Quinze

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– Meu celular tocou? – visto a camisa e saio do banheiro.

– Não... – Lucy levanta da cama – Estarei lá em baixo.

Lucy me dá um selinho melado e saí do quarto. Ela é gostosa mas sempre está em cima. Ela me faz esquecer das coisas quando estou bem estressado. A festa rola na parte de baixo da casa do Andrew enquanto fecho o zíper da calça. Meu celular não tem nenhuma chamada e jurei que ele tinha tocado. Ao sentar na cama analiso minha feição frente ao espelho. Ao lado do mesmo tem uma marca de batom que a vadia da Lucy deixou depois de lhe dar um orgasmos maravilhoso frente a ele. Na verdade esse ambiente nem mesmo combina comigo, música alta, sexo com qualquer uma. Preciso tirar a única pessoa que está na minha cabeça agora. Tina! É preciso. Depois de ter saído da escola mais cedo logo após a briga com o Josh fui para casa. Tomei um bom banho quente, a campainha tocou e vê a mãe da Tina na minha frente com toda a certeza me assustou mais que qualquer coisa.

Mais cedo...

Posso entrar? – seu olhar sereno me encara.

– Claro que sim – abro a porta e permito sua entrada – Quer beber algo?

– Não! Vou logo ao assunto – ela nem mesmo senta no sofá – Sei o que está fazendo com a minha filha. Seja o que for que ainda esteja pensado em fazer mais quero que saiba que ela tem pai e mãe. Minha filha é uma menina incrível. Eu sei que tipo de garota você anda e que tipo acha que ela é. Se você realmente gosta dela um pouco... se afaste agora antes que queira fazer isso mais tarde quando ela estiver extremamente apegada – ela se aproxima – Se você não é má pessoa deixa-a viver sem sua presença.

– Você acha que conhece sua filha não é mesmo? – começo a falar tudo que vem na minha mente – Então você sabe o que ela passa? Por acaso você nunca se perguntou por que sua filha vive presa dentro de casa ou por que vive de  blusa de frio?

– Do que está falando? – seus olhos se perdem.

– Ela se corta! E por mais que fale que ela não faz mais isso posso apostar que ainda faz – não acredito no que acabei de falar, Tina vai me odiar – Sua filha vive no mesmo teto que você é nem mesmo percebeu essas coisas?

– Você é um moleque soberbo – ela pressiona a bolsa de baixo do braço – Sei muito bem que tipinho você é! Não se aproxime da minha filha ou não respondo por mim.

(...)

– E aí como foi a Lucy? – Andrew me dá um corpo vermelho com vodka assim que desço as escadas.

– O de sempre – olho a multidão de pessoas – Quantas pessoas você convidou?

– A escola inteira – ele gargalha – até mesmo sua estranha preferida.

– Tina? – quase rasgo o copo de papel ao pressionar fortemente.

– Você acredita que ela estava chorando? – ele parece sério – o que você fez?

– Tenho que ir... – solto o copo em cima do balcão.

– Ah qual é Zayn? – sua voz saí alta.

– Eu esqueci... – tento achar uma boa desculpa – Esqueci que minha mãe vai me ligar hoje e se ela ouvir esse barulho todo já viu.

Mal espero a resposta do Andrew e já atravesso o amontoado de pessoas. Umas meninas praticamente se jogam em mim mas as afasto. Só de imaginar aqueles olhos lagrimando por mim já faz eu me odiar. Entro no carro e jogo minha cabeça contra o volante. Pego meu celular rapidamente e ligo para a Tina. Ela não atende! droga! Ligo o carro e logo estou em casa. Me jogo contra a cama e ligo mais uma vez para ela. Ela volta a não me atender. O que foi que fiz? Eu não sou aquilo tudo que a mãe dela falou que eu seria. Posso até ter sido no passado. Mas com a Tina é completamente diferente. Quando estou com ela quero ser exclusivamente dela. Não importa o que digam eu não devia me afastar. Não sei por qual motivo mas só umas horas me imaginando distante dela me assusta.

(...)

Olho para o meu armário e tento achar meu livro de literatura. Tive uma noite horrivel. Ao olhar para a porta da escola vejo a Tina quase correndo até mim, ela se aproxima e me dá um empurrão que imagino ser com a sua maior força mas apenas dou dois três passos para trás.

– Como você pôde Zayn? – análiso seus olhos vermelhos – Como pode ter contado isso pra minha mãe? Eu confiei em você!

Umas pessoas analisam a cena. Aquela... Ela não podia ter contado!

Mais um capítulo 🌸🌸🌸

Apenas por querer| ZOnde histórias criam vida. Descubra agora