Capítulo 53 °

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°° Dimitri °°

Estou sentado no sofá, jogando um jogo que o Dylan joga, o fedelho me fez jogar e agora estou viciado. Quando a batalha começa a campainha toca.

- Merda. - Levanto irritado, ando em direção a porta e abro - Sim? - Continuo olhando a tela do celular, se eu desviar um segundo posso perder e não gosto disso, às vezes dá vontade de jogar o celular longe.

A pessoa que tocou a campainha, faz um pigarro e só assim, olho para cima, o celular cai de minha mão ao ver a cena. Fico boquiaberto com a situação da Breeze, o que houve? Está muito feio. Sua pele está branca demais, seu braço contém marcas de arranhão profundas, está saindo sangue, sua coxa também está machucada.

Quem é esse cara? Cadê o Dylan?

Me aproximo um pouco e ela parece até estar morta, uma coisa estranha ocorre dentro de mim, medo de perdê-la. Isso é muito errado.

- O que aconteceu?

- Ela foi atacada por um lobo, a encontrei na floresta antes que fosse exterminada e a trouxe até aqui. - Diz parecendo preocupado, mas a falta de emoção em seu rosto me faz ter uma breve noção de quem é.

- Aliás, quem é você e como sabe onde eu moro? - Questiono.

- Theo e eu sou um Caçador. - Como desconfiei. - Nós nos conhecemos a um tempo atrás. - Não lembro desse cara, nem um pouco. - Eu invadi sua casa, levei a sereia, atirei no seu cachorro, você foi atrás, me deu um soco e trouxe ela de volta. - Diz como se os fatos fossem me fazer lembrar.

Fiz isso? Quando? Não me recordo. Minha cabeça, estranhamente, começa a doer quando tento puxar isso.

- Você está doido, não lembro disso. Tem certeza que fui eu?

- A sereia é sua? - Assinto. - Isso é tão estranho. Os dois não se lembram. - Sussurra, mas consigo escutar.

Escuto um uivo bem alto, Theo vira o rosto na hora, parece saber exatamente de onde veio.

- Ela me seguiu. - Fala ainda olhando pro lado. - Acho que ela não sabe o que é trégua. - Limpo a garganta e ele me olha.

- Então, a sereia. - Aponto para ela e estendo o braço, ele se dá conta e passa ela para mim.

O corpo da sereia está mole, sua pele gelada e se sua respiração não estivesse presente, acharia que está morta. Quando abraço o corpo dela contra o meu, em forma de proteção, um sussurro escapa de seus lábios, me deixando mais tenso do que conhecer um caçador. Ela deveria me odiar, por que está sussurrando meu nome?

- Olha, não sei o que está acontecendo. - Levanto o olhar para ele quando volta a falar. - Mas, da última vez que te encontrei, você parecia realmente se importar com ela. A mordida do lobo é fatal em vocês, se você não tratar logo, ela vai morrer e realmente, não quero que isso aconteça com ela. Então, seja lá o que você tem contra ela, esqueça. Use os medicamentos que tem no escritório que era de seu pai. - Arregalo os olhos.

- Como?

- Nós não podemos entrar, mas isso não quer dizer que não sabemos da existência de vocês. Preciso ir agora. - Olho sem saber o que fazer.

- Por que atacaram ela? Para onde você vai? Você deve entender mais que eu sobre mordidas de lobo.

- Você tem uma sereia e eu tenho uma loba. - Outro uivo alto se faz presente, o homem parece bem animado.

Será que esse monstro está vindo para cá?

- Cada um tem o que merece.

- Verdade, nessa você deu sorte. - Fica de costas - Cuida bem dela, essa loba é uma mercenária, ou seja, tem alguém atrás dela. - Se vira rapidamente e aponta para a sereia. - Tome cuidado. - Grita após sair pelo portão.

Breeze - Uma sereia em minha vida 15/12Onde histórias criam vida. Descubra agora