Em busca de uma vaga

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Helena e Carmosina deixavam as crianças na escola e iam em busca de emprego nas agências.

Helena apesar da boa aparência e de falar bem não conseguia nada por não ter conhecimentos em computação ou experiências anteriores.

-  Bom dia meu amor.- ouviu aquela voz e congelou.

- O que faz aqui?- perguntou ela.

- Acho que esse teatrinho acabou. Vocês vão voltat hoje mesmo para casa.- Luis segurou seu braço mas Helena desvencilhou-se.

- Apois largue a Helena ou chamo a polícia agora.- esbravejou Carmosina.

- Não faça escândalo. Aqui está seu salário.- o homem estendeu um envelope pardo para ela.- Agora vá cuidar da sua vida que eu vou conversar com a minha mulher.

- Ex-mulher, eu não sou mais nada sua.

- É isso mesmo que você quer?

- Com todas as minhas forças.- respondeu ela.

- Pois bem, mas fique sabendo que não vai ter um centavo do meu dinheiro e se você entrar na justiça, eu provo que é louca e não tem condições de cuidar dos meus filhos.

- Eu não quero nada de você.- disse Helena e ia afastando-se quando virou o rosto para dizer alto:- A não ser distância.

Luis Guilherme irritou-se mas não havia nada que pudesse fazer, não ali na frente das pessoas.
...

- Você tem experiência?- perguntou a gerente.

- Sim, eu trabalhei por dois anos em um hotel em Sergipe.

- Isso foi a muito tempo.- comentou a mulher analisando o curriculum.

- Eu aprendo rápido, sou organizada e sei como os hóspedes gostam de ser tratados.

A mulher hesitou por um momento e Helena continuou:

- Eu sei que a senhora deve ouvir muito isso mas, eu realmente preciso trabalhar e, se me der uma chance farei tudo o que for possível para corresponder.

A mulher a encarou e sentiu a sinceridade das palavras ditas por ela.

- Muita coisa mudou, mas posso dar uma oportunidade para você. Vou chamar a responsável pelas camareiras e você fará um teste.

Helena aceitou e alguns minutos depois limpava um quarto sob a supervisão de Lucia.

Saiu do hotel com uma lista de documentos para apresentar e exames para fazer.

Carmosina comemorou com ela o emprego.

- O horário não é ruim, das sete da manhã as três da tarde.

- Ainda bem que a Janaina topou ficar com as crianças até você chegar, viu mulé tudo se ajeita?

- Carmosina você é um anjo na minha vida.

- Deixe disso, uma mão lava a outra.





Engole o choro, guerreira.Onde histórias criam vida. Descubra agora