Capítulo 4

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Jasmine ficou rígida enquanto o temor se arrastou sobre seus ombros e se agarrou firmemente através de sua garganta. Tanto como Seth e Zane conheciam das circunstâncias de seu passado, ela não lhes havia dito tudo. Já sabiam muito.
A vergonha encheu sua mente confusa, e ela tentou apartar o olhar, mas os dedos do Seth permaneceram firmes ao redor de seu queixo.
-Jaz - Zane disse brandamente.
Seth afrouxou sua mão, e Jasmine se voltou ligeiramente para poder ver o Zane. Seus olhos azuis eram tenros com entendimento.
Zane tocou sua bochecha com um dedo.
-Não tem que nos dizer nada que você não queira, mas necessita para compreender que nada que você diga nos fará pensar mal de ti.
Ela tentou sorrir, mas seus olhos estavam completamente aquosos outra vez.
-Aqui, minha menina, - Carmem disse enquanto ela entrava na habitação levando um copo de água. -Tenho sua pílula.
Enquanto Seth tomava o copo de água, Carmem afugentou movimentos com suas mãos.
-Vocês moços vão-se agora. Deixem me encarregar da Jasmine. Ela precisa descansar depois de semelhante desordem. Metê-la-ei na cama.
Seth deu a Jasmine o copo de água e a contra gosto se levantou de em cima da cama. Zane beijou a parte superior de sua cabeça e também saiu. Ele deslizou uma mão sobre seu ombro e apertou confortantemente antes que ele e Seth caminhassem para a saída.
Ela os seguiu com o olhar enquanto saíam antes que Carmem desse um passo frente a ela e insistisse a tomar o sedativo. Jasmine cravou os olhos na diminuta pílula por um comprido momento, repentinamente zangada.
Ela dobrou seus dedos até formar um punho apertado ao redor do sedativo, e então contemplou a Carmem.
-Não a quero, Carmem.
A cara da Carmem se suavizou em simpatia. - Não há vergonha em tomá-la, menina. Você há feito isso por tanto tempo.
-Por isso não a quero Agora - Jasmine disse. - Não posso - não posso continuar me descontrolando por algo que ocorreu tantos anos atrás.
Carmem envolveu os braços ao redor da Jasmine e a abraçou apertada. Ela acariciou o cabelo da Jasmine e o fez tranqüilizando, ruídos maternais, a classe que fazia a Jasmine fechar os olhos e absorver o abraço como um drogado desesperado por uma dose.
-Estou muito orgulhosa de ti, menina. É uma boa garota, e você percorreu um comprido caminhou desde essa assustada menina que esses meninos trouxeram para casa faz seis anos.
Jasmine sorriu contra do peito da Carmem. - Amo-te, mãezinha.
Carmem se apartou e sorriu para a Jasmine. -E eu amo a ti, menina. Não é menos minha filha do que seria se te tivesse dado a luz. Tudo o que me falta são as estrias.
Agora, à cama contigo. Precisa descansar. Não estas ainda muito descansada de sua viagem.
Jasmine deixou a Carmem preocupar-se por ela enquanto ficou cantando uma canção muito grande. Então ela se arrastou na cama, e Carmem levantou as cobertas até seu pescoço e deixou cair um beijo carinhoso em sua frente.
-O sono já vem menina. Se você necessitar algo só me chame, está bem?
Jasmine sorriu e assentiu com a cabeça. Enquanto Carmem saía do quarto, Jasmine permitiu ao sono baixar suas pálpebras para fazer se carrego. Ela se voltou e abraçou seu travesseiro apertado contra seu peito, desejando a si mesma relaxar e ceder ao torpor do sonho.

* * *

Jasmine se despertou com um suor frio. O ar fresco da ventilação por cima de sua cama soprou sobre sua pele úmida, e tremeu. Por um momento, se arrependeu de não tomar o sedativo. Seu sonho tinha sido quebrado por imagens atemorizantes. Lembranças escuras. Até agora, bem acordada, o nó de medo em sua garganta se recusava a minguar.
Alguém tinha deixado o abajur aceso em seu banheiro e a porta entreaberta para que um resplendor apenas perceptível brilhasse em seu dormitório. Enquanto ela percorria o olhar para a janela, viu que a noite fazia muito tempo tinha caído.
Seus ouvidos não recolheram nenhum ruído dentro da casa. Só os débeis sons da noite para fora de sua janela podiam ouvir-se.
Outro tremor assumiu o controle de seu corpo. Ela não queria estar sozinha.
Ela não considerou um segundo sua decisão enquanto balançava suas pernas sobre o flanco da cama. Sua camisola caiu abaixo de seus quadris para a metade de suas coxas enquanto parava. Ela saiu de seu quarto e pisou brandamente abaixo ao vestíbulo pelo Zane.
Ela franziu o cenho quando viu sua porta fechada e se perguntou por um momento se deveria entrar ou não. Ele nunca tinha dormido com ela fechada antes. De fato, ele sempre a tinha deixado aberta a propósito em caso de que ela entrasse durante a noite.
Ela estendeu sua palma sobre a madeira e parou por um momento antes de finalmente girar o trinco com sua outra mão. O quarto estava obscuro, mas enquanto abria a porta mais ampla, a luz de abaixo do vestíbulo a iluminou o suficiente para poder ver o Zane em sua cama.
Silenciosamente, se moveu para frente, piscando para ajustar-se à luz tênue. Enquanto chegava a borda da cama, podia ver que Zane estava nu, as cobertas enredadas em seus pés.
Ele estava dormido sobre suas costas, um braço sobre sua cabeça, dobrado debaixo de seu travesseiro. O outro braço descansava através de seu abdômen. Seu olhar caiu mais abaixo. Logo que se deteve finalmente em sua virilha, ela apartou culposamente o olhar.
Ela não estava aqui por alguma louca sedução. O pensamento nem sequer lhe tinha passado pela cabeça. Não deveria ter vindo para nada. Só faria as coisas mais embaraçosas do que já eram.
Ela se afastou dando a volta, mordendo-se os lábios para esmagar o estremecimento traiçoeiro.
- Jaz?- A voz sonolenta do Zane a alcançou, e ela se deteve.
Ela deu a volta, cuidadosa para manter seu olhar em uma posição neutra. -Sinto muito - ela disse. - Irei.
Zane olhou para baixo como se justo precavendo-se de que estava nu. Ele jurou e puxou bruscamente os cobertores até sua cintura. Ela deu a volta outra vez e começou a caminhar para a porta.
-Não, não vá, Jaz. Dê-me um minuto, está bem?
Ela se deteve pela indecisão. Ouviu-o levantar da cama, e quando ela olhou às escondidas ao redor, ela o viu vestindo em cima um calção. Quando terminou, ele se estirou e acendeu o pequeno abajur junto a sua cama. Então ele caminhou para ela e pôs uma mão em seu braço.
- O que te passa, Jaz?
Ela se sentiu bastante estúpida quando se rebaixo a isso. Ela tinha ficado fora por um ano, e antes disso, tinham sido meses desde que ela tivesse vindo por última vez a seu quarto a metade da noite. É obvio que ele não tinha esperado que ela viesse dentro e logo e sem convite. Ela não tinha pensado além de sua necessidade pelo consolo, algo que lhe tinha dado mais vezes das que poderia contar.
-Não deveria ter vindo - ela disse sussurrando. - Não pensei.
Zane a puxou para a cama. Ele pôs ambas as mãos em seus ombros e a derrubou até que ela estava sentada sobre o colchão. Então ele se sentou ao lado dela.
-É obvio que deveria ter vindo - ele arreganhou. -Não pensei. Deveria me haver dado conta de que depois de que o que aconteceu, teria problemas para dormir. Há algo que possa te trazer?
Ela o olhou. Como poderia dizer ela o que mais necessitava? -Só não queria estar sozinha - ela disse.
Ele se moveu em cima até que estava ao outro lado da cama. Empurrou as cobertas abaixo então mostrou o lugar ao lado dele. Ela vacilou por um momento breve antes de subir devagar ao lado dele. Ela se acomodou para estar de frente dele.
Ele se estirou abaixo, puxou as cobertas e envolveu um braço ao redor de sua cintura. Quando ela se aconchegou atrás contra seu peito, ele se apartou para que um lugar estreito os separasse. Ela lamentou a distância imediatamente. Ela soube por que ele o tinha feito, e em lugar de emocioná-la como poderia estar sob outras circunstâncias, sua consciência dela reforçou a brecha que estava abrindo-se entre eles. Uma brecha que ela não estava segura inteiramente de que pudesse vencê-la.
-Sinto não ter podido deter o Toby - ele disse. -Fiz condenadamente seguro que não ocorrerá de novo, entretanto.
- Não é sua culpa que eu esteja fodida em semelhante desordem.
-Te vire - ele mandou enquanto abraçava sua cintura.
Surpreendida, ela se moveu e rodou seu corpo até que se enfrentavam o um ao outro. Ele cravou fixamente os olhos nela, e repentinamente ela desejou que ele não tivesse acendido o abajur. Custava muito menos esforço na escuridão quando ele não a podia ver.
-Sei que não falamos do que aconteceu faz seis anos, e talvez isso não seja algo bom. Acredito que nosso silêncio enviou as mensagens equivocadas, te fazendo pensar que estamos envergonhados de ti de algum modo.
Quando ela abriu a boca para falar, ele a silenciou com um dedo em seus lábios.
-Seth e eu não falamos disso porque não queremos te pôr incômoda. Acredito agora, que poderíamos nos haver equivocado. Talvez devêssemos ter falado disso um montão para que você pudesse te desafogar e pudesse deixar de fazer insistência nisso.
Ela lançou seus olhos para baixo, incapaz de manter se cravando os olhos nele.
-Se não estar preparada para falar disso, está bem, mas se tiver a noção de que Seth e eu pensamos menos de ti, então precisa tirar isso de sua cabeça rápido.
O silêncio desceu entre eles. Ela arriscou outro olhar acima nele para encontrá-lo estudando-a, seus olhos suaves com compreensão.
- Posso dormir aqui? - Ela perguntou. - Eu... não quero voltar para meu quarto.
Ele acolheu sua mudança de conversação sem discussão. Ele se inclinou e beijou sua frente, só se atrasou um pouco mais tempo do usual. Ela podia ouvir seu conter de fôlego enquanto ele se retirava.
-Apagarei a luz - ele disse, enquanto se afastava abruptamente.
Ele se estirou e apagou a luz, inundando o quarto de novo na escuridão. Foi um momento antes que ela fracamente pudesse distinguir suas feições do resplendor estreito injetando-se dentro de sua entrada.
Ela se acomodou em cima, dando as costas a ele outra vez. Queria que ele rodeasse com o braço sua cintura como o teve antes, mas ele não se moveu. Ela deixou sair um suspiro pequeno de decepção e cravou os olhos na porta.
Zane escutou sua respiração desemparelha, sabendo que ela não estava próxima a dormir-se. O que estava bem, porque não era como se ele voltasse a dormir em qualquer momento logo.
Ele queria tocá-la, desejava tocá-la. Não havia nada mais que ele queria fazer que segurá-la em seus braços e lhe dizer que estaria bem. Queria fazer amor com ela, explorar cada curva, beijar sua pele sedosa.
Ele fechou os olhos, desejando-se a si mesmo voltar a dormir. Mas sua mente não cooperava, e seu maldito corpo seguro que não o fazia tampouco. Cada músculo estava doendo mais tirante que uma serpente de cascavel a ponto de golpear. Se ela ficasse dormindo, então ao menos ele poderia levantar-se, poderia afastar-se da tentação.
Finalmente rodou longe dela, situando-se de maneira que suas costas dava a dela. Ele cravou os olhos na porta do armário e mentalmente começou a repreender todas as razões pelas quais ele não poderia seguir este caminhou com a Jaz.
Ele estava bem dentro de sua decisão quando ele a sentiu voltear-se para olhar para suas costas.
- Zane?
Ele se esticou. - Sim, querida?
Ela vacilou por um momento. - Recorda a noite no bar?
Isso conseguiu sua atenção completa.
Ele se estirou para acender a luz de novo então rodou de novo até que ele a enfrentou. Ela o olhou com olhos incertos.
-Lembrança.
Ela lambeu os lábios, e seu olhar se lançou longe de sua cara. Ele não se moveu, não respirou. Embora ele e Seth estivessem bem conscientes do que tinha ocorrido no bar e as razões detrás disso, os acontecimentos que levaram até isso eram um mistério. Jaz nunca tinha falado disso, e nunca a tinham pressionado.
- O homem que esperava que eu me prostituísse, que trabalhasse para ele ... não estive de acordo ao princípio. Estava desesperada. Não tinha lugar aonde ir. Nem dinheiro. Nem comida. Mas a idéia de me vender aos desconhecidos para ter sexo me assustou pior que o pensamento de viver nas ruas. Assim é que o disse não.
Zane estudou sua cara enquanto a agonia se abria passo através de sua frente, enrugando suas sobrancelhas e encerrando o medo em seus olhos. Ele queria estender a mão e apagá-lo, lhe dizer a ela que nada a ameaçaria de novo.
- E o que fez ele? - Zane apressou.
Suas pupilas se dilataram, e sua respiração se voltou mais errática. - Ele me empurrou em uma banheira de água quente e me manteve abaixo. Justo quando pensei que certamente ia desmaiar, ele me tirava, deixava-me recuperar o fôlego, e então voltava a fazer todo isso desde o começo.
Zane fechou os olhos enquanto cada só músculo em seu corpo se voltou rígido de cólera. Maldito, filho de puta!
-Ele não se deteria até conseguir fazer o que ele queria. - Sua voz se enganchou em um calado soluço, e ele sentiu o som até sua alma. -Tinha tal confusão, desenquadrada, temerosa de que ia morrer. Teria acessado a algo.
Já não era mais capaz de abster-se de tocá-la, se estirou através do espaço entre eles e a devorou em seus braços. Ela enterrou a cara em seu peito, e ele a podia sentir estremecer-se em contra ele.

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