Capítulo 27 - Presa

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Nota da autora:  Oi amores, tudo bom? MEU DEUS, O QUE DIZER DE VOCÊS COMENTANDO O ÚLTIMO CAPÍTULO? Foi o mais acessado e comentado da história! hahahaha muito obrigada mesmo pelo apoio. Vocês são demais! KAMES É REAL! Enfim, sobre o Wattys: perdi kkkk mas ano que vem a gente tenta de novo, não é? O que não vale é desistir. E como eu disse para algumas pessoas, o que importa no final do dia é que eu sou vitoriosa por ter vocês, pessoas tão maravilhosas, me apoiando aqui sempre. Vocês não tem ideia do quanto me sinto sortuda por ter leitores como vocês <3 muito obrigada por estarem aqui, pro que der e vier. Amo demais. Agora chega de enrolação porque lá vem capítulo! 

P.S: PREVEJO GRITOS!

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Não sinto nada.

Absolutamente nada. Como se minha vida estivesse se resumido apenas em um silencioso e estranho eco, se resumido a escuridão.

É isso.

Diante dos meus olhos tudo que se há para ver é escuro. Não sei dizer se eles estão abertos os fechados afinal... não tenho mais controle sobre meu corpo. Em meus ouvidos escuto um zumbido leve, como quando fico completamente sozinha. Não tenho ideia do que está acontecendo, mas tenho certeza de uma coisa: estou morta. Ou morrendo, seja lá como isso é.

A última coisa que me lembro é de mergulhar na água gelada, com a pressão puxando meu corpo sem movimento para baixo, e os olhos azuis incrivelmente bonitos de James. Não disse nada além de um "adeus". Acho que essa simples despedida pode resumir todo o tempo que passei com os Guardiões.

Adeus.

Nunca fui boa com palavras, mas jamais esquecerei desta despedida assim não os esquecerei.

A voz de Jane dizendo para que eu não morresse agora me dá vontade de rir. Como será que ela vai reagir quando James voltar sozinho? E Dylan? Será que eles estão bem? Será que eu deva estar pensando tanto assim para alguém que está morrendo?

–Vamos Kate! Respire! – escuto uma voz, me tirando do meu devaneio. É oculta, seca e repete várias e várias vezes dentro da minha mente em um eco estranho. Noto que volto a tomar posse dos meus sentimentos porque desejo poder gritar por ajuda. Mas meus lábios não se mexem e me sinto presa. Quero que tudo acabe logo.

Deus me leva logo para o céu, se é que existe um e... desculpe. Droga! Me desculpe, eu não quis dizer isso. Eu só quero ir embora sem sofrer, sem escutar vozes.

Geralmente, nos programas do Discovery Channel, algumas pessoas descrevem a morte como um túnel. Um túnel escuro, estreito com uma luz no fundo. Escutei uma vez dizerem que se seguir a luz morre, e se voltar na direção contrária acorda como se nada tivesse acontecido. Mas acho que isso só funciona se a pessoa estiver em coma. Se levar um tiro no coração, por exemplo, acho que a luz te alcança você querendo ou não. Ou a escuridão.

No meu caso é escuridão.

Será que estou no inferno?

Apesar de tudo isso não há nada ao meu redor. Nem um túnel e muito menos uma luz. Minha morte deve se assemelhar a um tiro no coração. Sem volta. Pelo menos a escuridão está presente. Talvez isso seja a morte, apenas o escuro te assombrando para toda a eternidade.

Será que vou ficar aqui para sempre?

–Volte! Por favor! – a voz repete, desta vez mais alta e tento ignorá-la. Deve ser almas vagando por ai. Gostaria de saber onde estou e para onde vou. Se bem que pensar na possibilidade de ir para qualquer lugar me embrulha um pouco o estomago.

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