Fuga

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Elaine bateu duas vezes na porta do banheiro.

- Calma ai mulé que dona Helena está fazendo as necessidades.- falou Carmosina.

- Está demorando demais.

- Oxe e agora tem tempo certo pra cagar é?

Helena riu da maneira espontânea de Carmosina, mas não diminuiu o nervosismo que sentia.

- Tem certeza que vai dar certo?- cochichou quase no ouvido da empregada.

- Apois vai, tem que dar certo. É só essa dai sair do quarto que nós damo atrás dela. Se a senhora chegar na recepção eles não pode mais fazer nada. Esse povo tem medo de escândalo.

- Vão avisar ao Luis Guilherme.

- Apois deixe que avise, daqui a gente pica a mula pra delegacia.

Helena segurou firme a bolsa que a empregada havia trazido com todos os seus documentos, estava decidida a por um ponto final no seu casamento.

Carmosina ouviu a porta do quarto abrir e fez sinal para sairem.

Atravessaram o quarto e sairam, deram alguns passos pelo corredor e Elaine as chamou.

- Não para dona Helena.- disse Carmosina andando mais rápido.

- Segurem ela.- pediu Elaine vendo que não as alcansaria.

- Corre dona Helena.

As duas correram, chegando a recepção, o tumulto já havia se formado, dois seguranças barravam o caminho e alguns pacientes olhavam assustados.

Engole o choro, guerreira.Onde histórias criam vida. Descubra agora