CAPÍTULO 50 - EXPLICAÇÕES

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Juliana..

Assim que descobri que havia consegui uma bolsa de 50% na faculdade não sabia o que fazia!

Era tudo o que eu precisava naquele momento e finalmente eu iria conseguir minha carreira de advogada igual meu tio, na verdade ele é meu ex tio, pai da minha ex melhor amiga que nunca mais vi falar sobre, tivemos que nos afastar por um monte de coisa e perdemos o contato, mais eu sinceramente achava lindo cada coisa que ele nos contava sobre seus processos e seus casos que conseguia ganhar.

Com meu emprego no café daria para pagar e talvez quem sabe conseguir um lugar para morar e por fim sair de casa, teria que economizar muito mais acredito que eu conseguiria, eu sei que vou ter que aguentar esse tempo até a faculdade começar a oferecer estágio, isso vai demorar mais eu vou aguentar, afinal passo a tarde no café e agora passaria a manhã na faculdade, passaria menos tempo em casa.

Quando fui ver a lista de aprovados tinha um pessoal entregando um papel informando aonde seria o trote da turma de Direito, junto eles entregaram dois convites.

Eu tinha recém entrado na faculdade e já tinham aqueles famosos trotes de calouros sinceramente não faz o tipo que gosta dessas coisas, mas eu estava tão feliz e por incrível que pareça meu pai me incentivou tanto para ir que acabei cedendo e decidi ir.

Era um sábado a tarde, pedi folga no café e fui. Estava em um jeans de lavagem manchada, uma sapatilha preta, blusinha básica branca e uma jaqueta na cor chumbo.

Fui simples, não queria chamar muita atenção e só fui para ver como seriam as coisas. Segui o endereço e por fim fui parar em uma casa, parecia mais uma chácara, era um terreno enorme, de portões e muros altos. Estacionei o carro na frente, um homem de terno, estava inteiro de preto, acredito que fosse segurança do local, chegou até a janela do meu carro e eu expliquei que vim para uma festa e mostrei o convite.

Ele apenas assentiu e fez final para abrirem o portão.

Eu com meu simples carro chegando a uma mansão, legal, já começamos bem. Estacionei na frente da casa e a música alta estava por todo canto, desci do carro e adentrei a casa, pra mim era um palácio, não havia nada igual.

Entrei na casa e era gente pra todo lado, bebendo, rindo e conversando, fico andando pela casa, me esbarro em algumas pessoas até sair para os fundos da casa, estava tendo festa na piscina, alguns malucos estavam dentro da piscina de roupa e tudo.

Fui para o bar que ficava próximo a piscina e pedi um refrigerante, pelo o que eu via em filme, não era muito seguro beber essas coisas de festas

- Oi, um refri por favor – Pedi aos berros pois o som estava me dando dor de cabeça em menos de 5 minutos no local.

O barman me olha e começa a rir

– Ei caloura, um refri saindo – Ele me entrega uma lata eu pego, abro e bebo, fico sentada por ali apenas observando aquela bagunça.

– Caloura de qual curso? – Ouço uma voz vindo por trás, me viro na cadeira e me deparo com um homem moreno, alto, cabelos bem pretos e olhos escuros também, não era um Deus grego mais era dono de um sorriso encantador, parecia ser mais velho, mesmo eu sentada naqueles bancos altos ele ainda era maior que eu.

- Direito e você? – Falei um tanto gritado pois aquilo estava insuportável.

Percebo que ele começa a rir – Sou veterano gatinha, ultimo ano de Direito já – Ele sorri e eu fico toda boba – Ta sozinha? – Ele pergunta e solta um sorriso debochado.

Faço sinal positivo com a cabeça

– Vem comigo – Ele diz bem próximo ao meu ouvido e vai me puxando pelo braço.

– Pra onde vamos? – Pergunto e ele parece não ouvir pois continuamos andando.

Bato no braço dele e ele me olha e se abaixa um pouco – Pra onde vamos?

– Vou te apresentar para alguns amigos – E assim me deparo com uma roda de homens e mulheres, todos pareciam ser mais velhos já, estavam todos bebendo e rindo, pareciam umas hienas sem freio.

- Pessoal essa é a... – Ele para, droga eu também não sabia o nome dele

– Sou Juliana! – falei logo em seguida, assim todos se apresentaram e eu acabei descobrindo o nome de todos inclusive o nome do bonitinho que se chamava Fabiano.

A festa foi rolando e acabei caindo na bobeira de beber junto com o pessoal, acabei fazendo amizade com Debora, era veterana também e estava cursando designer, percebi que ela estava um tanto alterada, mais eu também.

Já havia tirado a jaqueta e estava com um calor fora do comum, ia bebendo o que estavam trazendo, cada vez o Fabiano vinha com um copo de uma coisa pra mim, até que um dos garotos apareceu com uma garrafa de Tequila.

- Vamos começar o batismo da caloura – O garoto diz rindo e com a garrafa na mão.

- Que batismo? – Pergunto tentando ficar séria, mais estava louca pra beber

- Você não precisa – Fabiano diz próximo ao meu ouvido

- Não eu quero – Disse gritado e fui até o garoto.

Ele puxou uma cadeira, me sentei nela e me deram limão com sal, coloquei na boca, segurei o liquido e tomei a dose que haviam colocado em um copo, logo em seguida alguém que não vi segurou minha cabeça e balançou, quando abri os olhos por fim e respirei fundo, Deus tudo estava rodando e girando, não sabia pra quem olhava, mais eu queria mais, nessa brincadeira tomei cinco copos de tequila até não me dar mais por mim.

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