Capítulo 38

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POV ~ Emily Bett Rickards

Mesmo sem fome eu sentei na bancada da cozinha e aceitei o prato de comida que minha mãe colocou na minha frente. Meu estômago estava embrulhado depois de tanta coisa que tinha acontecido. Ali na casa do Stephen eu percebi o quanto me sentia segura, mas não entendi porque paralisei e não consegui responder ao Stephen quando ele disse que desejava acordar todos os dias do meu lado. Ele demorou um pouco mais para entrar na cozinha, mas logo se juntou a nós, onde somente nossas mães estavam lá conversavam.

- Eu morei em Toronto quando a Emily tinha a idade da Mavi, mas resolvi vir para Vancouver anos depois.
- Já morei fora do Canadá com os dois. – disse Mel recebendo um beijo na cabeça do filho, que foi se servir antes de sentar ao meu lado na bancada. – Só voltamos quando eles eram adolescentes.
- Olha a troca de figurinha. – disse a Mel entrando na cozinha.
- Que dia os meninos voltam? – perguntou Stephen antes de dar a primeira garfada.
- Ainda não sei, mas acho bom eles se distraírem. Os avós gostam de sair e ocupam os dois, assim eles não ficam pensando muito no pai.
- Essas crianças estão bem de pais, viu.
- Nem me fale, mas graças a nós eles vão superar essa fase difícil.

Eu ouvia a conversa, mas não conseguia prestar muita atenção. Senti alguém segurar meu braço, que estava apoiado na mesa e quando olhei para frente vi minha mãe com o rosto repleto de preocupação.

- Não vai comer filha?

Quase que no mesmo instante que minha mãe falou comigo meus olhos encheram de lágrimas. Ela levantou e logo eu estava em seus braços chorando. Não queria preocupa-los, mas eu não conseguia segurar o choro, além de tudo o que aconteceu em relação ao Stephen eu não conseguia esquecer dos desaforos que tive que ouvir do Brian.

- Eu não queria me afetar tanto, mas além de todos os nossos problemas eu não consigo deixar de lado essa sensação de que o Brian vai tentar nos prejudicar.
- Meu amor, aquele cretino não tem esse poder. Se tivesse ele não precisaria se rastejar ao redor de vocês para tentar encontrar alguma brecha para fazer sucesso. E se ele tentar alguma coisa todos que amam vocês vão estar por perto para ajudar a protege-los.
- Amor, meu agente o seu já estão trabalhando para nos proteger. – soltei minha mãe e olhei para ele. – Não vai ser fácil, mas vamos superar. Quando aquele imbecil, não existe nada que ele possa fazer. Absolutamente nada. – envolvendo nossas mãos.

Eu confiar no que ele dizia como eu confiava nele, mas era difícil de acreditar que nossos problemas passariam logo. Me forcei a comer enquanto eles conversavam, eu e Stephen continuamos de mãos dadas, mas não consegui olhar em sua direção porque sabia que não seguraria o choro.

- E você Mel, vai vir morar aqui?
- Não atrapalho vocês? – olhei para Mel que olhava para mim e depois voltava a olhar para o Stephen.
- A gente? – questionei sem entender como ela poderia nos atrapalhar.
- Sim, porque essa casa nunca mais vai ter paz com aqueles dois correndo por todo canto e eu cozinho para um batalhão.
- A casa é grande Mel, nem sempre vamos estar por aqui por causa das gravações. E outra coisa. – soltando minha mão e estendendo a mão sobre a mesa para pegar a dela. – Vocês nunca incomodariam. Minha casa está a sua disposição sempre.
- Fico feliz por isso. E vou dar um jeito nessa casa, quase não tem móveis e se deixar na sua mão logo estaremos dormindo todos em barracas de camping.
- Pior que vão mesmo.

Continuaram conversando e não demorou muito para que eu terminasse de comer, por isso afastei meu prato e olhei para o Stephen.

- Eu acho que vou tomar um banho.
- Tudo bem, amor.
- Eu trouxe algumas coisas lá de casa, a Miranda colocou no quarto do Stephen. – disse minha mãe.
- Obrigada pelo apoio de todos vocês, acho que se não estivéssemos unidos as coisas seriam bem piores.
- Estamos aqui para o que precisar querida. – disse minha sogra.

Stemily - SuddenlyOnde histórias criam vida. Descubra agora