Capítulo 56

4.3K 212 50
                                    

Minutos depois Giovanna chegou a casa de Alfonso. E quando ele abriu a porta para ela, levando um susto logo de inicio com a imagem idêntica a de Anahí, ela entrou, completamente chocada com a cena que via.

Alfonso estava com uma calça de moletom e uma camisa branca. Durante todos os anos que o conhecia, ela jamais o viu daquele jeito. O rosto completamente sem vida. A principio quando ele havia dito que não estava bem, ela não havia levado tão a sério assim, mas agora o vendo pessoalmente, ela não tinha a menor duvida que ele estava quase no fundo do poço.

Giovanna: Oh, Alfonso. –gemeu o vendo se arrastar até a sala- Você está péssimo. –falou preocupada e Alfonso sorriu de canto- O que você está sentindo? Quer que eu o leve ao médico?

Alfonso: Não, eu quero que você me leve até Anahí. –pediu fungando. Apesar de não estar chorando, a voz era sempre embargada-

Giovanna: Se acalme. –pediu sentando ele no sofá-

Alfonso: Não, Giovanna. Eu preciso falar com ela... –e o choro voltou- Eu preciso dela, por favor, me diga onde ela está?

O desespero havia voltado. Giovanna estava assustada, mas além disso, surpresa. Alfonso chorava descontroladamente bem a sua frente, e ela sabia exatamente o que fazer. Ela se aproximou dele, e o corpo dele queimava de febre.

Giovanna: Alfonso, você está ardendo em febre. –falou preocupada- Você precisa tomar um banho... –ele a olhou, pronto para protestar, mas ela não deixou- E depois eu o levo até ela. –suspirou-

Ele se sentia desgraçadamente fraco. E Giovanna o levou até seu quarto. Ele entrou no banheiro, tomando um banho gelado, e quando saiu, Giovanna o esperava com uma bandeja. Ela o fez sentar sobre a cama, e tomar todo o mingau que ela fizera. Giovanna também lhe deu um remédio, e ele tomou sem protestar. Faria tudo, para que no final, ela lhe levasse a Anahí.

E Giovanna achava que devia isso a Alfonso. Agora, vendo ele dormindo em sua cama, via o quão mal fizera em atrapalhar a historia dele com Anahí todo esse tempo. Querendo ou não, ela começara tudo isso. E não podia fazer nada menos que resolver todo o sofrimento que eles sentiam por estarem separados.

Giovanna estava sentada na poltrona ao lado da cama, olhava ansiosa no relógio ao lado. Se Alfonso não acordasse, ela teria que acordá-lo. E era quase de manhã, quando Alfonso acordou.

Alfonso: Giovanna, você me dopou? –perguntou se sentando, a voz rouca-

Giovanna: Você estava quase caindo em pé Alfonso. Parecia um zumbi. –se levantou, indo até ele, sentando ao seu lado- Escute... Eu sinto muito o que aconteceu. –começou- Sobre nós dois. Eu nunca quis magoá-lo.

Alfonso: Está tudo bem. –respondeu passando as mãos no rosto. Ele realmente não sentia nada em relação a ela-

Giovanna: Alfonso? –o chamou-

Alfonso: Oi. –respondeu virando o rosto para encará-la-

Giovanna: O que você... Sente por Anahí?

Alfonso: Eu a amo. -falou simplesmente-

Giovanna: Eu não esperava outra coisa. –confessou com um sorriso de canto-

Alfonso: Giovanna, por favor. Me diga de uma vez onde ela está.

Giovanna: Ela está em casa. Na nossa casa. –respondeu e ele se levantou de repente-

Alfonso: Na sua casa? Como? –perguntou surpreso. Havia ido lá quase todos os dias e não havia ninguém- Eu fui até lá.

Giovanna: Ela estava em um chalé que nós temos, voltou ontem para a exposição dela. –contou se levantando também-

Alfonso: Exposição? –perguntou incrédulo- Ela fez uma exposição? Meu Deus... –ele estava inconformado. Estava perdendo os melhores momentos da vida dela-

Giovanna: Alfonso, ela está indo embora. –o interrompeu, e ele paralisou- Está indo morar em Paris, hoje.

Alfonso: O que? –perguntou branco como papel-

Quando Anahí acordou naquele dia, os olhos ardiam das lágrimas que derramou durante a noite. Ela sabia que, ao subir no avião, seria o fim, e isso lhe corroía a cada segundo. Era cedo ainda quando ela se levantou, era um pouco mais das seis da manhã, e seu voo era as dez. Anahí tomou banho e foi fazer um café, sentia-se com fome. Ela sorriu lembrando do motivo da fome descompensada. Se alimentou feliz da vida por ter em seu ventre o fruto do maior amor de sua vida, até sentir-se completamente satisfeita.

Ela colocou a jaqueta, ajeitando os cabelos, e pegou sua mala no canto da sala. Havia combinado com Giovanna e com Enrique de se despedirem no aeroporto, e então, ela se apressou.

Anahí estava quase saindo, quando verificou que os documentos e seu passaporte não estava na bolsa. Ela voltou até ao quarto, e lá estava ele, em cima da cama. Ela o pegou, quando a campainha tocou. Anahí estranhou, não esperava ninguém.

E quando ela abriu a porta, um susto. Alfonso caiu de joelhos a sua frente. Um Alfonso completamente derrotado. Anahí abriu a boca assustada, vendo o rosto dele branco e as olheiras fundas ao redor dos olhos. Olhos estes que, estavam vermelhos, como os dela horas antes. E passando o susto inicial, ela viu que ele chorava.

Anahí: Alfonso... –falou baixo, completamente chocada. Alfonso estava caído, de joelhos, bem a sua frente-

Alfonso: Anahí, por favor, me perdoe. –pediu aos prantos, agarrando-a pela cintura, encostando seu rosto na barriga dela- Não vá embora, não me deixe... Eu preciso de você. –falava entre os soluços- Eu amo você, por favor, me perdoe.

Anahí mal podia acreditar em tudo o que estava ouvindo. Era um sonho, só podia ser.

Anahí: Alfonso, levante-se, por favor. –pediu, o puxando pelo braço-

Ele se levantou sem vontade. Ela o encarou e ele tinha o rosto completamente inundado pelas lágrimas. O peito arfava, ofegante.

Anahí: Entre. –ofereceu, dando espaço a ele, e ela fechou a porta-

Alfonso: Anahí, me perdoe por tudo que eu disse a você. –continuou prontamente, não poderia perder mais nenhum segundo sem ela- Nada era verdade. Eu amo você meu amor, eu amo você... –ele se aproximou, Anahí sem conseguir conter as lágrimas, chorava junto com ele. Alfonso segurou o rosto dela, selando seus lábios junto aos dela-

Anahí: Alfonso... –o chamou, o interrompendo. Ele se afastou, a encarando confuso-

Alfonso: Você não me perdoa, não é? –perguntou temendo a resposta, ele não aguentaria- Any, eu amo você. Percebi isso logo depois que você foi embora. Procurei você por todos esses dias, mas não a encontrei. –contou, limpando o rosto das lágrimas-

Anahí: Você está falando sério? –questionou com a voz embargada. Ela não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo, tinha medo de ser um sonho-

Alfonso: Claro. –se aproximou outra vez, segurando seu rosto- Me perdoa meu amor, por favor. –pediu, encostando suas testas- Eu não vou conseguir viver sem você. Eu te amo, eu te amo, eu te amo... –e juntando-se as lagrimas, ele a beijou, um beijo calmo, mas apaixonado. Anahí passou as mãos pelo rosto dele, o sentindo mais uma vez-

Anahí: Eu te amo tanto, Alfonso... –falou, assim que o beijo se encerrou. Alfonso sorriu, sentindo o alivio tomar conta de todo seu corpo. Nem que vivesse mil anos, seria suficientemente grato por tê-la outra vez-

Alfonso: Você não vai mais embora, não é? –perguntou enchendo o rosto dela de beijos-

Anahí: Para onde mais eu iria, se é ao seu lado que você me quer? –respondeu simplesmente, com um sorriso-

Substitute [ADP]Onde histórias criam vida. Descubra agora