Juliana..
Assim que entrei me deparo com Felipe socando a cara do Rodrigo, meu deus começou a sangrar na hora! Corro até ele para ajuda-lo ignorando o pedido do Felipe. Não vou com ele, ele se mostrou agressivo, totalmente diferente de hoje mais cedo.
– Felipe me solta! – Grito
Ele continua apertando meu braço forte e a cena com Marcelo vem a minha cabeça, ainda não havia passado toda aquela sensação ruim.
– Você esta me machucando me solta! – Grito novamente, mas é em vão. – Felipe meu tornozelo está doendo, por favor para! – Digo prendendo o choro.
Felipe me olha com fúria nos olhos, simplesmente me pega no colo me colando em seu ombro, como se eu fosse um saco de batata e começa a subir
– Felipe me larga – Eu tento gritar e bato em suas costas. Inválido. Acho que eu devo estar fazendo massagem em suas costas.
Vejo que entramos em meu quarto, ele me coloca no chão e fecha a porta atrás dele trancando-a.
Sento-me na cama e olho meu pé que está um pouco inchado. Tento engolir o choro mais algumas lágrimas insistem em cair.
– Me deixa ir Felipe
Ele nega
– Você tem noção da merda que fez porra? – Diz gritando. – Me responde porra – Ele grita novamente e se aproxima.
Levanto da cama para encara-lo.
– Eu? Eu não fiz nada Felipe! Você que é esquentadinho e bateu no Rodrigo, que até onde eu sei é seu primo E melhor amigo! – Friso – Você é um babaca acha que pode controlar tudo e todos! Como quando você me chamou até sua casa hoje, você achou mesmo que eu iria me render? Que eu iria ser mais uma das suas pegas de uma noite? NUNCA FELIPE! Quando eu te vi com a tal FERNANDA em nenhum momento fui atrás de você, fazer escândalo ou falar qualquer merda!
Sento novamente, a dor em meu tornozelo não me deixa.
Ele vira de costas pra mim e vai em direção a janela da varanda, respira fundo e me olha procurando calma
– Ah, você ficar se esfregando com o Rodrigo depois do que tivemos não foi nada? Você estava me provocando garota, me provocando com um cara que já te deu bola e não sei porque você não deu pra ele, afinal, parece ser bem seu tipo esse, mais uma investida e você caia na minha – ele debochou – você está querendo causar na festa do meu tio, mais com a pessoa errada – ele ri demonstrando seu nervosismo.
Ele passa a mão nos cabelos parecendo que vai arranca-los
– Maldita hora que eu te achei na rua, maldita hora que te ajudei, deveria ter deixado que aquele tal Marcelo tivesse feito o que bem quisesse, agora entendo o lado dele! PORRA MULHER!
Felipe estava desesperado, gritando de uma forma que nenhum outro homem havia gritado comigo. Involuntariamente começo a chorar, abraço os joelhos e abaixo a cabeça, cada coisa que ele me fala é como se estivesse rasgando dentro de mim.
Recuperando o pouco da minha força levanto-me e vou para a porta
– Isso vai embora, é o melhor que você faz! – Esbraveja
Me escoro na porta, tento abrir a porta mais estou tremula e não consigo abri-la tão rápido.
Felipe..
Sinto uma coisa estranha dentro de mim, um ódio que nunca senti antes, não consigo me controlar e as palavras só saem.
Vejo Juliana apavorada tentando abrir a porta – Merda – praguejo.
Volto a mim, tentando controlar tudo o que estava acontecendo, PORRA assimilar tudo isso é foda pra caralho. Mas ver o que eu provoquei em Juliana é pior ainda, me sinto um merda!
Vou até ela que se abaixa e senta no chão abraçando seus joelhos
– Fel.. Felip.. Felipe sai! - Ela grita entre os soluços.
Me aproximo mais e tento faze-la levantar. Ela se levanta, tento abraçar mais ela resiste se debate e eu a abraço novamente, com mais força, talvez eu a sinta como minha responsabilidade, como se eu tivesse a missão de cuidar dela.
Preciso acalmar ela.
– Desculpa Juliana – Sussurro em seu ouvido
A abraço mais forte, tenho que fazer isso passar. Ela se rende e retribui o abraço encostando sua cabeça em meu peito, sinto suas lagrimas molhando minha camisa.
– Desculpa Ju.. Foi na hora na raiva, não me arrependo do que eu fiz, nunca, fui um covarde, desculpa, fiquei possesso ao ver Rodrigo lhe tocando – Sussurro – Não consigo ver outro homem te tocando – Suplico por desculpa.
Ela me olha ainda chorando, porra como aquilo dói, ver ela apavorada do mesmo jeito como eu a encontrei aquela vez.
– Por... porq.. por que você fez isso? – Ela fiz soluçando.
Limpo suas lagrimas que ainda insistem em cair.
– Por que eu sou um otário, por isso! Não suportei ver outro homem com você além de mim! – Ela me olha e posso ver que ela esta tentando controlar as próprias lágrimas.
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OS ACASOS
RomanceNessa vida, não tem nada, absolutamente nada que não aconteça por um acaso. Para Juliana, um relacionamento não seria ideal, não na atual fase da sua vida. Seu histórico de relacionamentos frustrados ainda pairam sobre seus pensamentos junto ao medo...