Faz meia hora que estamos no carro indo para um lugar que nem mesmo sei qual é. Dormi uns 10 minutos mas logo acordei pela dor de está sentada. Zayn me olha por diversas vezes e já me perguntou umas 40 se estou bem. Afirmo todas as vezes. O que mais me incomoda é vê que a noite caiu e as ligações perdidas da minha mãe se acumulando no celular. Se ele já não chamou a polícia eu mudo de nome. Estamos em uma viela, escura, medonha. Pelas escadas de emergência das casas têm roupas postas, vasos de plantas. O som de grilos e cachorros latindo pelo movimento do carro me dá um certo arrepio. Se o Zayn não estivesse aqui eu já tinha corrido de medo absoluto. Vejo uma placa distante escrito "motel" piscando. Ele me olha mais uma vez e deposito meu rosto contra a janela do carro. Zayn me manda esperar no carro e entra no lugar. Analiso ao redor e o arrepio percorre meu corpo. Meu celular vibra mais uma vez e o nome da minha mãe junto a uma foto nossa aparece. Posiciono o celular para atender mas a porta é aberta rapidamente e o Zayn puxa meu celular das mãos.
– O que acha que está fazendo? – seus olhos estão arregalados.
– Eu... Preciso falar com a minha mãe – O nervoso na minha voz é evidente.
– Não – Zayn me puxa e me faz levantar do carro e sinto uma dor insuportável pelo sexo que fizemos – Agora não...
Solto meus braços dele e entro no bendito lugar. Zayn carrega as nossas mochilas enquanto subimos a velha escada de madeira. Entramos no quarto e vejo uma luz vermelha piscar. A janela do quarto está posicionada logo atrás da placa de sinalização do lugar. Cruzo os braços e olho em volta. É tudo simples mas bem arrumado. Ao lado da janela dois passos está a cama de casal. Um fino lençol branco sobrepõe a cama que logo atrás da cabeceira tem duas almofadas presas entre ela e a parede. Pra que serve isso? Zayn observa para onde estou olhando e põe as mãos no bolso soltando uma gargalhada baixa. Ao lado da cama tem uma mesa baixa com um abajur velho de ferro esverdeado. A nossa frente uma cômoda com 4 gavetas. Ao lado uma mesa redonda de vidro e três cadeiras, uma já ocupada por nossas mochilas. E frente a cama uma porta que suponho ser do banheiro.
– Esta chateada? – sua voz soa atrás de mim e dou um passo a frente.
– Sim! Estou bem chateada – falo baixo e viro até ele.
– Tatiana... – o reprimo com o olhar – Tina... Me entenda! O celular pode está grampeado!
– Eu preciso tomar banho – o olho.
– Claro! Eu vou atrás de toalhas – ele saí.
Vou até sua mochila e a reviro. Droga ele levou meu celular com ele! Sento na cama e observo o lugar. Pancadas na parede me assustam mas logo me dou conta do que seria. Estou em um motel! Essas coisas acontecem. Zayn entra com uma toalha e pego da sua mão ele faz menção em me puxar para ele mas recuo. Entro no banheiro e tranco a porta. Abro o armário e única coisa que acho são escovas de dentes, camisinhas e lubrificantes. Pego uma das escovas e abro. Ponho pasta que tinha em um pequeno tubo e escovo meus dentes. Viro o cabo da escova e enfio garganta a dentro. Logo o enjôo surge e me agacho rapidamente até o vaso sanitário e vomito todo o suco gástrico que meu organismo possuía. Derrubo umas lágrimas junto e entro no boxe do banheiro. Meu corpo tem cortes por todas as partes e junto roxos. A água quente percorre lentamente enquanto penso na minha mãe. Eu preciso falar com ela, meu pai e até mesmo meu avô por mais que eu saiba que ele não responde. Saio do banho e vejo o quarto vazio. Corro até a porta e observo que está trancada. Droga Zayn! Em cima da cama tem uma blusa que suponho ser do Zayn e uma cueca sua boxer. Enxugo meu corpo e passo a camisa pelo corpo juntamente com a cueca. Estou com frio e meio desorientada. A fraqueza me domina. Me enfio por entre o lençol da cama e acabo adormecendo.
(...)
Acordo com um peso nas minhas pernas. Zayn está com o braço acima de mim e me prende com suas duas pernas. Meus corpo sua e tento me afastar sem o acordar.
– Bom dia... – sua voz rouca soa no meu ouvido.
– Bom dia – Digo fraca.
– Vou pedir algo para comermos – ele levanta e observo que ele dormiu apenas de cueca ao meu lado – Tina?
– Claro pode pedir – volto a si.
– Já volto – ele entra no banheiro.
Vou mais uma vez até a porta e está novamente trancada. Ouço o barulho de água cair. Ando nas pontas do pé e abro sua mochila. Meu celular está ali! Está desligado e tento o ligar. Ele não liga deve está sem bateria. Ponho ele no mesmo lugar e volto até a cama. Zayn aparece novamente e me olha em seguida olha para sua mochila.
– Precisamos comprar um sutiã para você – ele me olha fixo.
– Sim – estou visivelmente nervosa.
Mal tinha percebido o quão sexy ele está apenas com uma toalha no seu tronco e gotas de água correndo pelo seu corpo. Estou invejando a água? Meus olhos percorrem suas tatuagens e param justo em um coração acima do cós da toalha.
– Fiz com 14 anos não me culpe – ele rir.
É estranho! Desde que transamos mal nos falamos. Eu simplesmente não consigo abrir minha boca. Ele começa a se arrumar e ouço batidas na porta. Zayn já está totalmente vestido e me pede para ficar em silêncio. Ele pega a arma da mochila e estremeço. Zayn olha pelo olho mágico e solta a arma ao lado do corpo. Ele abre a porta e me escondo atrás dele.
– Andrew? – falo perplexa.
Inspiração aflorou 🌸🌸
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Apenas por querer| Z
FanfictionO mais complexo dos sentimentos bate na porta de Tina Roods, parece paranóia...fantasia? Ou realmente acontece! Zayn pode ser tão estúpido como ela supõe mas é esse estúpido garoto que a tira do mais amargo dos sentimentos. O ódio de si mesma! Tina...