Capítulo 32 - Tempestade

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Atrasadíssima, mas chegando!!!!


Eu estava saindo da casa quando ouvi minha mãe gritando com Beatriz. Corri para o local, pois não podia deixar que ela desrespeitasse Beatriz.

Ana também veio rápido, mas antes que chegássemos, Beatriz saiu correndo em direção a casa e minha mãe foi atrás.

Eu saí correndo atrás delas e Ana foi acalmar os convidado.

Quando cheguei à sala, minha continuava gritando e Beatriz estava chorando copiosamente. Então gritei com minha mãe:

- Mãe, para com isso. Beatriz é minha convidada!

Minha mãe parou e ficou olhando para mim sem acreditar.

- Como assim, Eduardo. Você convidou para a sua festa a mulher que me traiu com seu pai, que tirou ele de mim.

Eu ia falar, mas Beatriz se antecipou e falou:

- Você nunca contou a ele a verdade, não é, Cinthya?

Minha mãe ficou lívida e respondeu:

- Ele sabe tudo o que você e o pai dele fizeram comigo. Vocês me traíram da maneira mais sórdida possível. Você aproveitou o tempo que ficou na minha casa para seduzir meu marido.

- Você sabe que não foi assim, minha filha – falou meu avô entrando na sala seguido por Ana.

- Foi assim sim e você ficou do lado dela. Você que é meu pai. Você não me apoiou, pai.

Eu estava sem entender nada. Beatriz continuava calada e chorando. Ana estava parada na entrada da sala também sem entender a situação.

- Desculpa minha filha, Beatriz. Eu a criei muito mal e sinto muito não ter protegido você e o Gabriel dela.

Meu avô estava em um de seus momentos de lucidez e aquilo me surpreendeu, pois ele havia voltado a ser o meu avô de antigamente.

Minha mãe por sua vez começou a gritar de forma desconexa afirmando que todos estavam contra ela. Que ela tinha sido uma vítima de todos eles.

- Edu – falou meu avô – É hora de você e da Ana saber a verdade.

Sentei numa poltrona e chamei Ana para sentar ao meu lado, pois há muito eu queria ouvir essa história de outra pessoa que não fosse minha mãe.

Minha mãe começou a protestar, mas meu avô mandou-a calar a boca e se sentar.

- Edu, meu neto, eu errei muito com sua mãe. Como sua avó morreu no parto de Cinthya, eu me sentia na obrigação de proteger e fazer tudo o que ela quisesse para que não sentisse falta da mãe. Não me casei de novo e passei a viver para ela.

Eu nunca disse não para sua mãe e ela se acostumou a ter tudo o que queria, pois se não conseguia por mérito, eu comprava pra ela.

Quando Cinthya foi para a faculdade, como não podia ser diferente, ela teve tudo o que quis: os melhores carros, um apartamento só pra ela, frequentou as melhores festas, as melhores viagens. Até que ela conheceu o seu pai no segundo ano.

Ela fez tudo pra ficar com ele, tudo mesmo, mas ele não quis. Ele namorava uma moça da cidade dela e pretendia se casar com ela. Não preciso dizer que sua mãe não se conformou.

Fez uma marcação serrada em cima dela, mas ele não cedeu, até que no quarto ano, sua mãe descobriu que sua avó estava muito doente e que a família tinha vendido quase tudo para que ela tivesse o tratamento adequando e essa foi a deixa para sua mãe.

Desejos e Mentiras (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora