Capítulo 21 - É o fim???

9.4K 953 55
                                    

Acordei na cama do hotel com uma imensa dor de cabeça e sangrando novamente.

Eu não tinha ideia do que havia acontecido comigo. Apenas me lembrava de um pano sobre a minha boca e mais nada.

Tentei levantar, mas não consegui, depois de um tempo, me arrastando, fui para o banheiro e vomitei, apesar de não ter nada no estômago e voltei ao quarto cambaleando.

Peguei minha bolsa e só então vi que meu celular que estava sem bateria. Então coloquei-o para carregar e tomei um banho para tentar me recuperar e me fortalecer, mas um medo terrível tomava conta de mim, pois eu não conseguia entender o que havia acontecido comigo.

Assim que consegui ligar o celular, liguei para Eduardo, mas seu celular estava desligado. Então me lembrei que eu estava ali por causa de Edgar e liguei para ele, contudo ele não atendeu, mas continuei tentando até que ele atendeu:

- Edgar – falei seu nome chorando – por que você me pediu para te encontrar no hotel ontem?

- Clarinha, do que você está falando? – Falou preocupado.

- Você me pediu para vir a um hotel no centro da cidade ontem – falei desesperada.

- Não, eu não entrei em contato com você ontem.

O desespero tomou conta de mim e comecei a chorar desesperadamente. Edgar pediu para eu falar onde estava, mas eu só conseguia chorar e mais nada.

Então com muito custo encaminhei a mensagem que eu havia recebido pensando que era dele e pedi que viesse correndo me buscar, pois eu estava morrendo de medo.

Liguei para Eduardo diversas vezes, mas ele não atendeu. Tocava até cair na caixa postal. Mandei inúmeras mensagens, mas nenhuma foi lida por ele. A cada tentativa meu desespero aumentava.

Teria acontecido alguma coisa com ele?

As cólicas aumentaram e o fluxo de sangue também, tanto que tive que trocar de absorvente várias vezes e continuei tentando falar com Eduardo, contudo à medida que ele não respondia, aumentava o meu desespero.

Tentei ligar para Manu também, mas caía na caixa postal.

Não sei quanto tempo levou até que houve várias batidas na porta e a voz de Edgar chamando meu nome. Então cambaleei até a porta e ele me amparou, pois eu estava muito fraca para ficar de pé e me sentindo aliviada com a presença dele.

- Que loucura é essa que eu te liguei ontem, Clarinha? O que você está fazendo neste hotel? – perguntou nervoso.

- Eu estava vindo da casa dos meus pais quando você me mandou uma mensagem que precisava falar comigo – falei entre soluços e entreguei o celular para ele ler as mensagens.

Ele leu tudo e ficou extremamente perturbado e me disse que nada daquilo tinha sido ele, então o desespero tomou conta de mim e a única coisa que eu conseguia pensar era em Eduardo e que havia alguma armação ali. Mas qual?

Edgar me deixou deitada e disse que ia pedir informações na portaria. Voltou logo dizendo que realmente havia uma reserva no nome dele e que já havia sido paga a diária do hotel, mas que o recepcionista não sabia de nada, pois na noite anterior era outra pessoa que estava na recepção.

Continuei ligando para Eduardo, mas ele não me atendia. Então Edgar resolveu me levar embora dali, insistindo que fôssemos a um hospital, mas eu não quis. Preferi ir para casa.

No caminho para meu apartamento, ele ligou para um policial amigo dele que disse que não podia fazer nada, à medida que não houve crime e que eu estava bem. Ele falou um monte de palavrões, bateu várias vezes no volante e seguimos.

Desejos e Mentiras (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora