Apenas por querer| Z

Trinta e quatro

Eu não sei bem como começar um assunto. Estamos nós quatro em volta de uma mesa e tento ainda entender o que foi a reação da minha mãe. Zayn me acalmou dizendo que ele mereceu isso. Meu pai o cumprimentou de um jeito melhor. Apenas lhe estendeu a mão de um jeito promíscuo.

– Então Zayn! No que está trabalhando ? – minha mãe o encara com um visível sorriso falso.

– Eu... Eu no momento com nada – Zayn me encara.

– Mas olha que ótimo – ela larga os talheres no prato.

– Mãe! – a advirto.

– O que uma mãe poderia pedir mais para sua filha não é mesmo? – ele levanta.

– Não faça isso! – a olho de lado.

– O que você tem na cabeça Tina? Hein!

– Mãe! – falo baixo mais uma vez.

– Acho melhor eu ir – Zayn levanta.

– Você senta aí agora! – aponto para ele.

– Acho melhor sentar essas duas bravas é um risco – meu pai fala sereno e ele volta a sentar.

– Eu também não tenho mais emprego mamãe – levanto e jogo meus talheres desordenados no prato.

– Como assim? – ela me olha inóspita.

– Perdi meu emprego – seguro uma lágrima – Satisfeita?

– Afinal o que veio fazer aqui? Me enfrentar? – seu tom de voz saí baixo.

– Eu vim dizer que estou feliz mãe! – dou espaço para minhas lágrimas – Feliz como nunca estive!

– Não vejo como você pode estar feliz Tina!

– Mas estou! Por favor esteja comigo! – volto a me sentar e vejo os olhos do Zayn em cima de mim.

– Eu não posso concordar com isso Tina – ela chora. Eu odeio isso! Por que tem que ser assim sempre?

– Não depende de você. Mas eu ficaria muito mais feliz se compreendesse isso.

Levanto da mesa e pego minhas coisas. Sinto quando Zayn pega meu braço e me puxa para um abraço ali mesmo na sala. Puxo seu corpo e saímos dali. Meus pés batem forte pelos cascalhos da entrada. Meu pai aparece na frente de casa e me dá um tchau rápido. Entro no carro e ligo a rádio ouvindo 30 seconds to mars no último volume. Zayn não fala comigo mas encara meus olhos vez ou outra. Estamos saindo da cidade mais uma vez. Serro os punhos mais uma vez por pensar que teve que ser assim. Preciso da minha casa, ou seja lá que aquele apartamento se tornou. Andrew e eu ainda não conversamos sobre o que fazer daqui pra frente. A essa altura acho que dividir apartamento com ele foi realmente um erro enorme. Sinto o Zayn tocar minhas pernas e pressionar por cima das minhas meias finas. Nem sei se fiz a digestão da comida mas tenho fome. Em pensar que poderia ter ficado ali e comido o pudim de chocolate da minha mãe e um ambiente confortável conversando como pessoas civilizadas me faz ter ainda mais raiva.

– Eu disse que não foi uma boa ideia– Zayn finalmente fala algo.

– Eu sei – olho pela janela.

– Está com raiva de quem especificamente? – ele me encara com um sorriso forçado no rosto.

– No momento? Sinto raiva de mim – ergo minhas pernas e as abraço.

– Talvez eu não devesse ter voltado – ele diz com uma voz baixa.

– Tá brincando? Você é a melhor coisa que já me aconteceu – abro um sorriso pleno.

– Será? – seus olhos brilhantes me fazem perceber que ele quer chorar.

– Sim! Você é! – tiro meu sinto e aperto suas pernas.

– Tina– ele suspira – estou dirigindo.

– Eu sei – mordo sua orelha.

– Eu não vou aguentar mais uma provocação – ele encara a estrada.

– Eu também sei – me ergo mais ficando mais próxima a ele.

– O que está fazendo? – seus olhos me encaram e logo depois volta a atenção para estrada.

– Eu? – sento no seu colo apenas deixando espaço para ele dirigir – Me aproveitando de você.

– Tina pelo o amor de Deus! – ele morde aonde sua boca encontra meu corpo.

Em um movimento rápido tiro minha blusa. Sento e rebolo no seu colo e vejo as laterais do seus olhos vermelhos de desejo. Mordo sua orelha e sinto sua ereção abaixo das minha saia. Suas mãos se soltam do volante e faz com que minha saia fiquei inteira para cima, ele rasga minha meia calça fazendo os fios se prenderem na sua roupa. Suas mãos voltam ao volante e eu mesma afasto minha calcinha para o lado constatando que ela já se encontra encharcada. O cós da sua calça encontra minha parte intima me fazendo suspirar. Me livro do seu cinto e puxo suas calças lentamente para baixo. Zayn me entrega um pacote de camisinha e me solta todo tipo de xingamento por está fazendo isso nesse momento mas sei que ele está gostando. Ponho a camisinha por toda sua extensão soltando movimentos desnorteados. Tiro meu sutiã sentindo o inchado dos meus seios. Zayn solta uma das mãos do volante e abre meus lábios de baixo com o polegar me fazendo sentir ondas de calor. Meu corpo se ergue rapidamente e o sinto completo por dentro de mim. Fecho os olhos e começo a fazer movimentos para cima e para baixo. Nossos corpos estão quase se fundindo. Continuo os movimentos rapidamente querendo saciar qualquer tipo de desejo.

– Goze para mim baby – ele diz com a voz rouca.

Dito e feito, assim faço em seguida sinto o melhor orgasmo da minha vida. Contínuo os movimentos mesmo sem força esperando que ele também sinta o mesmo. O carro faz um rápido zig zag na pista deserta e vejo ele fechar os olhos. Seguro o volante rapidamente pensando em um acidente que poderia ser causado por estamos transado a km por hora. Saio de cima dele sentindo um vazio e ele volta a se concentrar na estrada. Procuro minhas roupas e ele arruma as dele soltando um sorriso perverso. Ele joga a camisinha pela janela e lhe dou um tapa por fazer isso. Coloco o cinto e ele faz o mesmo me falando que devemos repetir isso mais vezes.

– Eu te... – seguro seu braço.

Tudo foi rápido demais. O impacto no carro foi forte. A lataria capota várias e várias vezes pelo asfalto. Não vejo muito bem mas estamos de ponta cabeça no carro. O rosto do Zayn está ensanguentado. Meu corpo dói. Tateio o teto do carro e tento me livrar do cinto. Ouço alguém se aproximar do carro e assim que me movo ela percebe que alguém está vivo e corre até seu carro o ligando e saindo dali. Grito pelo Zayn diversas vezes e logo não tenho mais forças para falar nada.

Esse foi o penúltimo capítulo. Isso mesmo ❤