Memórias

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Pov Alice Hale

Março, 2009- Alice, 9 anos

Eu sempre gostei muito de andar de bicicleta. Principalmente com meu amigo Matheus. Mas mamãe não gostava que eu sai-se sozinha, então ela sempre vinha com a gente.

Matheus gostava de gibis de super-heróis e eu gostava de ler livros de ficção.

Mamãe dizia que eu era bastante esperta pra minha idade. Talvez ela só esteja sendo gentil. Coisa de mãe.

O mais doloroso foi ver Matheus ir embora da cidade. Me senti tão vazia.

Mas eu tinha o Steven! Ele era meu companheiro! E também tinha o papai e a mamãe. As vezes, tinha meu meio irmão, Mike.

Minha familia é a melhor do mundo!

Janeiro, 2011- Alice, 11 anos.

-Vamos  Alice! Você consegue!-dizia minha mãe.

-Mas mãe! É difícil usar essa besta!-digo.

Desde que eu fiz 10 anos, minha mãe tenta me ensinar a me defender. Como ela diz:" nunca se sabe o que pode acontecer." Até parece!

Junho, 2011

A doença já havia se espalhado. Eu e minha familia fugimos, e estamos junto a um grupo de sobreviventes.

Talvez o mundo esteja querendo morrer. Não devemos simplesmente morrer também?

Setembro, 2015- Alice, 15 anos.

Odeio Carl Grimes! Esse garoto me da nos nervos! Argh! Devia ter ido embora dessa prisão, no memento em que acordei! Mas nãoooo!

Andava pela parte de fora da prisão. Sento no gramado, e fico olhando as estrelas. Sentir a briza me da uma renovada.

-Alice.-escuto a voz do mini xerife. -Desculpe por ter jogado água na sua cara enquanto você dormia.

-Seu pai te mandou aqui?-pergunto sem olha-lo. Não me daria este trabalho.

-Não. Vim por que quis.

-Está falando por falar.

-Pra provar que estou sendo sincero, te dou uma das minhas armas.-ele diz me entregando sua arma. Eu a pego.

-Não quero sua arma, Carl.

-Não, fique com ela. Você precisa se defender.

-Tá, Carl. Tá.

Até que o Grimes não é tão chato assim... Ah, e olha! Ele está sorrindo!

Outubro, 2015

Hoje Michonne disse que me ensinaria a usar uma katana. Gosto de Michonne, ela é bem legal comigo.

-Vamos lá, Alice!-ela dizia. -Você precisa pegar com força e...-ela diz enfiando a katana no cérebro de um dos Walkers. Wow. Incrível!

Faço o mesmo quando consigo pegar o jeito, e depois de muito treino, acabo aprendendo a usa-la.

Outubro, 2015.

Maggie voltou e me deu um forte abraço.

-Tome, achei pra você.-ela diz e me entrega uma barra de chocolate. Sorriu ao me lembrar do dia em que fiz o mesmo com ela.

-Obrigada.-digo. Abro e dou uma mordida. Mesmo vencido, ainda estava bom. -Quer?

-É claro que quero!-ela diz e pega um pedaço e eu dou risada.

Maggie era uma ótima amiga. Talvez a melhor que já tive na vida. Era como uma mãe pra mim, uma irmã, tudo!

Eu finalmente tinha acahado uma família. Aqui, com todos eles.

Novembro, 2015.

Beth estava com Judith no colo. Me sento ao lado de Beth  e começamos a conversar e a brincar com Judith.

-Meu primeiro beijo foi na escada da escola. -ela diz e ri. -O garoto era bem estranho, mas coitado, não posso julga-lo.-ela diz e eu dou risada.

-Nunca beijei. -digo e ela me olha sem acreditar muito nisso. -Mas sei que o que realmente importa são os últimos beijos, não os primeiros. É o que dizem, pelo menos.

-Tem razão. Os últimos são os mais apaixonados, pois são dados com quem você realmente ama. Eu acho. Mas e você e o Carl? Vão adimitir quando que se amam? Vão dar os beijos apaixonados quando?

-Aff por que todos pensam que gosto daquela coisa?

-Quem muito se odeia, muito se ama!-ela diz rindo. Reviro os olhos. Só nos seus sonhos, Beth.

-Estão falando do que?-diz a praga aparecendo.

-De como seu nariz é torto.-digo e ele faz uma careta.

-Mas meu nariz não é torto.-ele diz.

-Não, não é, mas é uma bela resposta para curiosos.

-Finja que sou uma garota também e me fale do que estão falando!

-Não te interessa, Carl!- diz Beth, e sorri docemente.

Carl nos encara antes de sair dali, o que nos fez rir muito.

Novembro, 2015.

O besteiro andava lá na frente, enquanto eu morria de preguiça logo atrás dele.

-Besteiro! Me espera!-digo e ele ri.

-Você é muito lerda, pirralha.

-Calma lá Senhor Dixon.-digo e corro para alcança-lo. -E ai? Já falou com a Carol?

-Não.-ele diz.-Nem vou falar.

-Ah qual é, Darylzinho.

-Se você falar com o Carl eu falo com ela.

-Não.

-Então minha resposta vai ser não também.-ele diz e eu bufo. Poxa, queria mesmo juntar um casal.

-Homem difícil tu ne?-ele me encara e solta uma risada.

-Vamos. Não quero me atrasar para o jantar.

Janeiro, 2016.-Alice, 16 anos.

Sei que é Janeiro. E sei também que faço aniversário dia 20, ou seja, faltam 2 dias para ele. Enid não para de falar sobre isso. Mas não posso comemorar um aniversário nessa situação toda.

E tem também a culpa que me consome. Como fui covarde de deixar meus amigos pra trás! Como eu pude ouvir Daryl e fugir assim?

Estava andando por Alexandria, quando encontro Ron sentado no gramado.

-Oi Ron.-digo e me sento ao seu lado.

Ficamos um tempo ali conversando, até algo estranho acontecer. Ron me beija. Assim que me toco, me afasto dele... Meu coração ainda pertence ao Carl.

-Desculpe Alice, eu...

-Tudo bem, Ron. Mas eu ainda amo o garoto que nem sei se esta vivo ou não. Desculpe, Ron.

-Espero que nada disso afete nossa amizade...

-Claro que não, Ron. São coisas totalmente diferentes.-digo e sorriu.

𝙰𝚙𝚘𝚌𝚊𝚕𝚒𝚙𝚜𝚎 • 𝚃𝚆𝙳Onde histórias criam vida. Descubra agora