Capítulo 12 °

14.8K 1.2K 371
                                    

°° Dimitri °°

Não sei por que ouvir ela falar meu nome me deixou nervoso, só sei que precisei sair e Tony no meu pé, não ajuda nada. Liguei para a Tassála e nos encontraremos em sua casa, o melhor de ter alguém sempre atrás de você implorando uma chance para voltar, é saber que sempre que precisar de consolo, ela estará pronta para servir.

— Oi, amorzinho. — Tassála fala ao abrir a porta, começo a me arrepender de vir aqui só de escutar a voz dela. Ela está usando uma lingerie preta e um roupão rendado por cima, direto ao ponto.

Como será que a Breeze ficaria em um roupão? Logo me dou conta do que pensei e dou um tapa na cabeça, Dimitri foco. Não foi uma boa ter visto ela com os seios expostos, nada legal. Tassála fica me olhando sem entender. Passo por ela e sigo em direção ao sofá, a mulher me segue e se senta ao meu lado.

— Tudo bem? Parece estar péssimo, a sereia está dando trabalho? — Pergunta e a encaro, será que está tão visível assim?

— Estou ótimo. — Respondo, ela abre a boca para retrucar. — Eu estou ótimo, Tassála, discutir sentimentos não é minha praia, você sabe. — A mulher dá de ombros, e não parece irritada pelo meu tom áspero.

— Tudo bem, sentiu saudades? — Pergunta e reviro os olhos.

— Não, você sabe muito bem por que estou aqui. — Falo e ela ri, começando a trilhar meu peito com o dedo. Não é como se eu procurasse ela desde o término, mas me pareceu oportuno usar isso agora.

— Aí, curto, grosso e direto, como eu gosto. — Diz umedecendo os lábios e logo sorrindo bem aberto. — Gosto disso, você me trata assim, mas no fundo sabe que não vive sem mim. — Respiro fundo, não to afim de papo.

Deito Tassála no sofá e tiro o seu roupão a deixando apenas com sua lingerie preta. Não dou aviso e começo a beijá-la, uma das minhas mãos fica em sua cintura e a outra em sua nuca. Começo a descer em direção ao seio, mas paro antes do objetivo pelas imagens que começam a se formar em minha cabeça. " Dimitri....." Agora, a imagem ganha som e ouço a voz suave e inconfundível da sereia. O que está acontecendo? Por que estou pensando na sereia?

— O que houve? — Tassála pergunta quando me afasto, levantando do sofá e me sentindo um crápula. Sem ao menos saber o motivo, é como se estivesse traindo alguém e sequer namoro.

— Nada, eu... é, nada. — Não consigo me entender, por isso não consigo me explicar.

Apenas corro em direção a porta, batendo ela atrás de mim com força e deixando Tassála sem entender nada.

— Preciso beber. — Resmungo, torcendo para que isso me livre da sereia que tá tentando tomar o controle de minha cabeça, como fez com os outros.

Entro no carro e dou partida, seguindo em direção ao meu bar preferido, é de um amigo, acho que o fato dele fazer todas as bebidas na metade do preço para mim ajuda bastante o fato de gostar tanto desse bar.

O que está acontecendo comigo? Isso tá tudo muito confuso, não to sabendo lidar com o que está acontecendo. Certamente, isso tem a ver com o poder de persuasão que essas sereias devem ter, algo para atrair suas presas para depois matar.

Chego ao local, estaciono o carro e entro, sigo até a mesa mais afastada e chamo a garçonete. Ela vem sorrindo, balançando seus peitos enormes, quase pulando para fora da blusa, usando uma saia bem curta e os habituais patins. Por que, nem isso, consegue melhorar meu humor? Era uma visão agradável anteriormente. Peço a bebida de sempre e ela sai sorridente, reviro os olhos, tô com um humor de cão.

Breeze - Uma sereia em minha vida 15/12Onde histórias criam vida. Descubra agora