Sempre existe uma saída

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- Você está louca?- Luis Guilherme atirou o jornal na face de Patricia, assustando-a.

A mulher recolheu o jornal e viu uma notícia onde o título trazia o nome da construtora e o dela.

- Eu vou resolver tudo.- balbuciou ela, Luis Guilherme pegou o jornal e foi enrolando-o.- Eu vou resolver... 

Luis Guilherme bateu  nela com o jornal, ela tentava defender-se mas ele a golpeava sem dó, com força e raiva.

- Sua cadela, você não faz nada direito, não passa de uma cadela.

Patricia sentia os braços arderem pelos golpes, o jornal se despedaçou e Luis a segurou pelo pescoço e foi apertando com as duas mãos.

- Acho bom  resolver mesmo ou acabo com você, entendeu?

Quase sem ar ela fez que sim e ela a soltou. O ar voltou e ela tossiu algumas vezes, Luis Guilherme bateu a porta, deixando-a ali, chorando e assustada.

Helena havia tirado quinze dias de férias no restaurante para tentar resolver a situação no hotel.

Paulo fazia o possível para agilizar o processo, havia conseguido que as cameras de segurança  do hotel fossem analisadas na delegacia e chegara com novidades.

- Helena, meu amor a dona Lucia veio visitá-la.- chamou.

Lucia estava acompanhada por uma das faxineiras do hotel.

Helena as cumprimentou e Ana foi fazer um café, enquanto conversavam na sala.

- Soube de tudo o que aconteceu.- falou Lucia.

- Eu nunca roubei nada de ninguém.

-  Eu sei disso. Viemos aqui para falar com você e o Paulo exatamente sobre isso, não é Emilia?

- É verdade. Olha Helena eu não contei antes porque tenho filho pequeno pra criar e a dona Lucia não voltou de férias, mas eu procurei ela...- a mulher parecia constrangida e Lucia a incentivou a continuar,- No dia que aconteceu a confusão toda, eu estava limpando o vestiário, não sei direito se a Soraia estava fazendo algo de errado, ela disse que não, por isso nem dei bola...

- O que a senhora viu?- perguntou Paulo.

- A Soraia abriu um armário e quando me viu ficou espantada, perdeu a cor...eu perguntei se ela estava passando bem e ela nem respondeu. Reclamou do chão e me mandou limpar de novo.

- Você viu qual era o armário que ela estava abrindo?- perguntou Helena.

- Eu vi que era o 32.

- É o meu armário.- falou Helena.

- A senhora pode afirmar isso?- perguntou Paulo.

-Posso sim, eu vi.

- A Emilia me procurou e contou isso, imediatamente eu a trouxe aqui para sabermos como proceder.

- Nós agradecemos, dona Lucia.- falou Paulo.

- Estamos dispostas a testemunhar a favor da Helena.

Helena agradeceu, conversaram mais um pouco e tomaram café enquanto Paulo atendia uma ligação.

Engole o choro, guerreira.Onde histórias criam vida. Descubra agora