Capítulo 26

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POV ~ Emily Bett Rickards

Ser atriz era uma missão diária, ainda mais quando você tinha tudo programado para uma viagem que aconteceria em duas semanas e no fim de um dia cansativo em uma sexta feira, descobre que a viagem acontecerá no dia seguinte.

Entrei em casa sem nem ao menos ligar a luz e como sempre meu dedinho foi de encontro com a mesinha de centro que insistia ficar em meu caminho. Eu grito fez com Ophe latir e logo minha mãe estava na sala acendo a luz que eu deveria ter acendido para evitar tudo isso.

- Nem mesmo me assusto mais com suas entradas sorrateiras.
- Boa noite mãe. – sentando no sofá para que Ophie viesse me lamber, porque se não fizesse isso ela não ia me deixar arrumar as coisas.
- O que faz em casa hoje? Achei que gravaria nesse fim de semana.
- Eu também, mas sabe aquele evento de Nova York?
- Sei. – sentando no sofá.
- Eles anteciparam, tenho que arrumar tudo para viajar amanhã cedo.
- E como meu genro está?

Era impressionante como minha mãe mudava de assunto rápido quando queria falar do Stephen. Sempre fazia isso, mesmo quando eu queria esquecer durante as férias e ela insistia em me lembrar.

- Está bem.
- Só bem?
- O que você quer saber? – me virei para ela e Ophie deitou entre a gente no sofá.
- Quero saber como vocês andam, ué?
- Estamos bem. Muito bem.
- Esse sorriso no rosto compensa todas as noites em que tive que ouvir você se lamentar durante suas férias. – rindo.
- Muito bom ter você sempre do meu lado mãe. – levantei já indo para o quarto.
- Sempre. – ouvi quando entrei no quarto. – E não esquece de caprichar na maquiagem.
- Maquiagem? Eu quase não uso mãe. – voltei para a porta e a vi sorrindo abraçada a minha cachorra.
- Não usa, mas deveria começar a usar. Principalmente para esconder esse chupão no seu pescoço. – rindo.

Senti meu coração dar um salto e corri para dentro do banheiro vendo o estrago que o Stephen tinha feito no meu pescoço minutos antes de eu ir embora para casa. Peguei meu celular e apertei o primeiro numero da lista de frequentes. O nome dele estava sempre em primeiro lugar nos últimos dias.

- Já com saudade?
- No momento eu quero encher sua cara de tabefe. Você deixou eu pescoço parecendo um mapa mundi de tanta marca.
- Ah é? – eu tinha certeza de que ele estava sorrindo.
- E tira esse sorriso do rosto, e se alguém me fotografa assim?
- Ai você teria que dizer que essas são as marcas de nossos encontros cheios de paixão e desejo.
- Seu cretino.
- Sua gostosa.
- Já arrumou suas malas?
- Já, estou terminando de separar meus documentos.
- Como está a Mavi e sua mãe?
- Bem, elas vão no domingo para lá. Assim a gente pode almoçar com minha irmã.
- Ela vai ficar feliz em ter vocês por perto.
- Queria que você fosse comigo.
- Não sei se deveria.
- Minha irmã tem uma casa de campo, a gente poderia ir para lá passar o dia. Assim você conhece meus sobrinhos.
- Posso pensar?
- Claro, e se você achar que não é uma boa ideia eu vou entender.
- Obrigada.
- Só que quero muito que você vá. Tem um celeiro nessa casa de campo que vai adorar te conhecer. – rindo.
- Tenho certeza que vou adorar conhece-lo também.

Senti o focinho de minha cachorra em minha perna, abaixei para fazer carinho nela enquanto ouvia a Mavi chorando de fundo.

- Amor, vou ter que desligar porque alguém acordou.
- Vai lá, amanhã nos vemos.
- No aeroporto particular, ok? Pedi um jatinho para o Marc e nós dois vamos junto com a Willa, o Colton e o Grant.
- E o David?
- Já foi para Nova Iork.
- Já?
- Pois é, achei estranho.
- Deve estar saindo com alguém, ultimamente ele anda demais no celular.
- Será?
- Já era em tempo, o David precisa de alguém que cuide dele como ele cuida do filho.
- E de alguém que faça ele feliz como você me faz.

Ela não esperava aquela declaração, fechou os olhos abraçada a Ophie tentando acreditar que tudo aquilo estava realmente acontecendo e não era um sonho que logo acordaria.

Stemily - SuddenlyOnde histórias criam vida. Descubra agora