Acordei cedo e fiquei pensando no que eu estava prestes a fazer.
Eu sou um empresário respeitado, um homem que pensa com a cabeça de cima, mas desde o último final de semana, estava pensando com a cabeça de baixo.
Resolvi ir ao clube no sábado por insistência de Edgar, apesar de não gostar dessas festas. O clube é um lugar onde vou para tirar as tensões do dia a dia, relaxar, beber, transar sem compromisso.
Caçar hoje não tem mais a graça da época da faculdade, até porque hoje não preciso mais caçar, elas caem aos meus pés. Não preciso fazer esforço algum.
Mas ver minha funcionária lá com aquele corpão do jeito que eu gosto, linda, gostosa, exuberante, me deixou louco, se eu não tivesse visto-a colocar a máscara, jamais a reconheceria.
Tentei deixar pra lá, mas perdi de vez a cabeça de cima e a cabeça de baixo venceu de dez a zero.
E quando ela ficou molinha em meus braços, com a respiração ofegante e permitindo que eu a acariciasse, aí eu pensei em tudo o que eu faria com ela
Eu quase gozei nas calças como um guri de 15 anos, mas ela fugiu e me deixou com todo aquele tesão reprimido.
Busquei por ela um tempão, mas quando vi que ela tinha sumido, tive que procurar outro jeito de me aliviar.
Há muito tempo, eu não fodia com tanta mulher como naquele sábado, mas infelizmente não fiquei satisfeito.
Então, na segunda-feira, dei um jeito de incluir uma pauta na reunião de forma que ela tivesse que comparecer.
Quando entrei na sala, eu a vi. Ela estava no mesmo lugar, com as mesmas roupas horríveis de sempre, com aqueles óculos, quietinha. A diferença é que agora eu sabia o que tinha por baixo daquela roupa e isso estava me tirando a paz.
Sentei e passei os olhos por todos da sala me demorando mais nela, quando ela percebeu ficou vermelha, incomodada e baixou a vista.
Fiquei com vontade de rir, pois eu sabia que a coisa não era bem assim e minha vontade foi de dispensar todo mundo, pegar aquela coisinha desarrumada, jogar em cima da mesa, tirar aquelas roupas horríveis e transar com ela até ficar satisfeito, mas isso era impossível, apesar de meu pau não entender isso e estar duro.
Quando chegou a vez do setor dela, eu não resisti. Comecei a pressionar Maurício com perguntas que eu sabia que ele não saberia responder, então tive o maior prazer do dia, ouvir a voz dela.
A sua voz era extremamente suave e um pouco rouca, então pensei nela gritando meu nome quando gozasse, será que a voz sairia assim rouca?
Ela estava morrendo de medo e de vergonha.
Olhava para mim e abaixava a cabeça, mas respondeu tudo com clareza e precisão. Enquanto eu continuava lá com vontade de jogá-la em cima daquela mesa para satisfazer meus desejos primitivos.
A medida que ela falava, eu pensava no meu pau dentro daquela boca e então fiz aquilo que não deveria ter feito, marquei uma reunião para que eu pudesse vê-la de novo e pior, mandei o chefe dela para uma viagem desnecessária para que eu pudesse ficar sozinho com ela.
Quanto a política de não confraternização, foda-se.
Na terça, a razão falou mais alto e eu desisti de falar com ela, mas no final da tarde, eu não estava mais conseguindo trabalhar e pedi para minha secretária marcar com ela no dia seguinte.
E aqui estou eu, em frente ao espelho me perguntado se eu estou fazendo a coisa certa.
Claro que não, ela é minha funcionária e o que ela faz fora do horário de expediente não é da minha conta, mas eu queria saber qual era a verdadeira Ana Clara: essa que vem trabalhar na minha empresa ou aquela mulher gostosa que esteve em meus braços.
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Desejos e Mentiras (Concluída)
RomanceAna Clara é uma economista que trabalha há três anos na ENDEAVOR INCORPORAÇÕES, uma grande empresa de empreendimentos imobiliários de propriedade do empresário Eduardo Mendes Quental Júnior. Eduardo é um empresário de sucesso, acostumado a ter toda...