Meia Noite e Um - Completo ✔

08 Adw

Meu dia está a cada hora pior, não acredito que fui na droga da empresa para reunião com os Franceses e eles chegaram DUAS HORAS atrasados. Isso é inadmissível, eles seriam os mais beneficiados do contrato e me deixaram esperando como um idiota. E ainda têm a coragem de reclamar das minhas condições. Que vão todos para o inferno.

Eu certamente deveria não me estressar com esse tipo de coisa. Imprevistos parecem sempre acontecerem ao meu redor. Eu sou treinado desde novo a lidar com eles, mas caramba! Custa respeitar um horário!? Era só chegar no horário. Só isso!

Chego em casa estou stressado no meu máximo. Tiro meu terno e jogo em algum canto do meu quarto. Visto algo mais confortável, calça moletom e camiseta. Pego uma bebida quando desço até a sala e vou para meu escritório terminar meu trabalho que trouxe para casa já que não estava com cabeça para continuar por lá.

Não é só isso... eu tenho capacidade pra lidar com quebras de contrato, mas é algo diferente hoje... como se tivesse algo me cutucando o dia todo. Estou tenso e não faço a menor ideia do motivo.

Acalme-se... penso mentalmente. E só a vida te testando.

Abro meu computador e entro direto na parte mais importante. Talvez assim eu me distraia.

Quando estou quase acabando alguém entra pela porta, sem olhar sei exatamente quem é. Estefânia. Ela é a única que nunca bate antes de entrar.

-Olá, meu amor.

- Estefânia, bata antes de entrar da próxima vez. - Não olho para ela e continuo a olhar meus papéis.

Não quero ser mal educado com ela, então é melhor que não dialoguemos por hoje.

-Desculpe, meu bem - Ela vem ao me lado e se senta em meu colo, me obrigando a olhar para ela. - É que já me sinto tão de casa que me esqueci das suas manias bobas.

-Não creio que sejam bobas.- Não estou com paciência hoje, ela é minha namorada mas as vezes me tira do sério. - Mas qual real motivo da sua vinda?

Ok. Quer me irritar verdadeiramente? Fale de minhas manias. Reclame do meu jeito frenético de deixar tudo no mesmo lugar e sob controle. Pronto. Você conseguiu uma guerra. Mas hoje estou tentando cultivar a paz nessa casa.

-Por que eu teria um motivo ? Só vim ver meu homem.- ela me da um beijo lento e eu retribuo. -Mas já que tocou no assunto... - quão previsíveis são as mulheres. Penso.

-Diga então.

- Eu estava pensando mais cedo sobre Isobel. Ela fica tão só em casa. Ela merece mais amigas. Além disso você não tem muito tempo para cuidar dela, então eu pensei que podíamos resolver isso.

Ah não... território proibido.

- O que você quer dizer Estefania?

-Quero dizer que talvez podíamos a colocar em algum internato onde ela poderia...

Quase me fez rir, colocar minha única filha em um internato? Longe de casa? Isobel já é carente demais, longe de casa ela vai até se esquecer que é minha filha.

- Isso está completamente fora de cogitação- a corto sem me importar com modos, me levanto e ela pula do meu colo. - Minha filha não vai ficar longe de mim.

-Eu só pensei que ela poderia ter mais amigas lá. Ela é tão só, coitadinha.

-Não importa. De minha filha deixe que cuido eu. Agora se me der licença tenho que terminar meu trabalho.