Apenas por querer| Z

Trinta e um

Meu pé bate no chão do carro a todo momento. Estou nervosa por algum motivo. Zayn canta alguma música da rádio enquanto eu olho pela janela.

– Para onde vamos? – falo baixo.

Ele nem mesmo me responde e volta a cantar. Desligo a rádio e ele me encara com um sorriso de lado.

– Perguntei aonde vamos! – me controlo para não elevar a voz.

– A um lugar – sua voz saí rouca.

– Qual lugar? – o análiso.

– Meu apartamento – ele sorrir e me controlo para não fazer o mesmo.

– Eu não posso demorar – cruzo os braços.

Zayn volta a dirigir e perde a atenção em cima de mim. O olho e agora vejo suas diferenças. Muitas mais tatuagens, suas roupas estão bem diferentes. Observo que ele me olha e volto para a janela.

– O que foi? – ele me olha.

– Nada – retiro meu olhar do seu corpo.

– Fiz 10 tatuagens novas.... – ele me encara – Seu olhar curioso continua o mesmo.

Não respondo ele e volto a encarar a janela. Meu celular toca novamente e vejo o nome do Andrew aparecer. Mando uma mensagem falando que estou bem e irei demorar. Lembro que tenho que trabalhar daqui a duas horas. Zayn para o carro bruscamente e desce do carro. Arrumo minha bolsa ao lado e desço. Estamos em frente à uma viela. E então subimos as escadas de ferro. O cheiro de umidade afeta minha respiração e solto leves espirros. Subimos até o último andar e encaro a única porta do corredor. Zayn tira um molho de chaves do bolso e abre a porta me fazendo menção para entrar. O lugar é pequeno, nada mais que uma sala grande com uma cama de casal. Mesas pela lateral e desenhos devidamente suspensos em uma parede, perto da porta ainda tem um lugar para poltrona e ao lado das janelas de vidro uma porta. Os desenhos giram com a entrada rápida de ar, são desenhos em cores quentes um pouco assustadores. A porta bate e me tira do transe.

– Gostou? – sua voz fala próxima e dou dois passos para frente me afastando.

– Vá logo ao assunto – cruzo os braços.

– Andrew me procurou ontem – Zayn senta no braço do sofá.

– Ele estava desolado – sento no sofá ficando próximo a ele.

– Ele te contou não é mesmo? – seus olhos parecem perdidos.

– Sim – olho para as pontas dos meus pés – Você não devia ter passado por isso.

– Mas passei... – ele não me olha.

– Você esteve aqui esse tempo todo? – meus olhos correm pelo lugar.

– Sim – ele levanta e pega uma garrafa de conhaque de cima da mesa.

– Com que dinheiro?– me dou conta do que falei – Quer dizer...

– Não roubei ninguém, não trafiquei nem nada – ele toma a bebida.

– Eu não quis falar isso – volto a cruzar os braços.

– Tudo bem – ele me olha e ficamos em silêncio.

– Eu... – falamos juntos.

– Droga! – Zayn me encara – Eu não consigo pensar em outra coisa a não ser comer você.

– Zayn! – o repreendo.

– Desculpa.– ele volta a sentar no braço do sofá.

– Viemos conversar seriamente – lhe dou um tapa leve.

– Mas é muito sério – ele rir.

Zayn solta uma gargalhada alta que me faz fazer o mesmo. Estamos os dois rindo e eu nem mesmo sei o motivo. É o melhor som que com certeza já ouvi. Encaro como seus olhos se fecham o suas mãos se apertam quando ele ainda continua rindo. Fico séria e como um impulso me jogo no seu corpo. Seus olhos me encaram surpresos e o beijo. Minhas mãos se posicionam aos lados do seu rosto e tocam sua barba rala. O cheiro de loção masculina e gotas de conhaque faz meu corpo chamejar. Ele me ergue e passo minhas pernas pelo seu corpo. Nosso beijo não sessa mesmo com nossos corpos em movimento. Sinto meu corpo bater no colchão e seu peso em cima de mim. Não sei bem o que estou fazendo, não sei como isso pode ainda acontecer. Seu cheiro, seu toque. Ondas de vibração percorrem pelo meu corpo. Sinto meu corpo latejar. Abro seus botões da jaqueta e separo nossos lábios. E vejo seus olhos me encarar. Zayn se livra da sua jaqueta e tento me livrar das minhas roupas. É tudo rápido demais. Não estamos pensando em nada. Suas mãos geladas tocam em meus seios quentes me fazendo entrar em combustão. Mal senti quando já estava sem minhas roupas. O corpo do Zayn está quase coberto de tatuagens, seus cabelos estão maiores e posso apostar que seus músculos estão mais rígidos.

– Sempre pronta – sua voz saí rouca e sinto ele penetrar seus dedos habilidosos em mim – Goze... Diga meu nome.

Tento me controlar mas se torna impossível com o vai e vem. Meu corpo tremuleja. Isso é um absurdo de tão bom! Zayn para e me encara. Jogo seu corpo para o lado e calvago no seu colo. Em um movimento rápido ele está dentro de mim. O peso do meu corpo por toda sua extensão me faz querer gritar. Gotas de suor rolam pela nossa testa. Meus olhos estão quase fundidos nos seus. Sinto um líquido quente correr por dentro de mim. A essa altura saber se tomei minhas pílulas na noite anterior pouco me importa. Chegamos quase juntos a um orgasmo fabuloso. Meu corpo parece imatizado pelo dele. Abraço seu corpo suado e tento entender tudo que acabei de fazer.

– Eu te amo – é a única coisa que ainda consigo falar.

❤🔛