Helena quase desmaiou ao ver Paulo ali, sentiu-se segura, queria abraça-lo, esquecer tudo e só ficar quietinha nos braços dele.
- O delegado já está esperando por vocês.-avisou um guarda.
Helena entrou primeiro, seguida por Paulo, Soraia, Patricia e a gerente do hotel.
- Mas que confusão, hein?- falou o delegado.- Então, como resolvemos isso?
- Doutor houve uma falha na comunicação do hotel, a nossa hóspede não relatou a administração o furto.-falou a gerente.
- Mas sua funcionária sabia, afinal ela revistou as demais.- comentou Paulo.- O que vai de encontro as leis trabalhistas e ao que foi acordado entre Hotel e sindicato.
- Houve sim uma certa precipitação por parte de nossa encarregada.-concordou a gerente.
- Houve bem mais que isso.-comentou o delegado.- O advogado aqui presente já deixou claro que será aberto um boletim de ocorrência por danos morais e assédio moral.
- Espere aí, a Helena roubou uma joia.-falou Soraia.
- A senhora pode provar?-perguntou o delegado.
- A joia estava no armário dela.
- Mas, até o presente momento essa revista feita foi de maneira irregular e expôs a imagem de uma funcionária. E aceite um conselho, não faça acusações e evite mais processos. Vamos por ordem dos acontecimentos, a hóspede fará um boletim de ocorrência.
Todos foram encaminhados a sala de espera, paulo segurava a mão de Helena e dizia que tudo acabaria bem.
Foram quatro horas de espera, entre depoimentos e Boletins de ocorrências. Ao final, Helena pode ir pra casa.
- Vamos provar que não foi você.- falou Paulo.
- Provar como? A pulseira estava no meu armário, você ouviu o delegado, eu ainda posso ser presa.
- Calma Helena. Aquela Patricia relutou em registrar a ocorrência e isso chamou a nossa atenção, tanto minha quanto do delegado. Nem reclamar na administração do hotel ela foi, e a tal Soraia também não procedeu da maneira mais correta.
- Eu nunca peguei nada de ninguém, nunca...
Paulo dirigiu em silêncio, não permitiria jamais que alguém prejudicasse Helena, jamais...
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Engole o choro, guerreira.
RomanceHelena acreditava viver um perfeito conto de fadas com direito a vestido branco, véu, grinalda e um príncipe que professava seu amor publicamente como um mantra sagrado. Mas, e na vida sempre há um "mas", a meia noite adentrou seu castelo de sonhos...