Juliana..
Após pedir pra ele ficar me senti segura, mais com medo, eu não conhecia ele, mais me senti segura, ele querendo ou não salvou minha vida.
Entrei no banheiro, percebi que minhas pernas estavam machucadas, alguns arranhões, no banho ardeu que foi uma beleza.. me banhei rapidamente.
Sai do chuveiro, fui em direção ao quarto, peguei uma calcinha e vesti, olhei minhas pernas, estava com o tornozelo um tanto inchado. Peguei um short, precisava de algo que não pegasse nas pernas, coloquei um chinelinho e uma camisetinha, ajeitei o cabelo, mais sai com a mesma cara de choro do quarto. Ouvi Felipe falar no telefone
– Tudo bem Ana já to indo com ela no hospital... ta bom... aham... eu sei porra.. – até dei risada do jeito dele, ele se virou pra mim e sorriu – Tchau pentelha te vejo lá – desligou o celular
– Ana ta louca atrás de você e fez mil perguntas de como nos conhecemos, disse que ia na delegacia do seu pai e disse que vai ligar pra Debora se não me engano
– Meu Deus, Ana é maluca, vai avisar a vizinhança toda – começamos a rir.
Peguei minha bolsa e seguimos para fora de casa.
Ele deu um jeito da porta ficar fechada, deixou um de seus seguranças ali, deu ordens para que o mesmo não saísse dali por nada, ninguém entra! Ele somente aceitou.
– Felipe não precisa disso tudo – Falei enquanto descemos as escadas e assim fomos discutindo até chegar na porta
– PORRA MULHER, LOGICO QUE PRECISA! – Olhei pra ele e em seguida ele me abraçou pedindo desculpas por ser grosso e eu sorri, acho que ganhei mais um amigo.
Fomos para o carro quando ele olhou em seu celular, uma mensagem do seu segurança
– Otávio disse que o otário ta na delegacia, já puxaram a fixa o mesmo estava sendo procurado por estupro, antes mesmo do seu depoimento vai ser condenado por porte ilegal de armas e ele estava foragido – ele disse empolgado e eu fiquei um pouco assustada, entramos em seu carro, ele me olha sem graça
– Ana me fez jurar que eu te levaria ao hospital
– Não, eu não quero ir, estou bem – disse baixinho.. ele arrancou o carro e eu vi que não ia adiantar falar não, ficamos em silêncio até chegar no hospital, quando vi o carro da Ana e o da Debora parado. Olhei para Felipe
– Lá vou eu..
– Não, você vai entra aqui por trás, vai consultar com um médico amigo meu, elas não vão te ver entrar, só vão te ver no quarto.
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Estamos esperando os resultados dos exames, deitada nessa maca e tomando soro, sentia uma dor forte no tornozelo, já fazia mais de 3 horas que eu estava ali, estava exausta, havia feito um RAIO X, mais não apontou nada grave, somente uma luxação do osso mesmo.
Ouvi umas vozes e um gritos do lado de fora, imaginei quem seria e aquela hora da madrugada, bem provável que as enfermeiras estavam querendo matar aquelas duas.
Fico olhando em direção a porta, quando vejo dois furacões entrando no quarto.
Ana e Debora vieram correndo em direção a mim e com meu pai logo atrás, olhei assustada pra ele, abracei as meninas que só sabiam fazer perguntas e Ana não parava de perguntar como conheci Felipe, graças que Felipe entrou no quarto
– Meninas deixem ela falar com o pai, ele é policial, ele vai ajudar, depois vocês voltam – eu queria elas por perto, mais primeiro precisava resolver isso.
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OS ACASOS
RomanceNessa vida, não tem nada, absolutamente nada que não aconteça por um acaso. Para Juliana, um relacionamento não seria ideal, não na atual fase da sua vida. Seu histórico de relacionamentos frustrados ainda pairam sobre seus pensamentos junto ao medo...