Capítulo Três

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-Vocês jogam muito mal!-gritou Megan.
Sim, estávamos gastando nosso tempo vendo eles jogarem futebol.

E, sim, eles eram péssimos.

-An? Quero ver fazer melhor!-provoca Matthew. Megan sorri.

-Beleza. Qual meu time?-ela diz e se levanta. Matt franziu o cenho pra ela, confuso.

-Quê?

-Quero jogar. Qual meu time?-ela insiste e eu seguro minha gargalhada com a indignação no olhar de Matt.

-Vai ficar desigual!-reclama Dylan.

-Sem problemas, eu entro no jogo também.-digo dando de ombros e Megan sorri vitoriosa. Os times eram: Matthew e Dylan, Carl e Leon.

-Hupf. Vocês vão atrapalhar a gente. Meninas não sabem jogar futebol.-diz Carl e eu olho pro meu namorado besta com comentários idiotas.

-Como Projeto de Xerife?-falo e ele faz uma careta.

-Eu vou jogar.-diz Enid já de pé.

-Eu também!-diz Allison.

-Então tá, vamos provar que vocês são péssimas. Nós quatro, vocês quatro.-diz Matthew. Reviro os olhos. Como se a gente precisasse de homens pra ganhar uma partida de futebol!

-Ótimo.

-Par ou impar?-pergunto a Matthew.

-Par.- digo e nos jogamos.

-Ganhei.-falo. -Quero a bola.

-Então nos ficamos com aquele lado do campo.

-E que comece o jogo.

[...]

-Já cansaram?-falo pros quatro seres que estavam jogados no chão, pedindo arrego, digo, tempo.

-Então Senhor Lewis, quem é que não sabe jogar mesmo?-pergunta Enid se inclinando para olhar o namorado. Estavamos ganhando de 21x17.

-Tá! Retiro o que disse.-ele fala e sorri. -Até que vocês jogam bem.

-Ou nós que estavamos muito cansados!- Dyl protesta, sem acreditar muito nas próprias palavras, e eu dou uma gargalhasa.

-Hum! Ganhamos!- eu me vanglorizo.

-O que? Quem disse que acabou?-fala Carl.

-Eu disse que acabou. Estou destruída.- falo e suspiro, já estava sentindo meu corpo pedir tempo e a dor voltar. -Definitivamente. Tchau pra vocês. Vou pra casa.

Chego em casa e vou pro meu quarto. Estava sentindo meus músculos doloridos outra vez agora que o remédio parou de fazer efeito. Fecho a porta e coloco o chapéu de Carl em cima da cabeceira. Levanto a minha blusa me olhando no espelho, e minhas costas estavam lotadas de hematomas e marcas. Droga, e ainda está muito dolorido.

Carl entra sem bater e eu rapidamente tento esconder as marcas, puxando a blusa pra baixo.

-Alice.-ele diz se aproximando.-Me deixe ver.

-Não.-digo e reviroos olhos.

-Alice...

-Não quero que me veja assim Carl!- suspiro. Ele levanta minha blusa cautelosamente, e eu não o impeço. Ele passa a mão pelos hematomas e eu estremeço de leve.

-Dói?-ele pergunta.

-Um pouco.-digo e suspiro.

-Vai ficar tudo bem.-ele diz e me puxa pra um abraço. -Eu ainda mato esses filhos da puta.

-Carl...

-Eu odeio te ver sofrer e não poder fazer nada.

-Só de você estar comigo, já não me faz sofrer.-digo.

𝙰𝚙𝚘𝚌𝚊𝚕𝚒𝚙𝚜𝚎 • 𝚃𝚆𝙳Onde histórias criam vida. Descubra agora