Nove

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Zayn dirigi por mais ou menos meia hora. Meu celular não para se tocar nenhum segundo então o desligo, sei muito bem que é minha mãe toda preocupada. Zayn pressiona o dedos no volante ao ponto deles ficarem brancos.

– Aonde nós vamos? – falo um tom a baixo – Saímos da cidade? – Olho pela janela.

– Saímos – o ouço rir – Não estou sequestrando você ou algo do tipo.

– Eu não pensei nisso – abro um sorriso sem jeito.

– Obrigado por vim comigo – sua mão pousa na minha perna – Minha tia avó tinha razão. Eu deveria chamar você pra sair.

– Ela pediu isso? – o vejo concordar com a cabeça – Ela é realmente um amor.

– Poucas pessoa ali são boas – ele volta a fixar os olhos na estrada – Ela é uma.

– Mas para onde vamos?– volto a analisar a estrada pela janela.

– Uma festa – seu sorriso aparece de lado.

– Festa? – me inclino e me analiso – Estou de uniforme Zayn.

– Está linda – ele me olha e perco um pouco do ar – Sério sua roupa não vai importar.

Assim que vejo algumas luzes aparecendo me dou conta que estamos entrando na cidade vizinha, muito mais alegre e movimentada que a nossa. Meu sorriso se abre por um  instante. Assim que vejo uma casa noturna se aproximar olho pro Zayn animada.

– Zayn sou menor de idade lembra? – o olho visivelmente assustada.

– Lembro – ele estaciona o carro – Isso não é problema.

– Zayn... – espero ele abrir a porta – Espera.

Tiro a gravata e jogo na rua, tiro a blusa social de dentro da calça e enrolo na cintura. Zayn me analisa por uns segundos. Desfaço o coque e o puxo pela mão até a grande fila, no mesmo instante Zayn me puxa até a entrada ele fala algo pro segurança que rir e libera nossa entrada. Umas pessoas nos olham visivelmente com raiva. O lugar é completamente escuro, tem fumaça pra todo canto, não sei se artificial ou pelos cigarros acessos e tragados a todo momento. Zayn me guia pela cintura e olho ao redor, estamos bem no centro. Meu corpo se mexe com o ritmo da música. Nunca na minha vida pensei que estaria em uma festa dessa e ainda por cima me divertido. As mãos dele agora estão no meu quadril e me guia pra um lado e pro outro. Avisto umas pessoas entrando por uma cortina escura e isso me chama atenção.

– O que é aquilo? – quase grito no ouvido do Zayn pelo volume da música – O que eles fazem lá?

– Ali – ele vira nosso corpo até lá – É um estúdio de tatuagem.

– Sério? – olho mais uma vez – As pessoas realmente fazem tatuagem no meio da festa?

– Fazem – Ele levanta as mangas de um dos braços – Essa eu fiz aqui.

– Mentira – toco a tatuagem – Você é louco – Gargalho.

– Você deveria fazer uma – ele me puxa – Vem.

– Não – Recuo o passo – Você só pode está brincando.

– Não mesmo vem – ele insiste.

– Zayn isso é caro e... – ele me cala com um beijo rápido.

– Vem logo – ele me puxa mais uma vez.

Quando dou por mim já estou dentro da sala. Ele fala com uns caras e vejo um sair de lá de dentro com um plástico no braço. Ele fala que somos os próximos. Passando a cortina vejo uma cadeira tipo as de dentista.

– Faço se fizer uma – que condição idiota ele é todo tatuado – E se você for primeiro.

Sem mesmo me falar nada ele senta e tira o paletó depois abre a camisa social revelando sua vasta coleção de tatuagem e até mesmo um abdômen bem trabalho. Ele folhea um livro e aponta um desenho. No mesmo instante a máquina começa a soar e o tatuador começa os trabalhos. Por volta de depois uns 15 minutos está pronto, ele fez uma peça de xadrez próxima ao ombro. Assim que ele levanta me mostra por meio de uma atadura transparente. Ele me dá um selinho e então sento na cadeira.

– Então boneca aonde vai ser? – ele liga a  máquina.

– Eu pensei – levanto um pouco a blusa – Aqui.

– Pode doer um pouco – ele analisa minha feição.

– Eu aguento – ele me entrega o livro para escolher o desenho – Não precisa, já sei o que fazer.

– Já? – Zayn se aproxima.

– Uma faca – o olho e ele se assusta – Nao muito grande.

– Vamos lá – o tatuador começa.

– Você realmente tem certeza? – Zayn parece confuso.

– Tenho – pego sua mão – Vai significar pra mim.

O tatuador começa e sinto um pequeno incômodo. Na verdade dói mais do que imaginei. Aperto as mãos do Zayn a cada volta que ele pinta minha costela. O cheiro de nicotina também me deixa tonta. Zayn fica na minha altura é dá um beijo na minha testa. Por volta de uns 15 minutos enfim está pronta. Ele passa uma espécie de pomada e põe o adesivo. Ficou realmente linda, uma faca bem singela e pequena. Voltamos a pista de dança e curtimos mais um pouco. Depois de um tempo saímos. Andamos pela rua fria rindo alto, nem mesmo sei que horas são no momento.

– Me mostra – ele fala andando bem atrás de mim.

– Você já viu – olho seu rosto e sei que ele vai pedir novamente – Aqui – levanto um pouco a blusa.

– Por que a faca? – ele se aproxima e toca a tatuagem por cima do plástico – Está maravilhosa.

– Essa faça significa que a partir de hoje eu nunca mais irei me cortar – passo meus braços pelo seu pescoço.

– Gostei disso – seus lábios tocam os meus – Temos que ir ou vão achar que sequestrei você – Ele segura minha mão e me guia.

❤❤❤

Apenas por querer| ZOnde histórias criam vida. Descubra agora