- Vou te contar, viu!!- reclamava Daiane na lavanderia do hotel - Bem dizer tem painho que fala que é melhor dar dinheiro pra peão do que dar ousadia.
- O que aconteceu?
- Vixi, Leninha, fui no 16 trocar lençol é não é que tive que acordar uma quenga?
Helena riu, não era incomum se depararem com essas situações.
- Me atrasou toda, ve se pode? Quenga metida a madame e ainda pediu café no quarto.
- Você levou?
- E num levei?Pois foi, servi com porcelana e tudo. Mas anotei no serviço, agora veja você, tive que tratar de senhora e tudo. E o lençol? Aquilo vai é pro lixo, já avisei pra Magda.
- Dona Magda finge que não gosta mas fica é feliz com todas essas despesas.
- É não é? E tu?
- Foi tranquilo o serviço.
- Melhor setor aquele, tudo educado, acorda cedo e deixa livre pra gente.
Helena sorriu, realmente um bom setor, lembrou-se de Luis Guilherme e do perfume que ficou no quarto quando ele saiu.
- Alô, Patricia vou falar depressa porque tenho poucas fichas - disse Luis,- conseguimos o projeto do hotel.
- Ótimo,Luis. Fantástico, vou dar a notícia aqui no escritório. Como conseguiu?- Fiz uma verdadeira vigília no local, mas valeu a pena. Refiz o orçamento e enfim aceitaram nossa proposta.
- Maravilha, tinha certeza que você conseguiria.
- Enviarei os detalhes via fax, por ora é isso.
- Certo, parabéns.
Mesmo após a sócia ter desligado, Luis continou com o
telefone no ouvido, sorrindo.
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Engole o choro, guerreira.
RomanceHelena acreditava viver um perfeito conto de fadas com direito a vestido branco, véu, grinalda e um príncipe que professava seu amor publicamente como um mantra sagrado. Mas, e na vida sempre há um "mas", a meia noite adentrou seu castelo de sonhos...