CAPÍTULO 17

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Felipe..

Estava conversando com as meninas, quando meu celular toca, penso que pode ser Rodrigo perguntando alguma coisa da festa, ele também viria.

Quando olho era Fernanda, bendita hora que fui desenterrar essa mulher.

Entro na sala ficando um pouco longe da sala de jantar, quero evitar que elas ouçam.

- Fala Fernanda! – Digo ríspido.

- Nossa Lipe, é assim que você me trata? – Sua voz melosa de sempre

- Sem mais enrolação Fernanda, fala o que você quer! – Olhei em direção a mesa e elas continuavam comendo e conversando, até com cara de sono Juliana é linda.

- Só pra saber se você pode vir me buscar hoje, vou a festa do seu tio, porem quero ir pra festa da piscina e não somente para o jantar – Ela disse sendo mais melosa ainda

- Você pode vir, não sou taxista então não irei te buscar, quer carona? Ligue para o mesmo taxista que te pegou no motel - Debocho - Aliais a festa da piscina é somente para a família.. – Completo.

- Eu sou da família, sua namorada não é família docinho?

Ri da cara dela, já estava ficando puto com tanta enrolação

– As mulheres que eu custumo comer por prazer não as considero namorada – Debocho

– Felipe! - Grita me fazendo afastar o telefone

– EU VOU!

– NÃO PORRA - Acabo me exaltando e percebo que as meninas olham.

Preciso resolver isso logo. Vou para fora de casa passando por elas, meu tio esta no quintal preparando as coisas finais e eu tenho que dar um jeito, se a Juliana me vesse com ela, seria uma merda – Por que eu to preocupado com a Juliana? – Não! Eu nao estou! Só não quero ninguém enchendo meu saco.

– Tio preciso da ajuda do Sr.

Ele me olha estranho

– O que aconteceu filho? Por que está aflito?

– Lembra aquela Fernanda? Filha do nosso sócio? Tive um caso com ela, mais de homem pra homem tio é apenas sexo, nada demais, ta dizendo que vai aparecer agora de manhã na festa da piscina, ela não pode vir.. – digo andando de um lado para o outro – Não estou afim de aguentar encheção de saco hoje – Completo.

Vejo meu tio com um sorriso dentre os lábios

– Ela é bonita né? Mexe com qualquer um mesmo e até você caiu em seus encantos filho – Ele disse rindo e bateu em meu ombro

– Logico que não! Nunca gostei dela, foi apenas sexo!

Ele ri.

– Quem disse que estou falando da Fernanda? – Ele diz rindo. – desde pequena, quando eu ia buscar ela e sua prima em matines, vários meninos ficavam babando por elas, Juliana realmente é muito bonita e merece muito ser feliz, sei que você irá fazer isso muito bem

– Nã..Nãoo.. – Limpo a garganta – o Sr. está entendendo errado Tio – Disse tentando arrumar a situação.

– Meu filho todos nós observamos o quanto você fica mexido quando o assunto é Juliana e sua prima já vem comentando que ela também fica mexida com você, em relação a Fernanda fica tranquilo, ela vai se manter longe – Assenti pude respirar aliviado. – Agora vou acabar as coisas por aqui e filho, não deixe sua felicidade ir embora, aproveite, ela está ao lado de sua casa – Solta um sorriso orgulhoso.

Fico em silencio e volto casa, percebo que as duas já sairam da mesa, resolvo subir as escadas e ir ao quarto de Ana, preciso esclarecer as coisas.


Juliana..

Meus olhos são fixo em Felipe e no tio Carlos, de longe posso ve-lo nervoso, andando de um lado para o outro quase fazendo um buraco em baixo dos seus pés.

Terminamos o café e resolvemos nos arrumar, daqui a pouco os convidados chegam.

Com um pouco de dificuldade subimos. Entro em meu quarto e pego a sacola com meus presentes, vou me arrumar com Ana.

Saio do quarto e assim que me viro dou de encontro com o peitoral forte de Felipe, o impacto foi forte, se ele não tivesse me segurado, teria caído.

– Veja por onde anda mocinha

– Desculpa Felipe, eu estava distraída e pelo visto você também – Retruco.

– Ainda por cima mal criada – Tenta ficar sério mais vejo um sorriso se formar.

– Ana está em seu quarto? – Felipe pergunta se aproximando

– Est.. está sim, estou indo pra lá, vamos nos arrumar para a festa – Sorrio e num piscar ele esta muito proximo a mim, nossos lábios estão quase encostados.

Sem me controlar, colo nossos lábios e passo a mão em volta do pescoço.

Ele me aperta contra seu corpo e assim nosso beijo se forma.

Percebo ele sorrindo entre o beijo, me da um selinho e me olha mais sério, como se esperasse uma resposta e a única reação que eu tive

– Me desculpe Felipe, não podi.. – Não consego terminar de falar e ele me deu outro beijo.

– Meu deus – Ana fiz boquiaberta

Saio logo de perto do Felipe quando ouço sua voz.

– Priminha fica tranquila, você não viu nada, não aconteceu nada – Diz sorrindo.

Logo seu sorriso se desmancha e o Felipe mala volta

– Vamos para o meu escritório Ana, precisamos conversar – ele fez sinal com a cabeça apotando para sala.

Ana passa por mim sorridente e eu sem entender nada, ele me beija e depois fala que não foi nada? Juro que estou me sentindo uma idiota, não deveria ter retribuido o beijo.

Vou para o quarto de Ana, tiro a roupa e aquela maldita bota, entro no banheiro e vou tomar um banho.

Hoje vai ser um longo dia.


Felipe..

Subo as escadas como um furacão, imaginei que elas iriam estar se arrumando já, quando de repente dei de encontro com Juliana, está com uma sacola na mão e toda sem jeito.

A seguro em meus braços para que não caía, pois o meu impacto com o corpo dela foi forte, porem tê-la em meus braços foi a melhor sensação.

Depois que Ana interrompe o beijo, caio na real e lembro o real motivo pelo qual eu tinha subido. Preciso colocar meus planos em prática, já tenho uma prova de que eles tem tudo para dar certo.

– Foco Felipe – Murmurei

– Que, que foi? – Ana diz sem entender

– Nada, pensei alto

Vou até meu escritório e fecho a porta assim que ela entra. Ana se joga na poltrona do seu pai.

– Desembucha Felipe!

Começo a contar sobre Fernanda e tudo o que havia ocorrido, quando toco no nome de Fernanda, Ana não esconde a raiva dela.

Explico que preciso da sua ajuda para colocar algumas coisas em prática, afinal, Ana era melhor amiga dela e a única que a conhecia como ninguém.

Ana me olhou pasma

– PRIMO VOCÊ TA APAIXONADO E QUE BEIJO FOI AQUELE – Ela gritou e eu quase esmurrei ela

– Cala boca Ana, ta maluca? – Rempreendo – porra se controla ou vai tudo por água abaixo

Ela revirou os olhos

– Tá, tá, tá..vou lá, dar um jeito de enrolar ela

Combino tudo com Ana, a vejo saindo do escritório e fico receoso, talvez eu possa estar me precipitando, mais foda-se.

OS ACASOSOnde histórias criam vida. Descubra agora