CAPÍTULO 16

38 4 2
                                    

Hoje fui acordada super cedo com Ana se jogando em minha cama e por tia Lourdes abrindo a cortina, deixando aquele sol lindo entrar, já nem sabia que horas eram, só via Ana animada mais que qualquer outra pessoa

– Amiga, vamos levanta dessa cama, vamos nos arrumar e descer pra piscina, daqui a pouco os convidados vão chegar, vamos arrasar – Ela disse batendo palminhas e eu ri

– Amiga só se for você né – apontei pra minha bota – Eu tenho esse trosso me atrapalhando

– Nada disso minha querida, você pode tirar a bota enquanto estiver na piscina, só você ficar com a atadura e não forçar esse tornozelo e está tudo bem – Tia Lourdes nos interrompe.

– Obrigada tia, mais mesmo assim, não vou entrar

Ana me olha incrédula

– Nada disso, comprei isso pra você estrear hoje, é lindo e você VAI usar - Pegou uma sacola que estava ao lado da cama e me entregou.

Abro a sacola e tiro um biquíni lindo, a calcinha era de amarrar dos lados, estampado, estilo florido e a parte de cima também, logo tirei uma saída de praia branca, curtinha que combinou perfeitamente com o biquíni.

Sorrio a abraçando.

– Muito obrigada amiga, juro que um dia compenso tudo isso – Ela revirou os olhos

– isso foi presente bobinha, meu e da minha mãe, agora vai levanta e vá acordando, vá tomar um banho e vamos tomar café e depois vamos nos arrumar juntas – Ana disse gritando enlouquecida, impossível você ficar na depre perto dela.

– Debora vem também? – Perguntei já levantando da cama

– Sim ela vem só para a festa, disse que vai resolver algumas coisas, se arrumar com o boy e depois os dois veem para o jantar

Assenti e ouvi minha barriga fazendo barulho de fome, a tia riu

– Acho melhor vocês irem tomar café, depois vocês vem e tomam banho e se arrumam

Olhei para Ana, ela colocou a mão na barriga fazendo que estava com fome também

– Vamos tomar café logo, pelo amor de deus – Todas nos rimos.

Saio do quarto de pijama mesmo, Ana não me deu nem tempo de me trocar.

Descendo as escadas devagar Ana me segurando de um lado e tia Loures do outro, estou sem minhas muletas.

Olho para o final da escada e percebo um homem alto, virado de costas conversando com Tio Carlos, de longe percebo quem é. Ele esta de calção, chinelos e uma camisa, suas mãos dentro dos bolsos. Mesmo simples, esta tão lindo.

Olho para Ana que deu uma ajeitada nos meus cabelos e disse fazendo sinal com a boca "Vai.. vai.. vai.." revirei os olhos e continuei descendo devagar.

– Bom dia minhas meninas – Meu tio diz nos olhando e sorrindo, vejo Felipe virando e fica extasiado me olhando, ele me olha fixo, fico sem jeito.


Felipe..

Hoje era o dia da festa do meu tio, combinei que iria ajuda-lo na organização das equipes de seguranças da festa, afinal quando tinha algum evento, sempre dava algum problema e dessa vez queríamos garantir que não iria acontecer nada.

Fui até a casa do meu tio, com a roupa que iria ficar na festa da piscina, afinal, a festa era bem a vontade e não precisava de toda aquela formalidade.

Ficamos um tempo conversando e falando sobre como as equipes iriam se revezar, quando percebo meu tio voltar o olhar para as escadas e sorrir, dando bom dia as meninas, viro-me, e vejo Juliana descendo, com um pouco de dificuldade, mais estava linda, com uma cara de quem tinha acabado de acordar, ainda estava de pijama.

– Quer ajuda Juliana? – Digo me aproximando.

– Não, obrig..

– Ela quer sim – Ana interrompe – Você tava reclamando de dor lá em cima.

Percebo Juliana estreitar o olhar para Ana que sorri e sai andando na frente e se sentando a mesa.

– Eu ajudo - Me prontifico.

Seguro em sua cintura e vamos andando até a mesa.

– Chegou bem na hora do café primo – Ana diz bebendo suco

– Já tomei café Ana, estava apenas acertando algumas coisas da festa – Puxei a cadeira, ajudando a Juliana sentar.

– Maaaaaaaaaaaaaas.. – Dou a volta na mesa e sento ao lado de Ana – Não seria nada mal fazer mais uma boquinha – Falo rindo e mando um beijo pra Ana, que faz cara de nojo.


Juliana..

Não consigo para de olhar pra ele.

Entre uma mordida e outra no pão tento disfarçar minhas olhadas, acho que deve estar na cara.

As vezes posso perceber seu olhar fixo a mim, mas Ana logo quebra o clima chato com algumas piadas sem graça sobre como nós eramos quando adolescente, nos fazendo rir.

O celular do Felipe começa a tocar desesperadamente, percebo sua cata de insatisfação logo que tira o celular do bolso

– Meninas já volto – Se retira da mesa indo para sala.

Olhei para Ana curiosa.

– Não faço a mínima ideia de quem seja, deve ser algum dos seguranças – Diz com as mãos levantadas em forma de rendimento.

Começo a rir por ela me dar satisfação por apenas olhar para ela.

– Deve ser a ''Fer'' – Faço cara de nojo e começamos a rir

– NÃO PORRA – ouvimos a voz do Felipe alterada vindo da sala.

– Ele é sempre assim? – Falo baixo.

Ela confirma apenas balançando a cabeça.

Felipe entra na sala bufando com cara amarrada, não nos olha e vai direto para a porta dos fundos.

OS ACASOSOnde histórias criam vida. Descubra agora