Dezenove

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– Me solta por favor – choro novamente.

– Para Tina – ele segura minhas mãos com força.

– Não me machuca – tento me mover a qualquer custo.

– O que? – ele abre um sorriso – Eu nunca faria isso Tina. Eu amo você!

"Eu amo você" ele acabou de falar que me ama? Foi isso mesmo que ouvi? Minha respiração está desregulada e meu peito sobe e desce pelo cansaço. Zayn se afasta.

– O que vai fazer comigo? – desabo no chão pela corrida cansativa.

– Só vamos esperar – ele faz o mesmo e senta com a costa para a árvore a minha frente – Eles sempre resolvem essa merda.

– Você pode me explicar... – as lágrimas rolam pelo meu rosto – Por favor.

– Tina isso é bem mais complicado que imagina – ele sussura.

– Já é complicado o bastante – sinto meu braço arder – Me leve para casa eu preciso arrumar isso. – aponto pro meu braço que possuí uma mancha roxa.

– Eles se envolvem com coisas muito fodidas – Zayn começa a falar depois de ter refletido um bom tempo – Drogas!

– Eles são traficantes? Como sua mãe deixou você morar com eles? – fico de pé.

– Ela não deixou... – seus olhos se perdem.

– O que mais você me esconde?– sinto gotas de água cairem.

– Eu... Saí da minha cidade pois estava envolvido em coisas bem ruins. Meu pai me expulsou de casa e Melissa me ofereceu abrigo. Não me pergunte o por que. No começo eles me tratavam como filhos mas soube que tudo era uma capa para servirem como "família perfeita". Eles traficarem nunca me assustou. Servi muitas vezes como o aviãozinho deles. Mas conheci uma garota. Meredith... – ele diz e vem aquela garota na minha cabeça – Ela morava perto da casa da minha avó e assim eu passava a maior parte da horas lá. Estava ao ponto de sair da casa deles e então eles me fizeram escolher entre... Entre Meredith e minhas irmãs. Eles seguiram elas na porta da escola. Eu não sabia como deixar a Meredith. E nem precisei afinal ela mesmo acabou comigo dizendo que não tínhamos mais nada em comum. Mas para Melissa e Marcos eu fiz isso. Me afastei dela. Então voltei para aquela casa e todas as regalias acabaram. Me tiraram do quarto e se eu quisesse ainda viver ali teria que dormir naquele porão. Não poderia simplesmente voltar para casa da minha mãe e acabar com ela mais uma vez. Deixei de traficar para eles mas ainda estou envolvido nessa merda toda.

– Por que simplesmente não me falou? – as gotas de chuva se misturam com minhas lágrimas.

– Eu não podia Tina. Você é simplesmente a menina mais maravilhosa que conheço – ele levanta e se aproxima. – Não deixaria nada acontecer com você.

– Me leve para casa – também levanto e fico na sua frente.

– Eu não posso – ele soca a parte de pedras atrás de mim.

– Eu... O que vai acontecer com a gente? – infatizo o a gente.

– Agora? Nos vamos entrar no carro. Está vindo um temporal – ele puxa minha mão mas recuo ainda estou com raiva.

Cruzo os braços e caminho a sua frente em direção ao carro. Ouço seus passos atrás de mim pisando em folhas secas. Ele solta uns grunhidos e lembro do seu ferimento no braço. Assim que avisto o carro corro até ele. Entro e vejo o Zayn caminhar lentamente. Seu corpo está encharcado pela chuva. Ele entra e bate a porta do carro com força.
Espero o carro ligar mas não é bem isso que acontece. A chuva caí com muita mais força e a estrada estranhamente não tem nenhuma movimentação. Zayn reencosta a cabeça no banco do carro e fecha os olhos. Umas lágrimas finas rolam pelo seu rosto. O observo atentamente e me pergunto se ele sente algum tipo de dor. Também estou com dor afinal caí do carro em movimento. Pego minha mochila ao lembrar que carrego gazes e água oxigenada nela pois fazia de tudo para meus cortes no pulso não enflamarem e eu não precisar ir ao hospital.

– Você pode tirar a blusa? – digo, ele abre os olhos e encara minhas mãos – Tenho que cuidar disso.

– Tudo bem – ele levanta o moletom e o analiso meio sem jeito.

Começo a limpar o sangue já seco. Não tem nenhuma bala ou algo do tipo o que me faz supor que foi apenas de raspão. Meus dedos sem perceber caminham por todo o seu braço. Estou o odiando mais que tudo mas tenho que admitir que Zayn é quente e me faz pegar fogo. Em um movimento rápido ele me puxa até seu colo. Largo tudo que está na minha mão. Seu cheiro é intacto mesmo depois de toda a chuva ainda está aqui. Nicotina! Menta! Meus cabelos são fundidos em sua mão que me puxa ao ponto de fazer meu pescoço arder e eu gemer rápido. Faço menção de levantar mas sem forças caio novamente em seu colo involuntariamente o lhe dando prazer e o ouvindo gemer. Minha pele gelada sente o quente da sua boca enquanto ele mordisca meu pescoço. Solto mais um gemido e seguro seus braços com a sensação que posso cair a qualquer momento. Suas mãos entram em atrito com a minha pele debaixo da blusa e sinto um frio imediato quando ela é arrancada sem dó do meu corpo. Sei que isso pode ser errado no momento mas não posso parar. Minhas mãos correm por seu abdômen ainda molhado. Sua respiração pesa e ele solta todo o tipo de palavrão possível. Sinto sua ereção perto de mim e sinto a necessidade de abrir os botões da sua calça. Estou contraída. Isso é diferente em um bom sentido. Diferente até mesmo das vezes que me toquei nos banhos. Puxo seu rosto e começo um beijo rápido, forte. Ele me tirou sangue. Sinto o gosto metalico assim que ele me afasta e minha boca arde.

– Tina eu não vou me controlar – ele solta um gemido no fim – Preciso me enterrar em você.

– Faça... – solto um grito agudo – Se enterre em mim.

Avisa pra amigas que agora é hot meu povo!!!

Apenas por querer| ZOnde histórias criam vida. Descubra agora