Capítulo Treze - Carta e cartões postais

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Cartões postais de Nova York, Seattle, Oregon e Portland. Eram lindos e fascinantes, mas o que mais me chamou a atenção foi a carta. Aquela carta...

"Kate,

Para cumprir com a minha promessa, vou tentar te mandar seguidamente essas cartas, e os cartões postais. Sei que não são muitos, mas não tive como ir a vários lugares. Passei messes trabalhando em uma lanchonete para conseguir dinheiro suficiente para poder comprar uma passagem e viajar de metrô, só para que você  possa conhecer os lugares, mesmo que seja por fotografias... Acho que você já deve ter notado: atravessei o país, praticamente.
Antes que eu esqueça, diga a mamãe que eu estou bem, apenas cansado, mas bem, diga também que eu a amo muito.
Kate, precisei me afastar de você para saber que você era muito importante para mim, você é a irmãzinha que eu nunca tive.
Espero que você esteja me esperando, quando eu voltar... Enquanto isso não acontece, vou saber como você está secretamente.

Até a próxima correspondência,
Brian..."

Sorrio assim que vejo sua assinatura. Não sei por quanto tempo fiquei ali, só sei que Zilda estava batendo na porta do meu quarto avisando que o almoço já estava pronto. Dei um pulo da cama, e corri porta a fora atrás da Zilda, para lhe falar a respeito da carta.

Quando finalmente consigo fazê-la parar e me olhar, digo alegre:

- Hoje, eu recebi uma carta do Brian... - Assim que eu disse 'carta', ela colocou a mão na boca e pediu para ver. Num primeiro momento eu neguei. Ela iria fazer muitas perguntas à respeito de como a recebi, o que nem eu sabia exatamente e além do mais, havia a possibilidade dela ter um ataque ou desmaiar. Mas logo depois, lembrei de que ela deve estar sentindo muito mais a falta dele do que eu, e então entreguei para ela.

Com as mãos trêmulas ela lê a carta e começa a chorar. Levando a carta até o peito esquerdo ela abraça a caligrafia do próprio filho e grita de saudade. A cena foi tão triste que eu quase chorei. Quase.

As pessoas acham que sou carente de uma certa forma. Não é a primeira vez que digo isso, porque surpreendentemente as pessoas olham na minha cara e elas têm a impressão de que sou carente, simples assim. E não foi apenas uma pessoa que pensou isso, foram várias. O fato é: já fiquei horas na frente do espelho perguntando para mim mesma, o que há no meu rosto ou no meu jeito pra pensarem isso. Mas nunca descobri o motivo, então deixei assim mesmo. Nem sempre me importo com o que os outros pensam, embora na maioria das vezes eu me importe.

Depois da cena emocionante de Zilda, descemos para o almoço. Passou algum tempo e lá estava eu: atirada em cima da cama fazendo as lições de casa.

Aquela tarde passou tão rápido que eu nem senti. Quando dei por conta, Sasha estava me convidando/mandando para jantar com ela e Mike. Achei horrível ficar de vela, mas por ela, acabei indo. Me fez bem conversar e rir em conjunto.

***

Oi again genteeeee!!!! Hahah...

Como esse capítulo é bem curtinho, achei conveniente postá-lo ainda hoje 😃... Até porque faltava uma boa continuação para o capítulo anterior, e eu não queria matar vocês de TANTA curiosidade 😄😄

*** ( na multimídia, é só um exemplo de cartão postal, ok!? Não vão pensar que não sei diferenciar NY de Londres 👌😆 )

Beijos, Fran...

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