Capitulo Nove

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-Ooi, Michonne!-digo assim que ela abre a porta da casa do Rick. Ela sorri e me da um forte abraço.

Eu fui na enfermaria assim que cheguei fazer um curativo e tomar uns remédios, e agora me sinto mais disposta. Ainda está difícil ficar de pé, mas aos passos pequenos e devagar eu consigo me locomover.

-Sabia que estava viva.

-Onde o Carl está?-pergunto.

-Ele deve ter saido com a Enid. Devem voltar logo.

-Ah, sim.

-Ele está bem mal...

-Bom, então ele vai ficar bem feliz, eu espero.-digo e ela sorri.

Vou para minha casa, desesperada para deitar e dormir. Seguro a lateral da barriga com cuidado e dou um gemido de dor, torcendo pros pontos não abrirem enquanto eu ando.

-Meu Deus, hein, Matthew, pra que essa cara de velório?-digo pro garoto que estava sentando no sofá, olhando a parede. Ele me olha e abre o um forte sorriso, antes de pular em cima de mim me envolvendo em um abraço. Dou um grito de dor e ele se afasta, os olhos arregalados.

-Machucado.- arfo. -Calma.- digo e o abraço com cuidado.

-Que bom que está viva!-ele diz antes de me apertar de leve e me levantar com cuidado. Dou risada. -Que merda você vez?

-Cai e um pedacode madeira entrou em mim.- digo e ele dá uma gargalhada. Dou um tapa em seu peito.

-Alice?-Diz a voz de Agnes e logo atrás dela estava Dylan. Vejo os olhos dela marejados, e a mesma vem e me abraça, junto com Dylan. Seguro o gemido de dor.

-Eita!-digo. -Se soubesse que iam fazer essa festa por minha causa, teria feito isso antes.- digo e eles fazem caretas engraçadas, me fazendo dar risada.

-Carl e Enid estão meio tristes.-diz Matthew. -Bom, Carl está péssimo. Nunca vi ele assim. Ele vai ficar feliz em te ver.

-Quem não fica feliz em me ver?-digo e eles reviram os olhos. Nem parece que estavam quase chorando por minba casa. -Vou esperar ele na casa dele.

-Só tenta não matar ele do coração.-diz Agnes e eu sorriu.

[...]

Assim que vejo Carl entrando na casa, me escondo em outro cômodo. Queria assusta-lo, mas pela cara feia não sei se é uma boa ideia. Ele entra em seu quarto e eu o sigo Carl estava tão distraído que nem escutou o som dos meus passos.

-Onwt que biquinho fofo.-digo. O mesmo levanta a cabeça e se vira, choque no olhar. -Não vai me dar um abraço? Nossa, não sentiu minha falta Xerife? - digo provocativa. Carl vem até mim e me puxa para seus braços, me beijando logo em seguida.

-Nunca. Mais. Faça. Isso.

-Nossa! Se soubesse que ia ficar assim, tinha sumido antes.-digo e ele me olha feio.

-Nem pense nisso!

-Você tá bem?-pergunto o abraçando.

-Melhor agora que esta aqui.-ele diz e me aperta mais.

-Carl...-digo me separando dele. -Amber morreu.-digo e suspiro. -E Holly foi levada.

-Não podemos fazer nada e duvido que meu pai vai voltar lá.

-Mas e ela?

-Não sei, Alice. Vou falar com ele, mas... não agora. Agora quero ficar aqui com você, pra me certificar que está bem.-ele diz e beija minha testa. Sorriu.

-Está bem, mas antes.... Preciso fazer uma coisa.

[...]

-Por que essa cara emburrada?-digo entrando na cozinha. Enid estava de lado, e não virou quando entrei. Ela me olha rapidamente e abre um sorriso. Ela corre e me puxa pra um abraço.

-Que bom, que bom, que bom que está bem!-ela diz.

-Hey calma. Eu to bem sim.-digo.

-Nunca mais faça isso!-ela diz e me da um tapa.

-Ok! Não farei!-digo e rimos.

[...]

         Já havia anoitecido e eu não tinha nada pra fazer, então resolvi andar por Alexandria.

-Noite bonita, não?-diz uma voz atrás de mim. Leon.

-Sim...-digo. -E a Allison? Está melhor?- digo e ele sorri.

-Sim... Estamos namorando.

-Parabéns.-digo e ele ri.

          Estávamos conversando, até que sinto braços envolverem minha cintura.

-Oi, Carl.-sussurro o apertando mais contra mim.

-Oi.-ele diz no meu ouvido, me fazendo arrepiar.

-Bom, vou indo.-diz Leon e sai dali.

-O que ele queria?- pergunta Carl com ciúmes.

-Nada. Só estávamos conversando. Ele está com a Allison.

-Hum. Assim para de dar em cima de você.-ele diz depositando um beijo no meu pescoço.

-Ele nunca deu em cima de mim.

-Tanto faz. Você é minha namorada. Só minha.

-Possessivo idiota. Não sou propriedade de ninguém.- digo o dando um beliscão. Carl da um gritinho.

-É, você não é mesmo. - ele disse e eu o dou um beijo. -Por que parou?- ele pergunta quando me separo dele.

-Hummm.

         Começo a arrasta-lo até minha casa. Entramos no meu quarto, e nos  jogamos na cama. Entrelaço minha mão na sua.

-Senti sua falta.-ele diz.

-Também senti a sua.- falo e abraço sua cintura. -Carl?

-Sim?

-Você falou com seu pai? Sobre a Holly?

-Er...-ele começa a coçar a nuca, nervoso.

-Carl... O que ele disse?

-Então...

-Não me esconda as coisas.-digo baixinho. Ele suspira.

-Meu pai não quer voltar mais lá. Diz que estamos nos arriscando demais.

       Suspiro e encaro o teto.

-Nem pense nisso.- diz Carl como se le-se meu pensamentos. -Você não vai atrás da Holly!

-Carl...

-Me prometa que não vai!
-Prometo que não vou.-digo cruzando os dedos. Carl vai me matar. Mas... Eu preciso tirar Holly de lá. É uma pessoa inocente. E eu não gostaria que deixassem alguém que amo para trás, como eu seria capaz de deixar alguém pra morrer?

𝙰𝚙𝚘𝚌𝚊𝚕𝚒𝚙𝚜𝚎 • 𝚃𝚆𝙳Onde histórias criam vida. Descubra agora