Capítulo 35

532 38 5
                                    

POV ~ Stephen Amell

Por um momento eu esqueci o inferno das últimas horas enquanto a beijava. Envolvi meu braços em sua cintura e levantei seu corpo do chão. Era um beijo desesperado e ao mesmo tempo como se fosse a confirmação que independente do que estivesse acontecendo nada tinha mudado entre nós.

Quando a deitei na cama e pressionei seu corpo contra o seu ela parou de me beijar e segurou meu rosto com ambas as mãos, me encarando.

- Eu amo você. Não importa o que aconteceu, eu fiquei brava no começo, mas eu sabia que você nunca faria algo que não fosse pelo meu bem.
- Eu faria qualquer coisa por você, Emily. – comecei a distribuir vários beijos por seus lábios e pelo rosto dela. – Te amo tanto.

Me puxando de novo para perto voltamos a nos beijar. Queria fazer amor com ela para ter certeza que aquele pesadelo tinha passado. Sem mais conversa eu desci os beijos por seu pescoço indo para os seios quando ouvimos alguém bater na porta.

- Está esperando alguém?
- Não, nem esperava você quem dirá outra pessoa. – respirei fundo para me acalmar antes de levantar. – Já volto. – segurei seu queixo e a beijei quando ela sentou na cama.

Respirei fundo antes de abrir a porta e quando o fiz quase cai para trás quando vi quem me encarava sorrindo.

- Cassandra?
- Oi.
- O que você está fazendo aqui?
- Vim aqui te fazer companhia depois de tudo o que aconteceu.
- Como é? – falando bem mais alto do que eu pretendia.

Sem acreditar no que estava acontecendo não consegui impedir que ela entrasse, abri ainda mais a porta e me virei, me deparando com Cassandra parada no meio do quarto e nem sinal da Emily.

- Eu vi a entrevista, imaginei que aquela lá não ficou feliz com o que você disse.

Ela sorria de um jeito que eu nunca vi antes, de um modo dissimulado. Esperava muitas coisas dela, mas jamais pensei que ela pudesse ser tão baixa a esse ponto.

- Aquela lá é minha namorada e o que acontece na minha vida pessoal não é da sua conta.
- É da minha conta quando as coisas acontecem na presença da minha filha.
- Ah, agora você tem uma filha?
- Não se atreva. – apontando o dedo na minha direção.
- Acho que é você que tem que se colocar no seu lugar, Cassandra.

A voz da Emily era tranquila e quando a Cassandra se virou para ela, que saia do banheiro, deu de cara com minha mulher enrolada na toalha.

- O que essa vagabunda...
- Me ofender não resolve nada, porque enquanto você está aqui para fazer cena em relação a meu namoro com seu ex, sua filha está doente por sua ausência.
- Cala a boca. – perdendo totalmente o controle que ela parecia ter enquanto falava comigo.
- Cala a boca você. Chega dessa palhaçada. – gritei, chamando atenção das duas. -
Quero você fora daqui agora.

Ela olhou para a Emily de novo antes de começar a seguir para a porta, mas parou quando a Emily voltou a falar.

- Não tem nada que você possa fazer em relação a mim e ao Stephen, mas você tem obrigações com sua filha. Ela parou no hospital e quem estava ao lado dela não era a mãe e sim a namorada do pai. Meu pai não fez parte da minha infância e eu aprendi a não sentir sua ausência. Cuidado Cassandra, você está focada na mágoa e dando motivos para sua filha não sentir sua falta.

Emily atravessou o quarto e parou do meu lado, segurando a maçaneta da porta enquanto encarava minha ex.

- Pode deixar que eu farei companhia a meu namorado. Boa noite Cassandra.

Com a pior cara possível a Cassandra olhou para a Sem e depois para mim. Eu sabia que ela estava no limite e só não tinha esbravejado contra a Emily porque as palavras dela tinha a afetado. Observei enquanto ela seguia para fora do quarto, mas quando ela estava a um passo de sair uma coisa me veio a mente.

- Como você sabe que eu e a Emily ficamos juntos na frente da Mavi se as fotos nem mesmo saíram na mídia?

Cassandra estava na minha frente quando olhou nos meus olhos e eu lembrei de outra coisa preferia não ter lembrado.

- Foi você. – sentindo a raiva tomar conta de mim. – Eu ainda não troquei a senha do sistema de segurança e você sabe que podemos acessar as câmeras pela internet. Então além de ficar cuidando da nossa vida ainda vendeu as imagens para se vingar. – já gritando. – Qual é seu problema Cassandra? Temos uma filha, se eu tiver problemas com essa exposição sua filha também vai ter.
- Eu te odeio.
- Você está doente. Só pensa em si mesma.

Estávamos gritando um com o outro e só percebi isso quando a Emily me segurou pelo braço quando eu estava indo em direção a Cassandra, assim como ela estava vindo em minha direção.

- Você acabou com a minha vida. – continuando a gritar.
- Nunca te desrespeitei. – abaixei minha voz o quanto pude. – Nunca te trai, fui o mais honesto que eu pude e mesmo assim não adiantou nada. Você esqueceu que tem uma filha porque eu feri seu orgulho e parece que só você importa. Que se dane uma criança que fica doente pela ausência da mãe e que agora nem mesmo chama por ela. Quem deveria odiar quem aqui Cassandra?

Ela começou a falar alguma coisa, mas eu não conseguia ouvir mais nada.

- Vai embora. – aumentando a voz de novo, e ela deu alguns passos para fora do quarto enquanto eu continuava a falar. – E reza para a merda que você fez não ter consequências maiores do que algumas semanas de falatório, porque senão, a próxima vez que nos encontramos será na frente de um juiz. – bati a porta do quarto com força sem ter condições de continuar olhando para a cara dela.

Olhei para a Emily que estava aflita me encarando, a puxei para perto e a abracei.

- Perdão por te envolver em toda essa confusão.
- Não me importo, nada do que vão mostrar é mentira.

Não queria mais falar sobre nada, a beijei e sem pensar duas vezes puxei sua toalha, me afastei e vi que ela ainda estava de calcinha e sutiã.

- Eu ia tomar um banho de banheira e te esperar quando ouvi a voz da Cassandra.
- Não tem problema, podemos começar na cama e terminar no banheiro. – a beijando de novo.
- É o que eu mais quero, mas antes... – se afastando e indo para o outro lado do quarto, parando ao lado da mesa que ficada perto da janela. – Eu dei uma de Felicity e coloquei o celular para gravar o que a Cassandra estava dizendo. – desligando o gravador e colocando o celular de volta na mesa.

Ela se virou para mim e soltou o sutiã, o deixando cair no chão a sua frente.

- Amanhã nossa vida pode se tornar um inferno, mas agora eu só quero fazer amor com você.

Observei enquanto ela caminhava até a cama e parava aos pés dela me encarando. Eu sabia que as coisas sairiam do controle quando o dia amanhecesse, mas como ela disse, só fazer amor era importante naquele momento. Tirei minha camisa e joguei no chão, indo até ela e a beijando como se tivesse ficado muito tempo sem sentir seu gosto. Eu não queria preliminares, teríamos a noite toda para isso, por isso a deitei na cama e me afastei para abrir minha calça e no segundo seguinte eu estava dentro dela.

- Que se dane todo mundo, eles vão tentar de tudo para nos infernizar, mas o que importa é que no fim do dia eu vou estar assim com você. – tomando seus lábios de novo e me movimentando para que eu sentisse nossos corpos como sendo um só, assim como eu também sabia que eram nossos corações.

Stemily - SuddenlyOnde histórias criam vida. Descubra agora