Capítulo 30 - Destroços

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Nota da autora: EU SEI! EU SUMI DO MAPA, PERDOEM! Mas estou na semana final de provas da facul e tá foda conciliar isso com o resto da minha vida kkkkk Enfim, vocês estão prontos para esse capítulo?????? Peguem um travesseiro pra abraçar, um copo com açúcar porque sei que vocês vão sofrer KKKK Faltam mais dois capítulos e meu coração está igual o título desse capítulo :(((( Não consigo imaginar quanto difícil vai ser não interagir com vocês. Mas como eu disse, vou iniciar um projeto de mistério aqui. Já fiz a capa e tudo. Então se alguém por ai gostar, nos vemos lá ;) Sem mais delongas, ai vai!

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Passamos os dois dias seguintes arrumando as malas e fingindo que não temos nada com o que nos preocupar.

Encontrei os Enviados e eles me deram mais uma "seção de cura". Minha perna está quase curada e já consigo movimentá-la sem dor. Quando no oitavo dia, após o ultimo combate, o sol caiu, trazendo o azul escuro do céu noturno, decidimos que era hora de irmos.

Nos despedimos de Diego e Mirela, agradecendo a hospedagem e tudo que fizeram por nós. Os dois nos desejaram boa sorte com o último elemento. Assim que deixamos Oía e entramos no avião tudo parecia bem, mas eu não consigo ignorar o mau pressentimento que está rodopiando na minha cabeça.

É sobre isso que penso quando o jipe sacode com força, passando em cima de um buraco.

Chegamos a Florianópolis tem umas três horas. A brisa que entra pela janela tem cheiro de eucalipto e de chuva. É estranho ler em português e entender praticamente tudo. Falar também, mesmo com meu sotaque esquisito.

A viagem foi cansativa e pesada, mas não consegui pregar o olho por um instante qualquer. Retornar na cidade que nasci, nessas circunstancias, é estranho.

Passando pelas lojas consigo ver Helena andando despreocupada depois de uma tarde ensolarada. Mas são apenas fantasmas da minha imaginação. No fundo eu sei que ela jamais poderá resgatar a vida que tinha.

Jane me disse que, assim que chegarmos, deveríamos ir ver a minha avó, pois ela que nos guiaria até o moinho onde meu avô escondeu o elemento. Então é para lá que Dylan dirige. No jipe atrás de nós está Evan e Liz. Conseguimos alugá-los por um curto período de tempo. Nossa passagem é rápida.

O carro para e descemos em silêncio, como estivemos durante todo trajeto. Olho para a construção de madeira a minha frente e quase consigo resgatar uma lembrança.

Até hoje não entendo como Lúcia quis morar em um celeiro antigo, no meio de um campo deserto e longe do centro da cidade. A construção alta é feita de madeira. Parece um grande caixote. Há duas janelas no andar de baixo e duas no do de cima. Parecem dois pares de olhos me olhando fixamente. Ao lado da casa há uma pequena plantação de tomates cereja. Na frente, um caminho com pedras segue até a porta. Ao redor dele há rosas, margaridas e jasmins na grama.

Ponho os pés no chão e olho para a estrada de terra que nos leva aqui.

-Que adorável! - Jane aparece do meu lado, usando um chapéu grande e óculos escuros. Assim que Evan e Liz descem do outro jipe, caminhamos nas pedras até a porta branca. Bato duas vezes com as mãos suando frio e recuo quando alguém aparece na porta.

Helena.

Olho para ela, tentando entender se é real ou não. Os cabelos loiros estão caídos ao redor do rosto, diferente do que costumo ver. Usa um vestido branco, estampado de margaridas, que desce até seu joelho. Nenhum avental. Nenhum sinal de cansaço.

-Katherine! - exclama meu nome contente. Penso em perguntar o porquê de ela estar ali, mas me puxa para um abraço apertado antes que eu possa dizer qualquer coisa. Seguro seu corpo miúdo e olho para dentro da casa, vendo Lúcia em pé na sala de estar, nos observando. Assim que me solta a encaro perplexa.

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