- Você não manda em mim.Em pouco tempo já podia se ouvir as pessoas ao redor da gente gritando: "Briga! Briga! Briga!"; " Mete um tapa na cara dela, mano! Pra ela aprender a te respeitar! "; " Bah! Depois dessa eu me suicidava... " entre outras coisas que se podia ouvir. Eu não estava dando bola para os comentários super machistas...
Noah bufa e me empurra novamente, só que desta vez, ele me empurra tão forte que caio sentada no chão.
- Seu merda! - Ethan grita, indo pra cima de Noah com um soco no nariz.
Noah limpa o sangue e devolve o soco, que acerta tragicamente o olho esquerdo de Ethan. Lembro de gritar para separarem eles e de pedir ajuda, levantei rápido e até eu mesma tentei afasta-los, mas não deu certo. Os dois continuaram com uma sequência de chutes e de socos, aquele corredor havia virado um verdadeiro ringue de MMA. Os segundos pareciam uma eternidade, mas finalmente alguns professores e alunos ajudaram a separa-los de vez.
O primeiro lugar que fomos parar foi na enfermaria.
Eu acabei com um pequeno hematoma. Ethan segurava uma sacolinha que levava o gelo no seu olho, que havia ficado até um pouco inchado. Noah por outro lado estava tentando fazer parar a hemorragia que descia pelo seu nariz. Parece que o soco de ambos, foi cruelmente em um lugar estratégico.
Os meninos encaram o chão, assim que saímos da enfermaria. Era um silêncio mortal. Ninguém se atrevia a falar se quer uma palavra, até porque: às vezes só os olhares já bastam. Indo até a direção, Noah murmurou baixo, sem se quer levantar o rosto, um pedido de desculpa. Não sei para quem este pedido estava destinado. Fico calada. Entro com a cabeça abaixada como sinal de punição - que já estava sendo executado e comandado por mim mesma.
Apenas Ethan, entra super à vontade e senta de forma aconchegante na cadeira frente ao diretor. Eu começo a tremer de medo. Noah arqueou a sobrancelha em direção à minha mão, fria e trêmula. Eu sabia o que ele queria dizer com isso. Ethan foi quem boiou nos gestos.
Há mais ou menos 1 ano eu, Carol, Sasha, Mike, Jack e Noah, aprontamos uma: "invadimos" uma sala do turno da tarde (Educação infantil), o motivo!? Nem eu sei. Talvez foi para namorar durante o curto período do recreio- nós não matávamos aula, se tinha uma coisa que nunca fizemos, foi isso. Aí chamaram o diretor, que apareceu por lá, de surpresa e no momento exato que eu e Noah estávamos nos beijando. Noah conta isso até hoje: quando percebi que ele estava nos encarando, fiquei pálida e comecei a tremer, (como nunca na vida tinha tremido) minhas mãos ficaram geladas e foi então que me vendo naquela situação, Noah pegou a ponta dos meus dedos e as entrelaçou nos seus. Os dedos de Noah estavam equivalentes aos meus, mas por alguma razão, aquilo me acalmou e parei de tremer (tanto). Naquele dia, o diretor ficou muito zangado, mas não o suficiente para nos suspender ou nos expulsar. Talvez nossas mãos juntas, teriam trazido uma vibe positiva.
Naquele instante, a última coisa que eu queria era juntar as minhas mãos com as dele. Espero me acalmar, e me entender com ele só mais tarde. Olhei seguidamente para o chão enquanto o diretor nos dava uma bronca enorme.
- Vocês dois até não me surpreendem, mas a senhorita Blank... Bom, espero que essa briga tenha um motivo com nexo, se não... - ele faz gestos com a mão e encara os meninos - serei obrigado a dar uma merecida suspensão. - fico calada, e quando levanto o olhar para encarar o diretor Maximus, ele aponta pra mim - a senhorita pode começar explicando o motivo de toda essa confusão.
Assinto e então, lá vamos nós...
- Eu estava acompanhada de Ethan, e aproveitei para pegar uns livros no meu armário. Noah apareceu por lá e entendeu tudo errado...
- Tudo o que!? - Maximus perguntou.
- Ethan me convidou para passar o recreio conversando com ele e dai...
- Peraí! Essa confusão toda, por ciúmes!?
Noah, do meu lado esquerdo, assentiu. O clima pesado foi surpreendentemente quebrado com uma risada debochada do diretor.
- Noah, essa não é a primeira vez que você tem uma crise de ciúmes, e disso eu sei. Mas diferente de todas as outras, por que nessa você não conseguiu se controlar!?
- Eu e a Kate, brigamos hoje mais cedo...
- Daí, já não é mais problema meu. Conheço os pais de ambos, eu vou dar novamente uma chance a vocês, mas esta é a última vez, ouviram!? Eu espero que isso não se repita! - a minha consciência me dizia que aquele 'novamente' era uma lembrança daquele episódio anterior da vibe. O D. Maximus olha para os dois (que estavam roxos em partes do rosto diferentes) e solta uma risada abafada - eu até iria dar à vocês uma punição, mas me parece que não será necessário. A única coisa que farei é ligar pra os pais de vocês, e contar toda a história.
- Por favor não! -Ethan, que não tinha se manifestado a conversa inteira, falou rápido de tão preocupado com a possibilidade. - Se o senhor contar aos meus pais, além de eu estar com o olho roxo, vou parar no hospital... - Noah dá um sorrisinho e fita o chão.
- E como o senhor pretende esconder esse olho roxo!?
- Ah, sei lá... Invento que fui assaltado, vou dormir na casa de uns amigos, mas por favor: não fala nada pra eles! - Implora.
O diretor assentiu.
- Não quero te ver com mais problemas senhor Heiter, o fato de você ter vacilado muito no ano passado não significa que terá de cometer o mesmo erro, entendido!? - O D. levanta a sobrancelha e Ethan confirma - Só faço isso porque quero o melhor de vocês três... Podem ir, eu já acabei!
Levantamos das cadeiras e em poucos segundos, lá estávamos nós, de novo no mesmo corredor.
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Oiiiiieeee!!!
Quem gostou do capítulo, deixa a usa estrelinha!! 🌟🤗Beijos, Fran...
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Proibida Pra Mim
Teen FictionA vida de Kate Blank era organizada e vigiada pelos seus pais, que queriam que a única filha herdasse a empresa da família. Mas Kate tem ao menos um motivo para expressar o porque do seu desgosto: a empresa fez com que seus pais se ausentassem cada...