Hoje fui acordada super cedo com Ana se jogando em minha cama e por tia Lourdes abrindo a cortina, deixando aquele sol lindo entrar, já nem sabia que horas eram, só via Ana animada mais que qualquer outra pessoa
– Amiga, vamos levanta dessa cama, vamos nos arrumar e descer pra piscina, daqui a pouco os convidados vão chegar, vamos arrasar – Ela disse batendo palminhas e eu ri
– Amiga só se for você né – apontei pra minha bota – Eu tenho esse trosso me atrapalhando
– Nada disso minha querida, você pode tirar a bota enquanto estiver na piscina, só você ficar com a atadura e não forçar esse tornozelo e está tudo bem – Tia Lourdes nos interrompe.
– Obrigada tia, mais mesmo assim, não vou entrar
Ana me olha incrédula
– Nada disso, comprei isso pra você estrear hoje, é lindo e você VAI usar - Pegou uma sacola que estava ao lado da cama e me entregou.
Abro a sacola e tiro um biquíni lindo, a calcinha era de amarrar dos lados, estampado, estilo florido e a parte de cima também, logo tirei uma saída de praia branca, curtinha que combinou perfeitamente com o biquíni.
Sorrio a abraçando.
– Muito obrigada amiga, juro que um dia compenso tudo isso – Ela revirou os olhos
– isso foi presente bobinha, meu e da minha mãe, agora vai levanta e vá acordando, vá tomar um banho e vamos tomar café e depois vamos nos arrumar juntas – Ana disse gritando enlouquecida, impossível você ficar na depre perto dela.
– Debora vem também? – Perguntei já levantando da cama
– Sim ela vem só para a festa, disse que vai resolver algumas coisas, se arrumar com o boy e depois os dois veem para o jantar
Assenti e ouvi minha barriga fazendo barulho de fome, a tia riu
– Acho melhor vocês irem tomar café, depois vocês vem e tomam banho e se arrumam
Olhei para Ana, ela colocou a mão na barriga fazendo que estava com fome também
– Vamos tomar café logo, pelo amor de deus – Todas nos rimos.
Saio do quarto de pijama mesmo, Ana não me deu nem tempo de me trocar.
Descendo as escadas devagar Ana me segurando de um lado e tia Loures do outro, estou sem minhas muletas.
Olho para o final da escada e percebo um homem alto, virado de costas conversando com Tio Carlos, de longe percebo quem é. Ele esta de calção, chinelos e uma camisa, suas mãos dentro dos bolsos. Mesmo simples, esta tão lindo.
Olho para Ana que deu uma ajeitada nos meus cabelos e disse fazendo sinal com a boca "Vai.. vai.. vai.." revirei os olhos e continuei descendo devagar.
– Bom dia minhas meninas – Meu tio diz nos olhando e sorrindo, vejo Felipe virando e fica extasiado me olhando, ele me olha fixo, fico sem jeito.
Felipe..
Hoje era o dia da festa do meu tio, combinei que iria ajuda-lo na organização das equipes de seguranças da festa, afinal quando tinha algum evento, sempre dava algum problema e dessa vez queríamos garantir que não iria acontecer nada.
Fui até a casa do meu tio, com a roupa que iria ficar na festa da piscina, afinal, a festa era bem a vontade e não precisava de toda aquela formalidade.
Ficamos um tempo conversando e falando sobre como as equipes iriam se revezar, quando percebo meu tio voltar o olhar para as escadas e sorrir, dando bom dia as meninas, viro-me, e vejo Juliana descendo, com um pouco de dificuldade, mais estava linda, com uma cara de quem tinha acabado de acordar, ainda estava de pijama.
– Quer ajuda Juliana? – Digo me aproximando.
– Não, obrig..
– Ela quer sim – Ana interrompe – Você tava reclamando de dor lá em cima.
Percebo Juliana estreitar o olhar para Ana que sorri e sai andando na frente e se sentando a mesa.
– Eu ajudo - Me prontifico.
Seguro em sua cintura e vamos andando até a mesa.
– Chegou bem na hora do café primo – Ana diz bebendo suco
– Já tomei café Ana, estava apenas acertando algumas coisas da festa – Puxei a cadeira, ajudando a Juliana sentar.
– Maaaaaaaaaaaaaas.. – Dou a volta na mesa e sento ao lado de Ana – Não seria nada mal fazer mais uma boquinha – Falo rindo e mando um beijo pra Ana, que faz cara de nojo.
Juliana..
Não consigo para de olhar pra ele.
Entre uma mordida e outra no pão tento disfarçar minhas olhadas, acho que deve estar na cara.
As vezes posso perceber seu olhar fixo a mim, mas Ana logo quebra o clima chato com algumas piadas sem graça sobre como nós eramos quando adolescente, nos fazendo rir.
O celular do Felipe começa a tocar desesperadamente, percebo sua cata de insatisfação logo que tira o celular do bolso
– Meninas já volto – Se retira da mesa indo para sala.
Olhei para Ana curiosa.
– Não faço a mínima ideia de quem seja, deve ser algum dos seguranças – Diz com as mãos levantadas em forma de rendimento.
Começo a rir por ela me dar satisfação por apenas olhar para ela.
– Deve ser a ''Fer'' – Faço cara de nojo e começamos a rir
– NÃO PORRA – ouvimos a voz do Felipe alterada vindo da sala.
– Ele é sempre assim? – Falo baixo.
Ela confirma apenas balançando a cabeça.
Felipe entra na sala bufando com cara amarrada, não nos olha e vai direto para a porta dos fundos.
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OS ACASOS
RomanceNessa vida, não tem nada, absolutamente nada que não aconteça por um acaso. Para Juliana, um relacionamento não seria ideal, não na atual fase da sua vida. Seu histórico de relacionamentos frustrados ainda pairam sobre seus pensamentos junto ao medo...