Sala de espera

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- Essa é a paciente do 712.- avisou Elaine, aproximando-se.- Ela tem problemas psicológicos.

- Eu não tenho nada.- defendeu-se Helena.

- Apois cade o médico de doido pra dizer que dona Helena tem problema de cabeça?- ajuntou Carmosina.

- Mas não era uma doença contagiosa?- estranhou a recepcionista. Algumas pessoas cobriram a boca com lenços ou mangas da camisa.

- Eu não tenho nada. Estou ótima e sairei daqui agora.

- Posso ajudar?- uma mulher alta com o uniforme do hospital saiu de uma sala, ao ouvir a confusão.

- Essa é a paciente do doutor Rubens, ela quer ir embora.- informou a recepcionista.

- A senhora já está de alta?

- Nem alta e nem baixa esse tal doutor ai nem dá as caras no quarto.- disparou Carmosina.

- Entendo. Sua ficha não tem nenhuma informação sobre seu estado...- a mulher analisava uma folha que a recepcionista havia lhe entregado. - Não podemos simplesmente liberá-la sem um responsável.

- Apois se não deixar dona Helena sair eu vou chamar a polícia, eu já ouvi falar de cárcere privado, conheço meus direitos.

- Você se responsabiliza? Assina um termo de responsabilidade?

- Assino sim senhora.- confirmou Carmosina.

A recepcionista digitou um termo e imprimiu, mostrando a Carmosina onde deveria assinar,após devolver o documento assinado as duas saíram da clinica.

Helena respirou fundo, estava livre daquela prisão em que se tornara o quarto e, em breve, estaria livre do casamento e de Luis Guilherme.


Engole o choro, guerreira.Onde histórias criam vida. Descubra agora