Vinte e quatro

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Me contorço no banco do carro quando sinto seus dedos dentro de mim. Estranhamente eu já estava preparada pra ter eles pois meu corpo reage a cada toque. Fecho os olhos com a sensação soltando timidamente longos suspiro. Seu polegar brinca com meu clitóris é uma tortura realmente. Isso foi tão rápido que nem tive como dizer não mesmo sabendo que eu diria sim involuntariamente. Os carros passam ao nosso lado e ele ainda está em movimento. Ouço seus suspiros não tão fortes como os meus e meu corpo procura mais uma vez seus dedos. Relaxo em suas mãos e tombo meu corpo no banco do carro.

– Za... Zayn... – estou realmente sem fôlego.

– Xiu... Apenas sinta – sua voz rouca me desperta.

É o fim, um orgasmo forte me atingi. Meu corpo tem ondas de tremor e calor  nele. Solto um grito agudo e relaxo outra vez. Ele sai de mim e ainda sinto como se estivesse. Isso foi sujo, faço coisas com o Zayn que nunca pensei que faria com ninguém ainda mais nessas circunstâncias. A polícia está atrás da gente e olha só o que estou fazendo? Ele tem uma arma do banco de trás e traficava no entanto estou aqui completamente entregue a ele. Arrumo minhas roupas e tento não o olhar. Meu rosto queima e posso apostar o quão corada estou.

– Tina... – ouço seu suspiro – Você é coisa mais importante que tenho em minha vida. Por favor não se esqueça nunca disso, tudo bem?

– Eu amo você! – pressiono sua perna e deposito um beijo no seu rosto.

Envolvo meus braços no seu dando espaço para ele poder dirigir. A chuva caí lá fora mas o que realmente me importa é estar aqui. Sou completamente viciada no seu perfume e até mesmo em como seu corpo se mexe ao respirar. Gosto quando ele abre a boca e canta as músicas da rádio de um jeito tão calmo. Até sua voz me encanta. Ele não é o cara mais certo do mundo mas é o que amo. Está longe de ser um "cara normal" mas é o meu cara. Ele é algo que nem mesmo pensei em ter um dia. Me faz feliz com coisas simples. Não sei bem aonde estamos mas a vista da chuva batendo lá fora no asfalto me faz bem. O carro está frio e tento de todas as formas ficar quente. Me afasto do Zayn e ele me dá sua jaqueta posiciono ela no colo e encosto minha cabeça na janela. Meus olhos fecham devagar e logo estou adormecendo.

(...)

Sinto quando o carro para, olho em volta e vejo que estamos em um estacionamento aberto. Logo a frente tem uma placa o que me faz perceber que estamos em uma lanchonete. Zayn saí e abre a porta pra mim. Ponho um pé para fora e ele me guia passando o braço pelo meu pescoço. Cruzo os braços escondendo as ataduras e entramos no lugar. Há poucas pessoas ali. Sentamos em uma mesa mais afastada aonde a visão parcial da lanchonete é possível. A nossa frente em uma mesa tem uma senhora com os dois filhos que se lambuzam com batatas fritas regadas a ketchup. Zayn senta a minha frente impedindo a minha visão da senhora e os filhos. Observo seu rosto atentamente, as olheiras estão evidentes no seu rosto. Observo seu olhar pesado quando fecha os olhos lentamente me fazendo invejar seu olhar penetrante e cílios volumosos. Sua boca fina e rosada me fazem arrepiar. Me assusto quando a garçonete chega e me oferece um cardápio surrado. Peço um hambúrguer e refrigerante e o Zayn o mesmo. Ele movimenta as pernas a todo momento chacoalhando discretamente a mesa em baixo de nos. Entrelaço minha perna na sua e ele abre um sorriso sereno. Zayn começa a me falar da sua experiência como atendente de lanchonete quando nossos lanches chegam. Ao movimentar sua cabeça para lá e para cá observo a senhora a minha frente me analisar e comentar algo com o filho mais velho o mostrando o celular e ele concorda com a cabeça. Zayn ainda continua e eu peço licença para ir ao banheiro. Passo pela senhora da mesa e minhas dúvidas são esclarecidas quando vejo no ecrã do seu celular uma foto minha que é fechada rapidamente pelo meu olhar desconfiado. Vou até o banheiro e começo a ficar nervosa. Ela me reconheceu e precisamos sair daqui. Ao  voltar vejo ela comentando algo com um funcionário que vem até mim. Acelero o passo e chego até o Zayn.

– Precisamos sair daqui eles me reconheceram – puxo seu braço.

Zayn olha para trás e vê a senhora chamando os filhos e o olhando assustada. Dois funcionários agora se aproximam e um puxo meu braço fazendo doer e o empurro. Zayn me puxa para trás dele e encara os dois.

– A polícia está vindo tudo bem querida – a senhora diz.

– O que? – falo surpresa.

– Eu realmente não estou afim de fazer isso – Zayn encara os dois funcionários.

– Largue ela! – um deles fala.

Tarde demais ouvimos sirenes distantes e apenas noto o movimento rápido do Zayn depositando um soco no rosto de um deles.

Oiiiii. Gente comecei uma fic larry está no meu perfil leiam "rádio system" obrigada!

Apenas por querer| ZOnde histórias criam vida. Descubra agora