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Não estava mentindo sobre minha viagem para Noruega, estabeleci uma cede da minha empresa lá e tenho que resolver assuntos burocráticos. Assim que soube da viagem, decidi levar Isobel, ela nunca viajou comigo, a não ser para casa de parentes em cidades próximas. A Noruega é um país considerável bom para passeio e isso seria bom para ela.

Já tinha acertado com Andreia que seria ela que iria para ficar com Isobel. Mas caramba, eu precisava de uma desculpa para ficar próximo de Charlotte, e amarra-la em uma viagem em outro continente me pareceu uma ótima ideia.

Estou me sentindo a pessoa mais egoísta do mundo, mas quer saber... foda-se. Ela não me empurrou quando tentei beija-la, muito pelo contrário, ela me beijou como se precisasse daquilo tanto quanto eu, não sei ao certo o que sinto por ela, mas sei que parece certo querer estar sempre por perto.

E talvez essa seja a solução.

Talvez o que eu deva fazer é me manter perto e assim eu me enjoo dela, essa obsessão não tem sentido algum, caramba preciso resolver isso o mais rápido possível.

Esses últimos dias voaram, a viagem já é amanhã e ainda nem arrumei minhas malas, preciso pedir para Marta fazer ainda hoje.

Levanto da minha cama onde estava esboçando um desenho, coisa que não fazia a anos, e ando até meu closet para selecionar algumas roupas de frio bem pesadas para levar, a Noruega é muito fria e nessa época é ainda pior... Oh meu Deus!

-Era só o que me faltava. – Ando até a cama e pego meu telefone colocando para chamar um dos números de emergência.

-Senhor Crewe? Precisa de alguma coisa? – Charlotte atende com voz de sono.

-Sim, preciso que você se arrume, em dez minutos nó vamos sair.

-Sair? Pra onde? Eu tenho muito trabalho pra fazer.

-Depois você faz, temos que comprar algumas roupas pra você. Esqueci de te contar que o lugar pra onde vamos é bem frio e aposto que você não tem esse tipo de roupa.

-Hum, é não tenho... mas pode deixar que a tarde eu vou procurar alguma coisa.

-Charlotte, pelo amor de Deus, arrume depressa, se você encontrar algum agasalho de frio no Rio de Janeiro em lojas comuns, eu te parabenizo.

-O quão frio é lá? – Ela pergunta, provavelmente está arregalando os olhos.

-Em dez minutos estou aí- digo e desligo o telefone sem esperar sua resposta. Conhecendo-a, sei que discutiríamos até o anoitecer.

-Marta! – Grito-a da porta da cozinha, ela estava sentada em uma cadeira e com os pés esticados em outra, mexendo no telefone. Ela se assusta e logo olha para mim.

-Sim? – Ela levanta e limpa as mãos no avental tentando disfarçar o fraga.

-Arrume minhas malas, separei algumas peças, você sabe o que fazer. – Saio pela porta da cozinha chegando até a garagem. Resolvo não incomodo Toni, quero dirigir hoje, é uma das coisas que mais amo na vida. Escolho o meu favorito e dou partida indo até o quarto de Charlotte.

Desço do carro para chama-la, mas antes que eu comece a subir as escadas, ela está descendo correndo e quase tromba comigo.

-Calma, ninguém morreu. – Sorrio vendo seu afobamento.

-Estou só cinco minutos atrasada, não ia me atrasar, mas você só me deu dez minutos, caramba.

-Você é hilária, - rio alto- E não está atrasada.

Meia Noite e Um - Completo ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora