim tão fácil, mesmo meu pai puxando a responsabilidade pra ele, iria cair pra cima de mim, que aquela invasão foi apenas o começo.

Minha cabeça não parava de martelar essas coisas, talvez fosse melhor para a Juliana se afastar, mas eu não queria ela longe mas também não queria colocá-la em risco, tudo bem ela dormir na minha casa todos esses dias foi ótimo, mais por que eu to afastado do escritório, logo eu preciso voltar, logo ela começara a ficar sozinha e eu sei que ela vai se juntar com a Ana pra ir farrear dentre uma viagem e outra que eu precise fazer.

Saio dos meus pensamentos quando ouço uma batida no vidro do carro, olho para o lado é Rodrigo, nem havia percebido que eu tava parado, próximo aos carros que já estavam se arrumando para voltar, percebi que alguns seguranças estavam carregando alguns corpos para o lado, vi que todos os homens estavam bem. Abaixo o vidro

– Hora de voltar pra casa fanfarrão – Rodrigo fala debochado

– Ah sai pra lá, aposto que fiz falta nessa porra – Abro a porta do carro e desço

– As mulheres tão em casa?

– As meninas ficaram com meu pai, o que rolou afinal?

Rodrigo começa a me explicar tudo o que rolou e Otávio se aproxima e começa a explicar tudo o que precisaremos fazer daqui pra frente, que não podemos mais dar bobeira e eu percebo que essa merda só vai afunilando cada vez mais, conto do e -mail que recebi e conto que meu pai quer levar um papo com a gente, que precisamos aumentar a segurança, Otávio diz que já tem algumas estratégias, passamos mais um tempo conversando até que resolvemos tudo o que tinha para resolver no local e voltamos pra casa.


Juliana..

Cada minuto parecia horas, o medo que pudesse acontecer alguma coisa vinha a todo o momento, Teodoro disse que está tudo bem, que dessa vez não foi nada grave e que tudo já tinha acalmado, que Felipe foi apenas dar um apoio e todos já voltariam

Estávamos todos a sala conversando, por um momento consegui me desprender dos pensamentos ruins que me rondavam, Debora e Victor disseram que iriam embora, já que tudo havia se acalmado, ela iria passar na casa da sua mãe buscar Henrique e resolver mais algumas coisas do aniversário de três anos dele que seria na próximo mês, inclusive todos estavam convidados. Nos despedimos e ela foi embora, disse que assim que chegasse me mandaria uma mensagem.

Teodoro chamou Matheus para conversar, percebi que Ana ficou olhando com uma cara suspeita.

– Vocês vão aonde? – Ela pergunta

– Conversa de homem Ana – Teodoro diz e ela revira os olhos

Assim que eles saem da sala, Ana corre para o meu lado do no sofá

– Preciso te contar uma coisa, mas que fique só entre nós duas – Ela diz baixo

– Até parece que eu saio contando nossas coisas pra Deus e o mundo né? – Digo rindo

– Eu sei que não besta, mais isso nem o Felipe pode saber!

– Ta conta que eu já to curiosa – Digo me ajeitando no sofá

– Então.. o Matheus me pediu em casamento – Ela diz em um sussurro

– O QUE? – Meu grito sai involuntário – Como? Quando? Me conte tudo..

– Isso grita mais alto vaca – Ela ri – Então, ele me pediu em casamento hoje cedo, com direito a aliança e tudo, disse que no mais pediria minha mãe oficialmente para meus pais, que queria marcar um jantar e toda aquela coisa formal.

– Ah, que lindo amiga! – A abraço – Felicidades meu bem! – Sorrio e ela retribui o abraço forte.

– Amiga por favor, só entre a gente – Eu a olho

– Eu sei né! Não vai sair isso daqui, juro!

Passamos algum tempo conversando sobre os assuntos do casamento, jurei que iria ajudar ela do começo ao fim, desde a cor das rosas até o modelo do vestido e ela me fez prometer que eu seria madrinha, junto com Felipe claro e eu prometi, não iria falar não pra minha melhor amiga.

No meio da nossa conversa percebo que Ana olha em direção da porta, que está logo atrás de mim e sorri, assim que me viro, vejo Felipe vindo em minha direção

– Ahh não era pra olhar – Ele ri

Do um pulo do sofá e vou direto abraçá-lo

– Será que vai ser sempre assim poxa? – Digo encostando a cabeça em seu peitoral

– Talvez enquanto precisarem de mim amor– Ele beija minha cabeça

– AMOR? OI? PERA AI.. O QUE EU TO PERDENDO – Ana diz gritado e eu começo a rir

– Perdeu nada não o curiosa – Felipe diz num tom provocador

– Sempre assim, me deixam fora de tudo, isso mesmo! – Ela se levanta do sofá e sai da sala

Felipe me abraça um pouco mais forte e me da um selinho demorado

– Precisamos conversar – Ele sussurra com o lábio colado ao meu.

Dou mais alguns selinhos

– Algum problema? – Pergunto

– Lá em casa conversamos.

OS ACASOSOnde histórias criam vida. Descubra agora