Engole o choro, guerreira.

Quem dança...

Não há pedra em teu caminho
Não há ondas em teu mar
Não há vento ou tempestade
Que te impeçam de voar

Cantava Paulo no ouvido de Helena enquanto dançavam agarradinhos, ela sorria. Os olhos se encontraram, os lábios se buscaram e um beijo nasceu...

Helena acordou com o despertador e tocou os lábios, foi um sonho, constatou ela. Um sonho lindo e que ela gostaria que se tornasse realidade, afinal Paulo era um bom homem.

Após se arrumar, saiu para o trabalho e encontrou Paulo a esperando com um sorriso.

- Bom dia.- disse ela sorrindo e beijou-lhe a face cumprimentando-o.

Paulo retribuiu o sorriso e abriu a porta do carro para que ela entrasse.

Foram ouvindo Roupa Nova durante o trajeto.

- Esse quarto está imundo.- reclamou Luis Guilherme quando Helena e Ligia se preparavam para sair.

- Como está imundo, se acabamos de limpar?- questionou Ligia.

- Eu não estou falando com você.

- Mas eu estou falando com o senhor. E tem mais, se não gostou, reclame com a gerência.

- É isso mesmo que farei.

Ligia deu de ombros e saiu do quarto empurrando o carrinho.

- Eu podia ter limpado de novo.

- Que é isso Helena? Já está limpo, que cara folgado.

Helena soube depois que Luis Guilherme reclamou do quarto e Lucia foi averiguar, levando Soraia para refazer o serviço.

- A Soraia contou que o folgado exigiu que fosse você que limpasse de novo.- contou Joana.

- E a dona Lucia?

- Disse que não era essa a política do hotel. O homem ficou furioso.

Helena ficou preocupada, não era bom ter Luis Guilherme lhe causando problemas.

Os demais dias, Lucia a trocou de andar e para sua alegria sequer cruzava com o ex-marido nos corredores do hotel.

Na sexta-feira ela foi ao forró com Paulo e dançaram praticamente a noite toda.

- Vixi que você levantou poeira.

- Lembrei de quando era moça, eu dançava muito, agora estou enferrujada.

- Não acho não.