Capítulo 13 - Refém

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Miami, Laboratório improvisado da Organização, Galpão seis na Rua Amazon. Onze e quarenta da noite.

Estão todos reunidos no laboratório. Animados e em silêncio, os Analistas – como são chamados – estudam os efeitos do elemento a sua frente. O carvão que emite luzes flamejantes está em um tubo branco e flutua, como se não existisse gravidade. As pessoas da sede inteira veem ver o que procuram por muito tempo e depois que o fazem saem cochichando pelos corredores.

O líder da Organização desce as escadas com um sorriso no rosto. Diferente dos outros dias, ele parece animado e todos sabem o porquê. Andando com um homem de cabelo azul marinho do seu lado, ele cumprimenta seus funcionários com a cabeça. Passa pelo laboratório improvisado, olha para o elemento do fogo e continua a andar sem pressa.

Vira a direita, desce uma pequena escada e entra em uma porta branca.

Dentro de um quarto todo branco ele vê uma mulher de cabelos vermelhos sentada em uma cadeira, de costas para ele. Suas mãos estão amarradas e há três guardas de vigia, com armas na cintura.

Ele fecha a porta, dá a volta e fica de frente para a mulher pálida. Seus olhos escuram o fuzilam.

–Rubens. Allen. – diz ela sem emoção na voz.

–Lopez. – devolve o líder, com um sarcasmo. Puxa outra cadeira branca e se senta de frente para ela. Parece acabada. Seus braços estão com leves hematomas de injeções fora da veia. Seu rosto está roxo, levando a crer que apanhou algumas vezes. Seus cabelos estão embaraçados e sujos.

O líder funga.

–Há quanto tempo que não te vejo, Janet. Estava mais saudável da última vez que nos encontramos. O que houve? – exibe um sorriso de lamentação.

–Sabe como é Odell... andei fazendo uns exames para sua trupe ultimamente. E preciso dizer que o serviço é péssimo. – responde com a voz carregada de sarcasmo.

–Tomarei nota disso mais tarde. Agora vamos ao que me interessa. Diga-me onde estão os outros elementos e te deixo sair daqui viva.

–Não! – ela exclama e logo em seguida Albert Allen bate no rosto dela com força. Jane leva algum minuto para se recuperar e depois ri.

–Do que está rindo? – pergunta Odell.

–Você está tão desesperado. – gargalha e leva mais uma surra. Sangue escorre do seu nariz e ela murmura um "droga" quando a gota vermelha pinga no seu jeans.

–Você vai ter que me dar um novo agora Rubens, é de grife. – diz sem se afetar. Outra surra.

–Janet se você falar de qualquer outra coisa que não seja seus protegidos e os elementos será esbofeteada. Você não nos deixa outra escolha. – diz Odell ao balançar os ombros. Ela fica em silencio, mas é obvio que segura outra risada.

–Onde estão os elementos? Onde eles estão hospedados na Cidade do México, só por curiosidade?

–Você quer a verdade? – diz Jane com a sobrancelha erguida. – Eu não faço a mínima ideia.

–É claro que faz! – ele esbraveja. –Aqueles idiotas não fazem nada sem você!

–Está errado.

–Olhe aqui...

Antes que o líder pudesse terminar sua frase, eles escutam murmúrios ficando altos do lado de fora da sala. Odell franze a testa e manda, sem dizer nada, um guarda olhar o que está acontecendo. Quando ele abre a porta, uma mulher usando jaleco branco aparece com os olhos esbugalhados e respiração ofegante.

–Estão... aqui... entraram... armados! – diz ela entre pausas para respirar. Quando ele pensa em uma ordem ela é acertada nas costas por uma bala e cai no chão, morta.

Ninguém nota, mas Jane sorri.

Um dos guardas empurra uma parede e uma porta secreta se abre. O líder e seu braço direito correm para a abertura e antes de fechá-la Odell vira, aponta o dedo na direção da ruiva e diz:

–Não acabou Janet.

–Ah, vá para o inferno! – grita em resposta.

Assim que ele fecha a porta, um homem vestindo preto com uma tatuagem no braço desamarra a refém.

–É sempre bom te ver Mason. – ela sorri.


Nota da autora: Isso está se tornando frequente né? hahaha é que eu gosto de conversar com vocês. Gostaria de dizer que ameeeei os comentários do capítulo passado. Todo mundo interagindo e tal. Vocês são demais. O livro chegou em #23 ontem e eu estava espalhando alegria. Muito obrigada, lindezas, por me motivarem tanto. Amanhã tem capítulo novo, ok? Amo vocês! 

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