No dia seguinte, era cedo quando Anahí acordou. Finalmente havia chegado o dia da sua exposição, e ela sentia-se péssima por não conseguir ficar alegre com isso. Era impossível se sentir feliz por completo desde o dia em que se parou de Alfonso. Tudo parecia pela metade.
No dia anterior já havia mandado todas as telas para serem arrumadas na galeria, então, só o que lhe restou foi pegar sua pequena mala, olhar demoradamente para o chalé, que lhe acolheu no seu momento de tristeza, e partir.
Alfonso havia amanhecido terrivelmente mal naquele dia. Mal conseguiu se levantar da cama, levantou-se apenas para avisar a Caroline que não iria trabalhar. Ele sentia seu corpo completamente sem força, a cabeça doía como se fosse explodir.
Ao meio dia, ele acordou outra vez. A cabeça havia melhorado, mas definitivamente, ainda não era capaz de fazer muito esforço. Ele pegou o telefone outra vez, ligando para Caroline, perguntando por Enrique, mas a moça não sabia nada. Ele então ligou para a casa de Enrique, talvez assim tivesse mais sorte. Mas só chamou, caindo na caixa de mensagem. Desesperado, ele deixou sua mensagem.
Alfonso: Enrique, sou eu Alfonso. –a voz dele era rouca- Pelo amor de Deus, eu preciso falar com você. Eu preciso que me diga onde está Anahí. –sem conseguir controlar, a voz embargou, e ele chorou- Eu preciso vê-la, preciso falar com ela, Enrique, eu amo a sua filha, preciso que ela me perdoe. Eu não tenho mais condições de viver nem mais um dia sem ela. –pedia desesperando, mal conseguindo conter as próprias palavras- Enrique, por favor, por tudo que mais ama nesse mundo, apareça, fale comigo, eu preciso de Anahí, preciso dela... –e aos prantos, ele desligou o telefone, ciente que aquilo havia sido mais um desabafo do que qualquer outra coisa.
Com essa mensagem desesperadora, com a voz de Alfonso completamente afogada em um choro, você pode imaginar a cara de Giovanna ao chegar a casa do pai e ouvir essa mensagem. Ela e Carlos chegavam a casa de Enrique para um almoço em família. Logo Anahí chegaria e se juntaria a eles, como uma despedida. Enrique havia saído para resolver algumas coisas.
Quando chegou em casa, Anahí respirou fundo, lembrando do seu primeiro beijo com Alfonso quando ele a confundiu com Giovanna. Logo depois, ela deixou tudo arrumado para a viagem, que seria na manhã seguinte, e seguiu rumo a casa do pai.
Quando Anahí chegou, foi recebida calorosamente por Enrique, pela irmã e pelo cunhado. Durante o almoço, Giovanna que era a mais falante estava calada e pensativa. Isso não passou despercebido por Anahí, que a conhecia tão bem.
Anahí: Giovanna, tudo bem? Está se sentindo mal? –perguntou bebendo seu suco-
Giovanna: Não, está tudo bem. –respondeu com um sorriso-
Após o almoço, todos foram para a sala de estar, havia uma noticia a ser dada.
Enrique: Eu serei avô? –perguntou surpreso- Duas vezes? –disse sorrindo, abraçando Anahí- Oh, meu bem, eu não poderia ficar mais feliz. É uma pena que minhas filhas estejam indo para longe de mim criar meus netos. –suspirou-
Anahí: Papai, por favor. –pediu, e Enrique assentiu. Já sabia o quanto estava sendo difícil para ela- Bom, eu vou para casa. Encontro vocês a noite, na exposição. –ela sorriu, se despedindo de todos. Mas Giovanna podia ver muito mais através daquele sorriso. Não era um sorriso verdadeiro. O olhar da irmã era apreensivo e triste, justamente quando ela devia estar transbordando de felicidade. Isso não era certo.
Na tarde que se passou, Giovanna estava uma máquina por dentro. Após ouvir acidentalmente a mensagem desesperada de Alfonso, não conseguiu pensar em mais nada. A irmã estava sofrendo, sofrendo por ele, e ele, aparentemente estava do mesmo jeito. Mas, ainda sim, não era seguro entregar Anahí a ele, ela não podia mais sofrer nenhuma decepção, já sofrera tanto, e ela não sabia se Alfonso realmente estava arrependido, ou era apenas uma forma desesperada de encontra-la. Deus... O que faria?
E então, ela ligou para ele. Mas ninguém atendeu... A caixa de mensagem está ficando repetitiva.
Giovanna: Alfonso, sou eu, Giovanna. –começou- Eu gostaria de falar com você. Estou na casa de papai, me ligue assim que ouvir essa mensagem. Não demore, pode ser tarde.
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A noite, a galeria estava incrivelmente, cheia. Os quadros de Anahí eram impecáveis, e ela estava belíssima com um tubinho preto e saltos alto igualmente da mesma cor. Os cabelos estavam em um coque bem feito e a maquiagem lhe cobrindo todas as imperfeiçoes que aqueles depressivos dias lhe causaram.
Giovanna: Parabéns, Anahí. A exposição está linda. Seus quadros são fabulosos. E não estou falando isso só porque sou sua irmã. Estou falando porque são mesmo lindos. Sempre fui fã de sua pintura, você sabe disso.
Giovanna estava aflita. Deixou recado na secretaria de Alfonso, mas ainda não houve retorno algum. E as horas corriam contra ela.
Carlos: Giovanna tem toda razão. Seus quadros são fantásticos, Anahí. -concordou, os olhos cheios de amor sempre que fitava sua esposa- Tanto pensamos assim, que já reservei dois quadros para nossa casa em Londres e um para a casa dos meus pais em Vera Cruz.
Anahí sorriu. Se não fosse a tristeza em seu coração, seria uma mulher feliz e realizada. A exposição na galeria Blythe estava sendo um sucesso estrondoso, com muitos elogios dos críticos. Quase todos os quadros tinham sido vendidos, muitos por um preço bastante superior ao estimado. Não podia imaginar um começo de carreira melhor que aquele.
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Quando Alfonso acordou, tarde da noite, levantou-se da cama, completamente tonto pelos remédios que tomara. O corpo parecia dolorido, os olhos vermelhos e inchados pelo choro. Ele pegou o celular, e não havia nada. Foi até a cozinha beber água, e viu a secretaria eletrônica piscar. Havia uma mensagem.
Ele correu até lá, apertando o botão. E quando a voz soou, seu coração quase parou. Por um segundo ele pensou que fosse Anahí, mas logo Giovanna se identificou, e ele suspirou decepcionado. Ouvindo a mensagem, ele paralisou.
O que ela queria dizer com pode ser tarde? E por que Giovanna queria tanto falar com ele? Um medo avassalador o invadiu, e ele só conseguia pensar que algo muito grave havia acontecido a Anahí. Ele nunca se perdoaria, nunca.
Olhou no relógio e era quase uma da manhã. Não importava. Ele imediatamente ligou para casa de Enrique. Atenderam no quarto toque.
Giovanna: Alô? -a voz de Giovanna enganando seu coração novamente-
Alfonso: Giovanna? Sou eu, o que aconteceu? Onde está Anahí? –perguntou desesperado- Ela está bem?
Giovanna: Alfonso. –suspirou. Já se preparava para dormir quando ouviu o telefone- Ela está bem. Por que não me retornou antes?
Alfonso: Giovanna... Eu não estou bem. –confessou derrotado sentindo o choro na garganta outra vez-
Giovanna: Como? –perguntou confusa- Espere. Eu estou indo ai.
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Olá amores....
Mil desculpas pela demora... Tive alguns problemas.Enfim... Como puderam ver... Ainda não é o fim. hahahaha
Mas, amanhã, teremos o gran finale.
Oh, muito obrigada pelas sugestoes de musicas e saibam que eu já encontrei a musica perfeita. O video está pronto, espero que gostem amanhã quando eu postar.
Com carinho,
sua autora s2
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Substitute [ADP]
Fanfiction"Eu os declaro marido e mulher..." Anahí simplesmente não conseguiu dizer a Alfonso que sua irmã gêmea, Giovanna, o tinha abandonado à porta do altar. Então, num ato de desespero, colocou o vestido da irmã, sem ninguém perceber. Partiu para uma lua...