( Sexta-feira, 3 de março )Acordo, tomo um banho quente, faço minhas higienes, e tudo isso pensando que amanhã é sábado.
Não sei se é um pensamento só meu, mas sempre durante a semana, a única razão pra mim ter vontade de fazer algo, é sempre porque no final de semana vou poder fazer o que eu quiser, e isso inclui: dormir até tarde, correr no final da tarde, me encontrar com as criaturas, escutar música o tempo todo, e ler uns capítulos de um livro.
Quando desci para pegar a minha mochila, dispensei o café preparado carinhosamente por Zilda, que chegava cedo todos os dias só para preparar aquele café. No caminho até a escola eu me senti culpada por não ter comido, mas o que eu posso fazer!? Eu não estava a fim e além do mais, eu não faltei com educação.
Já na Entrada da escola encontro Ethan escorado em uma coluna arrumando os fios loiros e com apenas uma mão segurando o celular. Não pude deixar de notar o quanto ele sorria de forma boba. Olhei para a rua, nenhum sinal de Noah. Me aproximei de Ethan, que quando notou a minha presença, abriu um sorriso maior ainda, bloqueando o celular. Ele me recebeu com um abraço apertado e um sussurro:
- Bom dia, Lady...
Ri do apelido. Mordi o lábio e cochichei de volta a primeira coisa que me veio à cabeça ao lembrar do clássico "A dama e o vagabundo ":
- Bom dia, Vagabundo...
Nos afastamos para irmos em direção à sala.
É. Acho que Ethan estava estranho por conta da briga, agora já faz um tempo e talvez ele já tenha se recuperado. Talvez a mágoa seja em função do seu olho lindo, algumas pessoas costumam ser mais sensíveis quanto a esse tipo de coisa do que outras, mesmo que eu ache estranho essa hipótese, pode ser uma das possibilidades.
Entramos dentro da sala e nos sentamos nos nossos lugares. Acho que escolhemos bem os nossos lugares, porque nenhum professor começou com o papo furado de espelho de classe. Fico feliz por isso.
Hoje a aula é de educação física e estou mega ansiosa pra jogar.
Aos poucos todos vão chegando e se acomodando nos seus lugares. Quando Noah abre a porta, disfarço e finjo que eu não estava conversando com quem senta logo atrás de mim. Ele dá um sorriso fraco e caminha na minha direção:
- Oiii minha Cinderela! - Diz me dando um selinho e em seguida me puxando para um abraço. Por coincidência fiquei com os olhos abertos enquanto nos abraçávamos, e pude ver a sobrancelha de Ethan levantada. Certifiquei-me de que não havia mais ninguém além de Ethan por perto e então dou um sorriso forçado e digo, revirando os olhos de forma besta:
- Oii príncipe! - Tá certo, eu confesso: já falei sem vontade assim com Noah antes, mas Ethan caiu na gargalhada ao me ver sendo falsamente melosa com ele. De qualquer modo, a risada de Ethan era mais do que contagiante e eu ri que nem uma louca. Por alguns segundos éramos apenas eu e Ethan, que não conseguia se quer respirar. Noah, no começo, não entendeu nada, chegou até a querer implicar, mas logo da mistura de risadas contagiantes e escandalosas que havia dentro daquela sala, todos passaram a se juntar a nós, inclusive ele. E toda essa animação por conta de apelidos dos desenhos animados da Disney, às vezes penso que sou retardada mas aí, vejo que não estou sozinha na zoeira então esqueço qualquer tipo de dúvida a respeito desse assunto e finjo nunca ter pensado nisso.
Pelo menos, brigar por uma risada contagiante e idiota não é permitido, segundo a minha opinião.
O professor Jacob entra na sala e todos somos obrigados a parar e a sentar. Ele olha para todas as classes e percebe a grande quantidade das mesmas, vazia.
- Alguém sabe me dizer, onde está todo mundo?
Silêncio total.
A chamada foi feita e acabei por descobrir que Jack e Sasha faltaram de forma malandra, junto com mais outros 3 alunos. Carol e Mike apareceram depois do sinal bater, e por esse motivo, tiveram de pedir permissão para entrar na sala.
Liberados por Jacob, caminhamos até a quadra. O primeiro esporte?! Vôlei. Quase pulei de alegria. Os garotos preferiam futebol, mas só iriam poder jogar depois de nos ver praticar. O professor iria chamar, quem iria jogar e em qual posição ficaria. Fiquei contente por ele ter me botado, logo de cara, no saque.
Vôlei é a minha grande paixão. Podemos dizer, que quando eu comecei, não era muito boa e até cheguei a dizer que odiava jogar, mas algumas aulas de educação física e a frequência com que as pessoas diziam que achavam que eu jogava vôlei por conta da minha altura, me fizeram querer ter a experiência de jogar. E foi aí que eu descobri que na realidade amava vôlei.
Enquanto jogávamos, os meninos ficaram tão tensos na arquibancada, da mesma forma que ficamos quando eles jogam, que até me senti uma jogadora profissional. Menos Kate, bem menos.
A aula passou rápido demais e só pude escutar a contagem regressiva da nossa turma para o sinal bater.
Saio da sala para ir aos armários, mas paro diante do corredor, demoro um tempo para identificar quem está lá e quando identifico, continuo imóvel.
* A próxima cena é proibida para menores de 14 anos. *
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* Brincadeira gente, é só maneira de dramatizar mesmo. Todos podem ler o próximo capítulo....*
Espero que estejam gostando do livro!!!Estou impressionada. Não consigo nem achar as possíveis palavras para agradecer. Eu mal havia visto as 500 visualizações no livro, e quando entrei no Wattpad de novo, esse número tinha crescido ainda mais, assim como a quantidade de votos 💓
Muito obrigada, do fundo do meu coração, à todos vocês!! 😍
Estou tão feliz que chego a pensar em antecipar o próximo capítulo,que seria postado apenas na Quarta-feira. 😁😊
Beijos, Fran...
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Proibida Pra Mim
Ficção AdolescenteA vida de Kate Blank era organizada e vigiada pelos seus pais, que queriam que a única filha herdasse a empresa da família. Mas Kate tem ao menos um motivo para expressar o porque do seu desgosto: a empresa fez com que seus pais se ausentassem cada...