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Três semanas depois...

Três semanas, esse é o tempo desde que deixei Isobel na sua 'humilde' casa. Sinto sua falta imensamente. Essas semanas estão sendo as mais monótonas possível, eu continuo trabalhando só que agora já sai do meu 'período de aprendizagem' e estou trabalhando todos os dias.

Não reclamo momento nenhum, além de receber muito bem pelo serviço de brinde eu ainda me mantenho ocupada e minha cabeça não fica se perguntando o dia todo se Isobel está bem e se o pai dela a trata como deve, pelo menos de mais atenção a ela do que pareceu demonstrar no dia em que fui na sua casa.

Graças aos céus não apareceu nenhuma intimação para mim. Andrew provavelmente não quer minha cabeça em uma bandeja de prata. Talvez Bel tenha falado bem de mim para ele.

-Luna! – grito- vem cá fofinha. – me abaixo e chamo a cadelinha que está correndo como uma louca pelo parque. Ela se aproxima e eu afivelo sua coleira. – Vamos embora porque nosso dia está acabando.

Desde que comecei a trabalhar no pet shop peguei a mania de falar com os cachorros que levo para passear. Francis é o que mais me escuta, como Isobel dizia, ele tem cara de tédio mas é muito bom para escutar, quando me vejo já estou contando toda minha vida para ele.

Saímos do parque e chegamos ao pet shop minutos depois. Gustavo já está me esperando para fecharmos o local.

-Estava te esperando, não estamos com muito movimento hoje então vamos fechar mais cedo um pouco.

-Tá bom, vou só entregar Luna para Alfred a levar para casa. Alfred é o motorista da loja, entrego Luna para ele e volto para ajudar Gustavo.

-Ainda acho que você deveria procura-la. – Ele diz quando chego

-De quem está falando? – mas já sei a resposta.

-De quem mais séria? Isobel obviamente. Você está horrível, não te conheço a muito tempo mas sei que você não e assim.

-Horrível? Obrigada- Dou risada fechando as janelas de vidro na loja.

-Você me entendeu, você está abatida, e se ela estiver assim também? Deve procura-la.

-Não e assim tão fácil, o pai dela acha que eu a sequestrei, você sabe disso. Mesmo sendo mentira não posso simplesmente aparecer lá.

-Deveria tentar pelo menos, só uma vez.

Já passou pela minha cabeça fazer isso antes, mas não tenho coragem, eles são ricos demais e o seu pai ameaçou chamar a polícia.

-Não sei não...

-Pensa nisso então, ela deve estar sentindo sua falta, faça por ela não por você nem pelo pai dela.

-Vou pensar, até amanhã então - me despeço e saio.

Gustavo tem sido um ótimo amigo, eu desabafei muito com ele na primeira semana sem Isobel, ele foi compreensivo demais. E se ele tiver razão? E se ela estiver sentindo minha falta? Será? Torço para que não pois assim ela pode seguir a sua vida normalmente, será que ela recuperou a memória? Eu queria tanto saber...

Chego no ponto de ônibus que é quase na esquina de onde trabalho, me sento no banco e mandou embora meus pensamentos sobre ela por um tempo. O ônibus demora muito para chegar e estou ficando apreensiva.

-Charlotte? – Alguém me chama e eu me viro automaticamente. –Charlotte, meu Deus é você. Eu te procurei por muito tempo.

Quando encaro e reconheço a voz da pessoa meus olhos se esbugalham.

Meia Noite e Um - Completo ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora