Capítulo 9 - Contradição

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Acordei, senti um peso na minha cintura e gelei.

Meu Deus! Eu ainda estava na cama dele. Pensa, pensa, pensa! Ordenei a mim mesma. O que eu faço agora?

A resposta veio imediatamente: fugir.

Tirei o braço dele de cima do meu corpo bem devagarinho, saí da cama na ponta dos pés, apesar de que tudo estava doendo, tudo mesmo, da raiz do cabelo a ponta dos pés, mas era uma dor gostosa que eu nunca havia sentido.

Ele quase me matou. Para quem ficou tanto tempo sem fazer sexo, acho que exagerei.

Mas tenho que confessar que a noite foi incrível. Ele me pegou de diversas maneiras, beijou cada pedaço do meu corpo, foi carinhoso, gentil, cuidadoso e ao mesmo tempo possessivo e dominador, contudo sem exageros.

Eu não sabia o que pensar, pois a fama dele era outra. Apesar de que eu achei ótimo a fama estar errada, pois se tivesse mais que isso, eu não conseguiria levantar de jeito nenhum.

Saí da cama, peguei minhas roupas que estavam espalhadas por todo lado, fui até a sala e me troquei.

Não coloquei os sapatos para não fazer barulho, peguei minha bolsa e saí de mansinho.

Eu queria a todo custo evitar o constrangimento pela manhã, pois combinamos que seria só essa noite e eu não queria esperar ele pedir para eu ir embora.

Fui para a minha suíte e só quando tranquei a porta é que relaxei.

"Que noite maravilhosa foi essa" – pensei suspirando.

Eu já era caidinha por ele, agora eu estava apaixonada, mas não adiantava nada, pois fizemos um acordo e pretendo cumprir de qualquer jeito, apesar de saber que ele será único, que nunca mais haverá alguém como ele na minha vida.

Mas o que aconteceu aqui, ficará aqui.

Não consigo dormir, então começo a arrumar minha mala, pois teremos reunião pela manhã e partiremos logo depois do almoço.

Arrumo tudo e vou para a sacada da suíte ver o sol nascer.

Nunca vou esquecer essa cidade. Tudo aqui é muito bonito, as pessoas são bonitas, as praias, as lojas, os prédios e Eduardo, pois de agora em diante, Rio de Janeiro é sinônimo de Eduardo.

Por volta das oito da manhã desço, pois ficou combinado que nos encontraríamos às 8:30 no restaurante do hotel.

Estou super nervosa, pois depois da noite que tivemos.

Como vai ser nosso encontro?

Eu gostaria que fosse cheio de beijos e abraços, mas sei que isso não vai acontecer, pois ele me avisou mais de uma vez que seria apenas uma noite. Noite esta que carregarei para sempre comigo.

Dirijo-me ao restaurante para tomar café da manhã e quando chego, vejo Edgar e Maurício, então me dirijo até eles com um sorriso nos lábios.

- Salve, princesa! – saúda Edgar me dando um beijo no rosto – Hoje você está mais linda do que nunca, radiante eu diria.

Sinto meu rosto ficar quente de vergonha, pois tenho a impressão que ele desconfia do que aconteceu, porque olha para mim com cara de safado, mas acho que é imaginação minha.

Vou até a mesa me servir e quase derrubo o prato quando vejo Eduardo entrando.

Lindo, maravilhoso, com óculos de sol, terno grafite, camisa branca, gravata vermelha, cabelos perfeitamente desarrumados.

Desejos e Mentiras (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora