Vinte e três

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Meu corpo dói acima do normal. Tento abrir os olhos mas parece impossível. Um som me desperta.

– Zayn? – o observo comendo algo.

– Você acordou! Me deixou preocupado! – ele larga o que estava comendo e vem até mim – Está se sentindo bem? Por que fez isso? Eu fiquei...

– Ei! Calma! – o interrompi.

– Calma? Você estava sangrando tanto Tina! Você não tem ideia! Você ia... – ele parece bem nervoso.

– Eu estou bem agora Zayn! – tento gritar.

– Você... Nunca mais faça isso entendeu? Nunca mais! – uma das suas mãos segura meu pescoço.

– Entendi! – meus olhos ser perdem nos dele.

Não tinha parado para perceber aonde estou mas me dei conta agora que estou em um hospital! Olho novamente ao redor e vejo nossas mochilas em uma cadeira de ferro meio danificada e cortinas de divisão pela lateral da cama. Assim que olho para uma ela se abre fazendo o Zayn se afastar e soltar um suspiro.

– Olá Diana! – uma enfermeira fala. Ela está me confundindo com alguém.

– Eu não... – Zayn me interrompe.

– Ela acordou a pouco tempo – ele fala nervoso.

– Ahhh já trago algo para sua irmã comer! – ela saí.

– Irmã? – ergo as sombrancelhas.

– A polícia está atrás da gente lembra? – ele olha através do transparente das cortinas.

– Atrás de você! – falo um tom acima.

– Que seja! Você é minha irmã e estamos em uma viagem isso que aconteceu foi um acidente entendeu? – ele parece bem mais nervoso.

– Ah sim claro. Eu simplesmente caí em cima de giletes que cortaram meus pulsos é isso? – cruzo os braços e agora percebo as grandes ataduras nos meus pulsos.

– Tina por favor! – seu tom fica baixo.

– Como queira Zayn! – afundo minha cabeça no travesseiro.

– Estou fazendo isso por... – as cortinas se abrem e a enfermeira entra.

– Bom! Aqui está sua comida. Espero que goste... Mais tarde sua alta vai ser assinada – ela me dá um sorriso acolhedor.

– Muito obrigada! – pego uma bandeira de pães.

– obrigado – Zayn fala e abre as cortinas para ela.

Começo a comer tudo, eu realmente estava morta de fome. Como rapidamente e olho em volta. Zayn anda de um lado para o outro me causando uma certa preocupação.

– O que houve? – o olho apreensiva.

– Só estou preocupado – ele põe as mãos no bolso e me encara.

– Com o que? – como o último pão da bandeja.

– Como você... – ele suspira – Com tudo isso!

– Eu também estou Zayn! Tudo isso é  tão... Surreal? – volto a me encolher na cama.

– É! Surreal mas é o que estamos vivendo – ele volta a sentar na cadeira e olha para o lado de fora pela pequena janela.

– Uma hora teremos que parar não acha? – tento me sentar para o olhar melhor.

– Eu tenho medo Tina! – seus olhos se perdem na vista lá fora.

– Estou com você! – isso chama a sua atenção e ele me encara.

– Até quando? – isso me tira a fala.

O analiso por minutos e volto a me deitar na cama. Mais uma vez estamos sem assunto. Eu e ele somos completos estranhos todas as vezes que aprofundamos a conversa. Parece que nosso assunto vai até a parte do que sentimos um pelo outro, em questão ao futuro isso é totalmente desconhecido pelos dois. Zayn assina a ocorrência do hospital e logo tenho alta, visto um moletom duplo e sapatilhas que ele me arrumou ele carrega as nossas mochilas e saímos do quarto. Andamos pelos corredores do hospital atrás de um saída. Zayn vai a minha frente e recua o passo me fazendo esbarrar na sua costa rígida. Ele puxa meu braço sem nenhuma delicadeza e me arrasta para dentro de uma sala. Ele tapa minha boca e fecha a porta. Ouço vozes lá fora! Eles estão falando meu nome. Meu nome de verdade! Tatiana Roods. Ao observa pela pequena fresta que ele abriu na porta vejo políciais e a enfermeira que a pouco tempo me atendeu. Zayn solta minha boca e respiro aliviada. Dou dois passos a frente disposta a correr até eles mas algo me prende. Ele não me prende, está apena imóvel atrás de mim me dando liberdade para correr. Seu peitoral toca minha nuca. E desse jeito ouço seu coração que mesmo com a distância posso perceber que bate forte. Eu nunca o deixaria assim. Dou mais dois passos para trás e viro para ele o depositando o forte abraço. Ele realmente não esperava e cambaleia pelo meu peso exagerado até encostar em uma cama. Sem pensar duas vezes minha boca encontra a sua. Minhas unhas quase arrancam vestígios da sua pele dos braços. Nossas línguas travam uma lenta e quente batalha. Zayn puxa minha nuca e me afasta dele.

– Apesar da vontade absurda de comer você agora a polícia está aí fora e precisamos sair daqui – ele me afasta pela cintura.

– Certo – ouvir isso me faz ruborizar e as bochechas queimarem.

Zayn caminha pelo quarto vazio e aponta para a janela. Passo meu corpo e quase desmaio ao observa que estamos no segundo andar do hospital. Ele vem logo atrás e caminha comigo pelo parapeito do lugar. O vejo pular e cair meio desorientado na parte de gramado lá em baixo. Penso duas vezes no que vou fazer até ouvir o click da porta atrás de mim. Sem pensar duas vezes me jogo e caio exatamente em cima dele. Nossos corpos se chocam em um violência que mesmo em pé o Zayn caí, seria cômico em outras ocasiões. Rapidamente nos levantamos e corremos até seu carro estacionado logo ali. Ele joga nossas mochilas e acelera com o carro. Observo a vista um pouco receiosa depois de meia hora de viagem.

– Você está tensa – Zayn desvia o olhar da estrada e me analisa – Tem que relaxar.

– Não consigo relaxar – o olho.

– Mas eu sim – uma das suas mãos sai do volante e se posiciona no cos da minha calça.

Não sei o que falar muito menos como agir apenas tiro meu cinto de segurança e lhe dou espaço. Que comece a tortura!

Olha quem voltou? Isso mesmo o Douglas hahah mentira sou eu msm 👽

Apenas por querer| ZOnde histórias criam vida. Descubra agora