Capítulo 45

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Anahí ficou parada por um momento, sentindo uma enorme vontade de chorar. Depois, respirando fundo para se controlar, colocou o telefone no ouvido com relutância.

Anahí: Alô.

Maite: E então, como está minha amiga recém-casada? Tudo bem. Estou morrendo de curiosidade, mas posso esperar um pouco mais para ouvir toda a fofoca. Que tal almoçarmos hoje?

Anahí: Oh, sinto muito, Maite. Eu adoraria, mas não posso. Já tenho compromissos para o almoço.

Maite: Que tal amanhã?

Anahí: Amanhã é sábado, Maite.

Maite: É mesmo. Tinha me esquecido. Vocês devem ter planos para o final de semana. Já sei. Por que não jantam comigo e Koko amanhã?

Anahí: Sinto muito. Acho que não vamos poder. Não este final de semana. Por que não me liga na segunda?

Naquele dia, ela, Anahí, já estaria longe e Giovanna já teria ligado para Maite e explicado tudo.

Maite: Bem, se vocês não podem mesmo...

Anahí: Não podemos. Falo com você na segunda, Maite. Obrigada por ter ligado. Até lá. -Anahí falou e desligou antes que Maite pudesse prolongar a conversa-

Em seguida, ela pegou novamente o telefone e ligou para a casa dos pais de Carlos, no México. Daquela vez foi uma outra pessoa que atendeu e Anahí teve que se expressar em espanhol para pedir que chamasse a senhora Ponce. Ela respirou aliviada quando a mãe de Carlos atendeu.

- Sinto muito, senhorita Portilla, mas meu filho e sua irmã foram para a cidade do México hoje.

Anahí: Sim, eu sei, mas eu tenho que falar com Giovanna. É muito importante. A senhora não tem um número de telefone no qual eu possa encontrá-la?

- Não, sinto muito, em mãos não tenho nenhuma informação. Eles iam até a embaixada para saber para onde Carlos será designado. Não sei em qual repartição encontrá-los. Se for mesmo muito urgente, acho que posso conseguir um número para você, mas deve me dar alguns instantes.

Anahí: Não, não, pode deixar. -Anahí não queria perturbar Carlos e também não sabia espanhol o suficiente para se comunicar com alguém que não falasse inglês- Então posso deixar um recado com a senhora?

- Claro.

Anahí: Por favor, diga a minha irmã que não consegui falar com Alfonso hoje. Que ela não deve ligar para o papai por enquanto. Isso é muito importante. Ela não deve ligar para o papai hoje.

A senhora Ponce repetiu o recado para ver se tinha entendido tudo direito. Ela devia estar curiosa para saber o que estava se passando entre as duas irmãs, mas Anahí não podia fazer nada a respeito. Depois Giovanna explicaria tudo se achasse que deveria.

Anahí: Ela vai entender. –disse-

- Não se preocupe. Assim que eles chegarem dou o recado para sua irmã.

Depois de agradecer a mãe de Carlos, Anahí desligou e ficou um momento olhando para o aparelho. E se Giovanna não recebesse a mensagem a tempo? Pior, e se ela resolvesse ligar lá da cidade do México antes de voltar para casa?

Seria arriscado demais esperar até que Alfonso chegasse em casa à noite. Em hipótese alguma gostaria que seu pai soubesse da verdade antes de Alfonso. Devia pelo menos isso a ele.

Oh, Deus, me ajude, não deixe isso acontecer.

Precisava falar com Alfonso ainda na parte da manhã. O quanto antes melhor, assim que ele terminasse a reunião.

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