CAPÍTULO 23

27 5 0
                                    

O que era pra ser alguns minutos, se transformaram em algumas horas e literalmente fomos os últimos a sair da festa.

Ficamos por um bom tempo conversando na sala até que todos decidem se recolher em suas casas.

Nos despedimos do pessoal vamos embora.

Assim que abro a porta para Juliana sair, fecho e a pego no colo sem ter tempo de pensar.

– Nada de andar – Ela se agarra em mim

– Felipe minha bunda vai aparecer esse vestido é curto demais – Repreende.

– Não tem ninguém para nos ver, então vamos.

Juliana se aconchega no meu ombro, encosto meu queixo em sua cabeça.

Quase chegando em casa, posso sentir seu corpo mais pesado, um pouco mais relaxado, acredito que ela tenha cochilado.

Entro em casa e vou direto para meu quarto, ela precisava descansar.

Entro e a coloco devagar em minha cama, cuidando para não acorda-la. Inválido. Ela se aperta em meu braço e abre os olhos.

– Estou aqui – Sussurro

– Esqueci de pegar roupa para dormir – Sorrio pensando que ela até poderia dormir pelada, mas realmente ela precisava descansar, então não vou judiar.

– Te empresto uma camisa, deita eu já volto

Vou ao closet, tiro minha roupa, ficando apenas de cueca.

Pego uma camiseta e volto para o quarto e encontro Juliana sentada na cama com os olhos quase fechando, tento prender o riso.

– Não ria! Estou com muito sono – Ela briga

– Não estou rindo – ergo os braços em rendição

Me aproximo da cama e começo a ajuda-la a tirar o vestido. Percebo sua pele branca ficar arrepiada ao meu toque. Fico feliz em saber que meu toque tem reação em seu corpo.

Assim que ela se troca, pego alguns travesseiros e coloco em baixo da sua perna machucada.

Deito ao lado dela e nos cubro. Ela se aninha em meu peito e dorme.


Juliana..

Abro meus olhos devagar até me acostumar com a claridade do quarto. Olho para o lado da cama e Felipe já não está mais lá.

Ouço a voz alterada do Felipe, deve estar ao telefone.

Me levanto da cama e pego um short de dormir do Felipe que acho perdido pelo quarto.

Desço as escadas com dificuldade, meu pé ainda dói muito!

Assim que chego ao final da escada, Felipe passa por mim preocupado, parece nem ter me visto.

- Ela ta dormindo pai... ta eu vou acordar ela... em cinco minutos estou ai! – Ele estava falando ao celular.

- Ei Felipe.. – O chamei, assim que ele vira percebo que está com um semblante realmente preocupado.

Ele tenta abrir um sorriso

– Oi Ju, preciso que você vá para a casa do meu pai o mais rápido possível, tenho umas coisas para resolver – Ele se aproxima rapidamente me levando para a porta.

– Você está me machucando Felipe! – Reclamo. – O que está acontecendo? Me diz! – Estou um pouco atrás dele e percebo um volume em suas costas, não vi o que era ao certo, mais marcava certinha sua camisa.

– Perdão não queria lhe machucar. – Ele solta um pouco meu braço, continuamos andando, passamos a frente da casa de Ana a mesma está quieta, não parece ter ninguém

– Não vou omitir o que está acontecendo, tentaram invadir o condomínio hoje pela manhã e não foi qualquer coisa, pois três dos nosso seguranças saíram feridos, preciso lhe manter segura na casa do meu pai e assim eu vou sair para resolver isso – Ele diz calmamente

– Felipe! – Falo meio alto e ele me olha – Como vou chegar a casa do seu pai com uma camisa sua e um samba canção? – Falo envergonhada e ele ri

– Você está linda assim, minha mãe não vai ligar.

Assim que chegamos em frente a casa dos seus pais, posso ouvir alguns estouros, barulhos de tiro e sem pensar Felipe me pega de qualquer jeito e sai correndo comigo pra dentro de casa. 

OS ACASOSOnde histórias criam vida. Descubra agora