Capítulo 2

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Príncipe André

- Alteza acorde! – Dizia o João. O João para além de ser um guarda aqui no palácio, é o meu melhor amigo.

- Já estou acordado, calma! Porquê tanta pressa? – Questionei ainda meio adormecido.

- Hoje é um daqueles dias ótimos para irmos cavalgar pela floresta, para além não te esqueças, logo há noite irá haver um serão de cinema com as meninas do reino. – Falou enquanto me ia vestindo.

- O meu pai não desiste mesmo! Está em desespero porque quer arranjar-me há força toda uma namorada, quando na verdade tem que ser eu a encontra-la e escolhe-la.

- Sabes que o rei já tem aquela idade em que as pessoas são rabugentas e já fazem custos à vida, para além ele quer ver-te com uma namorada e assim, partir descansado.

- Neste momento o reino precisa é de motivação, não que eu me case! – Suspirei. – Bem, já estou despachado, vamos então andar de cavalo?

- Sim claro! Enquanto tomas o pequeno-almoço, eu irei preparar os nossos cavalos.

- Podes-me dizer se o meu pai ainda está na sala das refeições a tomar o pequeno-almoço?

- Sim ainda está. – Sorriu e saiu do meu quarto.

Quando já me sentia com uma imagem apresentável para o meu pai, fui até à sala de refeições comer qualquer coisa.
Mal cheguei, sentei-me à mesa e percebi que cheguei tarde, meu pai já estava a acabar de tomar o seu pequeno-almoço.

- Bom dia André! Isto é que são horas de tomar o pequeno-almoço, para um futuro rei. – Disse o meu pai com um tom sarcástico.

- Eu já estava acordado há algum tempo, simplesmente não me apetecia sair da cama. – Suspirei. – Bem, como já acabei de tomar o pequeno-almoço, vou cavalgar mais o João pela floresta.

- Estás a brincar comigo André? – Perguntou o meu pai com um tom grave. – Um sumo e uma bolacha? Achas que isso é um pequeno-almoço digno? Temos que falar! – Disse o meu pai.

- Não temos nada a falar! Iremos falar de quê? De obrigações? De casar forçadamente ou ter uma namorada? Pensas que não sei, que tinhas segundas intenções quando inseriste-me na escola do reino?

- Ela tem que ser princesa ou pertencer à nobreza! Mas ai de ti que escolhas uma nobreza para contrariares-me!

- Esquece! Eu não vou fazer isso! No dia que eu encontrar alguém, é quando tiver que encontrar e isto, se a encontrar. Não seria o primeiro rei sem esposa, para não falar que não irei sujeitar-me a um casamento forçado sem conhecer a pessoa que irá partir uma vida comigo. – Levantei-me, saí da sala de refeições e fui em direção às cavalariças.

- André, os cavalos já estão prontos. Vamos? – Perguntou o João.

- Vamos. – Respondi.

Começámos a cavalgar muito rápido e em silêncio ao mesmo tempo pela floresta. Até que oiço de longe, alguém a cantar.

- De onde vem este canto? – Perguntei intrigado. – É tão lindo, apaixonante.

- Não sei Andrew. Mas vamos investigar. – Disse o João.

Continuámos a andar e deparo com uma jovem lindíssima. Com uns lábios doces, olhos acastanhados, com cabelo loiro e um ar fora do comum.

- Ups! – Disse ela. – Peço imensa desculpa. 

- Não tem problema nenhum

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- Não tem problema nenhum. Tens uma voz muito linda. – Disse-lhe.

- Estás só a ser simpático. A minha voz não é nada demais. – Respondeu com um sorriso envergonhado.

- Não, o que eu estou a dizer é pura verdade. Gostarias de um dia ir até ao palácio e cantar para o príncipe?

- Acha? Eu cantar para o príncipe? Nem pensar! – Desatamos a rir, mal ela sabe que sou o príncipe.

- Se não levar a minha pergunta a mal, o que está aqui a fazer sozinha? É que, é muito perigoso uma jovem estar sozinha na floresta.

- A minha tia deu-me permissão para ir passear, mas pediu-me um favor, era apanhar maçãs e levá-las. São as suas favoritas. – Sorriu. – Mas não se preocupe, eu não daquelas jovens que vêm para a floresta fazer coisas ousadas. Sou muito simples e faço os meus deveres, daí aqui estar.

- Que lindo. – Disse enquanto olhava para cada detalhe do seu rosto, cada vez ficava mais encantado com a sua beleza.

- Está tudo bem? – Perguntou-me.

- Sim está tudo bem, porquê?

- Está a olhar-me de uma forma estranha para mim.

- Ah! – Sorri. – Estou a olhar desta forma, porque nunca vi uma jovem tão bonita aqui no reino, nem arredores.

- Não sou nada. – Sorriu.

- Tu estudas ou já acabaste os estudos?

- Ainda não os acabei, dentro de dias irei começar a fazer o 11º ano na escola do reino.

- A sério? Eu também. – Sorrimos. – Com sorte ainda ficamos na mesma turma.

- Seria engraçado. – Desatou a rir-se. De repente, o relógio da torre mais alta do reino simulou as 12h, ou seja hora de almoço para todos. – Bem, não leves a mal, mas eu terei que voltar para casa, são horas de almoçar.

- Eu levo-te a casa. – Disse-lhe.

- Mas estás com um dos guardas do reino.

- Eu sei, é meu colega, e para além de colega é meu melhor amigo. Por isso, é como se tivéssemos-te a proteger e assim também tenho a certeza que ninguém te faz mal pelo caminho.

- Bem sendo assim, eu aceito a tua companhia até casa.

- Ainda bem, assim já sei onde posso procurar-te, porque quero voltar a ver-te.

- Mas eu não sou nada demais.

- Claro que és! Se eu pudesse, casava-me já contigo. – Voltou a rir-se, mais uma vez.

- Prometes-me que irás procurar-me no palácio?

- Prometo, mas para isso tinha que saber o teu nome.

- Andrew. – Sorriu.

Ainda não acredito que vi esta moça. Ela é a moça mais linda e encantadora que já vi em toda a minha vida. Se eu pudesse escolher, eu escolhi-a sem pensar duas vezes. Ela é o sonho de qualquer homem.

- Então Andrew, o que achas daquela jovem? – Perguntou o João.

- Acho que não tenho palavras para descrever. Ela é linda, encantadora, sincera, carinhosa e tão sensível quando tocava no cavalo. Gostei mesmo de a conhecer.

- Como se chama? – Assim que o João questionou o nome, percebi que me tinha esquecido de perguntar o nome.

- Não sei, eu esqueci-me de lhe perguntar, meu deus! – Pôs a mão na cabeça.

- Não é por nada, mas acho que ficaste apaixonado por ela. – Começou a rir-se e eu entrei na onda.

- É capaz de ter ficado, mas neste momento a minha preocupação é que o meu pai recuse-se ou não me permita casar com ela, porque deu-me a entender que era da nobreza pela casa.

- Veremos. – Disse-me. – Vamos para o palácio?

- Sim, vamos. – Disse.

O meu namorado é um Príncipe - 1°LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora