Capítulo 25 - Medidas Extremas

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E aqui estou eu com o pedido de demissão da Ana nas mãos. Não posso acreditar que ela vai abandonar a empresa também. Minha esperança era continuar a vê-la pelo menos nas segundas-feiras até que eu encontrasse um jeito de tê-la de volta na minha vida para sempre.

As últimas semanas tem sido as piores da minha vida. Fico sabendo notícias da Ana pela Luanda e pela mãe dela, mas ela não quer mesmo saber de mim. Não atende meus telefonemas, lê, mas não responde minhas mensagens e agora vai trabalhar em outra empresa.

O sofrimento cada dia aumenta mais ao invés de diminuir e eu me tornei um solitário. Não quero ver meus amigos, não quero saber de outras mulheres e minha mão tem sido minha companheira quando o tesão chega a máxima potência. Jamais pensei que isso aconteceria comigo.

Dentro de uma semana, Ana vai começar a trabalhar e Luanda vai me dizer onde para que eu possa bolar um jeito de me encontrar com ela por acaso, já que até agora ela não tinha saído do apartamento, exceto para ir ao médico.

Meus dias se resumem a trabalho, exercícios pesados e meu apartamento. Minha mãe está possessa, mas eu a proibi de falar comigo depois que soube tudo o que ela falou para Ana no dia do acidente.

Ela é minha mãe, mas é totalmente sem noção.

Latisse teve que voltar da Europa correndo depois que atrapalhei alguns trabalhos dela para que tivesse que voltar e me enfrentar, pois tudo isso é culpa dela. Ela armou pra cima da Ana pra me ter de volta, apesar de eu nunca ter sido dela.

Ela veio até meu escritório chorando, dizendo que não tinha nada com o que aconteceu, mas eu não acreditei, afinal ela havia detonado meu apartamento por ciúmes e não havia outra pessoa mais a quem pudesse interessar minha separação.

Deixei as coisas bem complicadas para o lado dela e proibi que ela chegasse perto de mim ou da Ana. Se ela tentasse, eu acabaria de vez com ela. Lei do mais forte nesse caso.

Na sexta-feira, Luanda me avisa que elas vão sair. Vão comemorar o novo emprego de Ana e peço que ela leve Ana num barzinho que fica na Vila Olímpia, pois fica próximo a minha empresa, logo não levantaria suspeita eu aparecer.

Chamo alguns amigos e vou pra o bar assim que escurecesse. Cada minuto parece uma eternidade e nada dela aparecer.

Por volta das oito, chega Edgar com cara de cachorro caído de mudança. Pelo jeito ele também está atrás de alguma coisa. Senta conosco, fala pouco comigo, tenta ser o Edgar de sempre, mas está tão nervoso quando eu.

Quase nove horas da noite, ela chega acompanhada da Luanda, Manu, Cris e Carol. Os caras na nossa mesa vão a loucura, pois ela vieram para matar e fico com vontade de socar cada um deles pelas gracinhas que falam, mas preciso deles, logo tenho mais é que ficar quieto e concordar.

Edgar está se contendo, doido para dar um murro na cara do Ricardinho que a toda hora fala da beleza e volúpia da negra que está na mesa, Luanda. Acho que um bicho muito conhecido picou o Edgar, mesmo ele querendo não dar o braço a torcer.

Depois de muito lero-lero, Ricardinho resolve ir até a mesa das garotas e propor juntarmos os grupos. Dou o maior apoio, mas se ele ousar tocar ou fazer alguma gracinha com a Ana, eu não me responsabilizo pelos meus atos.

O filho da mãe consegue, principalmente pelo fato delas não terem me visto, fiquei escondido atrás de uma planta, pois se me vissem, duvido que aceitariam a proposta.

Chego na mesa por último e sinto um peso no ar. Todas olham pra mim com cara assassina, menos Luanda que abre um mega sorriso e me cumprimenta com intimidade. Ela está de arrasar, bem diferente do seu dia a dia no trabalho. Ela definitivamente é uma mulher muito sexy e Edgar está de quatro por ela, só que ainda não sabe.

Desejos e Mentiras (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora