Capítulo 21

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POV ~ Emily Bett Rickards

Abrir os olhos era uma tarefa difícil depois de tantas horas acordada. Respirei fundo e o movimento fez com que meus seios deslizassem pelas costas de Stephen. Não sei quanto tempo passou desde que deitei sobre ele, mas aquela realidade era algo que eu queria prolongar o quanto pudesse.

- Como lidar com a certeza de que amanhã vou acordar sozinho em minha cama?
- Não quero pensar no amanhã. Hoje está muito mais interessante.

Sorri com meus lábios roçando sua pele, virei o rosto e o beijei. Senti seu corpo responder ao toque dos meus lábios e no segundo seguinte eu estava embaixo dele com as costas no colchão.

- Acho que vou contratar a Lori como babá até o fim do dia. - descendo os beijos por meu pescoço. - Assim podemos passar o dia sem roupa e... - se ajeitando entre minhas pernas.
- E...? – fechei meus olhos ao sentir a ponta de sua língua deslizar até minha orelha.
- Acho que mostrar é melhor do que dizer.

Senti seu corpo se encaixar ao meu antes de conseguir pensar no que viria. Aquele era o momento que eu deveria me convencer que estar ali era errado, mas a quem eu queria enganar se não tinha outro lugar que eu queria estar se não em seus braços.

Foi nesse momento que pensar no dia de amanhã, como ele disse, me trouxe um aperto no peito. O vai e vem de seu corpo era lento e seu rosto ainda estava em meu pescoço quando tomei fôlego para dizer em voz alta o pensamento que pairava em minha mente desde o momento em que fizemos amor pela primeira vez.

- Eu amo você. - as palavras escaparam antes que eu pudesse me dar conta.

Seu corpo parou quando estava prestes a entrar novamente em mim. Seus lábios se afastaram de minha pele e no segundo seguinte seus olhos encaravam os meus. Ele parecia não acreditar no que eu disse, mas seus olhos começavam a ficar cristalinos como nunca os vi.

- O que você disse?
- Que eu amo você. – não tive duvidas em responder, depois de dizer pela primeira vez era como se eu nunca tivesse sentido outra coisa além disso. – Eu ainda tenho medo de ter nossa relação exposta, mas não posso mentir o que sinto por você. – fiz carinho em seu rosto, que ainda estava em choque.
- Eu sabia que um dia você me diria isso, mas não esperava que fosse hoje. – pressionando seu corpo contra o meu e entrando por completo dentro de mim. – Eu também te amo. – ainda olhando no fundo dos meus olhos. – Desejo cada parte de você como nunca desejei ninguém.

Quando pensei em dizer que o desejo que ele sentia era o mesmo que o meu senti meu corpo recebe-lo de novo. Fechei meus olhos enquanto ele comandava o ritmo, meu corpo estava rendido a ele e só consegui envolver minhas pernas em sua cintura enquanto o suor começava a se fazer presente entre a gente.

Não sei por quanto tempo ficamos daquele jeito, mas não demorou muito para o tremor tomar conta de mim e logo em seguida ele também estava seguindo pelo mesmo caminho.

- Stephen.

Tudo era tão intenso com ele, até o simples toque era como se minha pelo fosse pegar fogo. Não tive coragem de me mexer enquanto ele respirava contra minha pele.

- Será que tem muitos becos escuros dentro o estúdio para que a gente possa se pegar às vezes? Ou sempre. – rindo.
- Amanhã começa nosso martírio diário. – beijei sua boca, sentindo meu lábios serem mordido por ele.
- Jamais será um martírio, porque mesmo que eu tenha que me conter o dia todo tenho certeza que nossas noites serão as melhores.

A promessa de passar as noites com ele só faziam com que eu sentisse ainda mais vontade de seguir com aquilo. Em minha mente eu conseguia ouvir o aviso de que aquilo poderia trazer problemas, mas ignorei qualquer coisa que atrapalhasse o que estávamos começando.

O medo estava ali e eu teria que lidar com ele em algum momento, mas não agora. Ele já estava duro de novo e eu pronta para continuar fazendo amor com ele. E assim seria. As preocupações estavam a nossa espera da porta para fora, mas da porta para dentro eu só queria sentir o corpo dele vindo de encontro ao meu de novo... e por quantas vezes nosso corpo fosse capaz de aguentar.


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Se quando acordei naquele dia eu já estava cansada, quando finalmente caímos exaustos na cama eu pensei que não conseguiria abrir os olhos de novo antes do dia terminar. Senti o cheiro de café antes de denunciar que estava acordada, mas os beijos que recebia na nuca deixavam claro que eu não era a única que estava desperta.

- Boa tarde. – Stephen disse ao pé do meu ouvido, me fazendo arrepiar.
- Boa tarde antes do meio dia ou antes do jantar?
- Digamos que estamos quase no lanche da tarde. – beijando meu ombro.

Virei meu corpo e o vi sentado na cama, já vestido. O cheiro de café fez com que meu estomago roncasse, a fome ganhando mais espaço só que não vencendo minha curiosidade em saber onde ele estava indo.

- Posso saber onde você vai? – sentei na cama com o lençol me cobrindo, aceitando a caneca de café que ele me oferecia.
- Na verdade eu já fui. – tirando a camisa e depois a calça, ficando só com aquela boxer preta que eu queria que fosse a única coisa que eu usasse para sempre. – Além de buscar comida para nós dois, fui ver como a Mavi estava. – pegando uma bandeja que estava apoiada em uma cadeira perto da porta, e voltando para a cama comigo.
- E como ela está?
- Bem, a Lori estava parecendo aquele palhaço do livro do Stephen King, A Coisa? A Mavi está se realizando usando toda a maquiagem que tem em casa na cara da tia. - rindo.
- Tadinha. Devemos socorre-la? – recebendo um morango na boca.
- Não, ela vai sobreviver até a noite. – me beijando, misturando o gosto do morando com o de seu beijo.
- Deveria ter trazido chantilly. – lambendo o canto da minha boca. – Eu ia adorar lamber seu corpo todo até não restar mais nada.
- Não precisa de chantilly para fazer isso.

Afrouxei o agarre no lençol e deixei que ele deslizasse por meus seios, os deixando expostos. Nunca fui uma pessoa ousada a ponto de falar coisas desse tipo, não porque eu tinha vergonha, mas porque nunca tive um namorado que me despertasse essa vontade antes. Até agora.

- Você está brincando com fogo. – tirando a caneca da minha mão e voltando a colocar a bandeja sobre a cadeira.
- O risco é mais do que válido. – sorri enquanto ele subia na cama, beijando desde meu pé até chegar na altura dos meus seios.

Pensei que ele diria alguma gracinha, mas o sorriso que se formou em seu rosto deixava claro que ele não me daria trégua. 

Stemily - SuddenlyOnde histórias criam vida. Descubra agora